Reflexão — Ricardo Gondim
Julho-Agosto 2010
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Teologia e esperança
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Opinião do leitor
Mauro
São Paulo - SPCaro Ricardo!
Devo admitir que você tem boa ausculta: a linguagem do "tempo vivido" se tornou gramática de maturação pra você. A experiência te aquinhoou auditividade límpida e capaz de produzir sobriedade para discernir o significado das coisas com as quais se interage na vida. Teologar, de acordo com Leonardo Boff, "é perguntar o que tudo isso tem haver com Deus". Depreendemos nossa compreensão de mundo à medida que assumimos nossa "vocação finitizante" perante os seus mistérios. Estabelecer limites à nossa percepção de mundo produz linguagem sapiente, como a que aparece em seu texto...

Mauro
São Paulo - SPParabéns, Ricardo, pelo forma honesta como trabalha a reflexão sobre a vida. De fato você aprendeu, quiçá recentemente, que a academia produz "ansiedade de vacuidade", uma sonoridade disfuncional que parece produzir a doença de viver no mundo sem saber, ao certo, em que mundo se está vivendo... O locus de sua reflexão sugere que o mundo com o qual você estabelece diálogo é o mundo do pathos, no qual a experiência inalienável da dor de quem sofre é comunicada somente através de uma "linguagem de sentimento": solidariedade, ternura e sensibilidade acolhedora.

Mauro
São Paulo - SPSó quem já passou pela experiência do pathos sabe a força que esta linguagem possue. A teologia é "ciência da sensibilidade humana" que quer estabelecer um nósmos entre a dor de uma pessoa e a "experiência pática" (pathos) que se experimenta no mundo das contradições, visto com os olhos abertos e com o coração chocado em perplexidade... O silêncio de Deus ante da calamidade vivida inspira a criação de uma linguagem poética nomotizadora, capaz de nos proporcionar a capacidade de extrair do choro a alegria de se viver com sentido na vida guiados pela "esperança da fé".

Eduardo
P - RNIa fundo nas observações pontuais do Pastor Gondim, até que o texto deu uma súbita guinada para o pessoal, para o eu, o próprio, etc., com o parágrafo que se inicia com "Quero falar de Deus sem exigências messiânicas...". O que se segue pareceu-me puro narcisismo.
Lembrei-me de Manuel Bandeira sobre Villa-Lobos: "Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que chegue cheio de Paris. Entretanto, Villa-Lobos chegou cheio de Villa-Lobos."
Fico até onde termina o parágrafo, "Agora, quero teologar com menos altivez." A partir daí é Villa-Lobos de púlpito.

Alan Martiniano
Manaus - AMÉ lamentável e sintomática a aparição de práticas e teorias que busquem única e tão somente complicar o entendimento de um texto que apenas quer se fazer entendido! Quando li o texto meu coração se esmagou porque também experimento a necessidade de ver minha vida inserida nos conceitos e fórmulas propostas pela teologia que prego! O pr. Gondim se mostrou como cada um de nós É! O texto foge da tessitura acadêmica e das ironias com profundidade de pires! Cada um de nós deve olhar pra cada um de nós como irmão de verdade e a cada um servir com alegria, esses serão os irrefutáveis "teogumentos"!

Eduardo
P - RN"Cada um de nós deve olhar pra cada um de nós..."
Pronto! Está introduzido uma nova matéria curricular: 'zarolhogia' ou o estrabismo levado à quinta essência do saber argumentativo: a 'teogumenológia'.
Lembrei-me de Rui Barbosa. Pegou um cara furtando uns patos de estimação que ele criava e disse: "Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa."
E o ladrão, confuso, respondeu:
"Dotô, eu levo ou deixo os pato?"

Assis Ribeiro
Fortaleza - CENão existe cristianismo sem termos um relacionamento íntimo e sadio com o nosso próximo. À medida que nos aproximamos de Deus e esquecemos o nosso próximo Deus se afasta de nos. Deus esta no outro, este e o caminho estreito que poucos conseguem andar. Parabéns Ricardo.

Leonardo Silva
São Paulo - SPHá zarolhos do corpo, e zarolhos mentais: lêem palavras e intuem ideias e sentimentos desconexos do que leram. Lêem SF Assis, enxergam Narciso; olham Jesus, enxergam Barrabas! Eu te entendo, Ricardo, e seu brado dramático contra os mercadores da fé! Menos apostolos, mais irmãos, menos discurso, mais abraços, menos frases e jargões, mais amizade, menos línguas estranhas incompreensíveis e mais compreensível e estranho amor. Por um púlpito como meio de aproximação intelectual, e não para desleal sedução emocional, com fins financeiros. Eu vi isso no texto. A zarolhice leva longe: Paris...

Fernando Luiz Paulino
Guarulhos - SPParabéns Pr. Ricardo Gondim. As suas reflexões realmente me aproximam mais de Deus, me faz enxergar o verdadeiro sentido da vida e o real valor do Evangelho no cotidiano em relação a vida. Fico com as palavras de John Stott: “O conhecimento em si só pode ser ríspido; é-lhe necessário ter a sensibilidade que o amor lhe pode dar. O conhecimento deve conduzir ao amor”. Os filhos de Deus deveriam agir mais e falar menos. Serem vistos e não ouvidos. Sempre prontos a servir e amparar o necessitado, ser mais humano e menos espiritual. Amar ao próximo como a si mesmo.

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