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- 02 de fevereiro de 2017
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Teologia da gratidão: A gratidão cura e evita doenças
“EM TUDO DAI GRAÇAS” é o tema da nossa campanha editorial em fevereiro. O portal Ultimato vai lembrar ao leitor o apelo das Escrituras (1 Ts 5.18) ao longo das próximas semanas. Agradecer em tudo? Como assim? Do layout aos estudos bíblicos, “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus”.
Por Elben César
Os cristãos são ensinados a pedir: “Peçam, e lhes será dado” (Mt 7.7). Também são ensinados a agradecer: “Deem graças em todas as circunstâncias” (1Ts 5.18).
Não há como negar: a falta de gratidão é falta de educação. Além disso, a gratidão tem um enorme valor terapêutico. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus é uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita. A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.
Uma multidão de mal-agradecidos
É preciso falar sem rodeios: falta de gratidão é falta de educação. Antes de ensinar aos filhos a dizer “muito obrigado”, os pais precisam aprender a dizer “muito obrigado” a Deus.
É muito conhecida a história dos dez leprosos que foram curados por Jesus numa de suas viagens da Galileia para a Judeia. Eles não obtiveram a cura no momento nem no local em que se encontraram com o Senhor, mas na caminhada ao encontro dos sacerdotes, de acordo com a orientação dada por Jesus. Depois de curados, só um deles, que era samaritano, voltou e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus para agradecer. Então, Jesus fez três perguntas de imediato aos que estavam ao seu redor: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17.17-18).
Espírito de gratidão
A Bíblia manda pedir e manda agradecer. Não apenas pedir, mas também agradecer. “Sede agradecidos” – ordena enfaticamente o apóstolo Paulo (Cl 3.15). A expressão “Rendei graças ao Senhor”, que são as primeiras palavras de cinco Salmos (105, 106, 107, 118, 136), aparece inúmeras vezes nesse livro poético. Até o esquisito Jonas fala em agradecimento quando menciona a sua necessidade de Deus para livrá-lo do ventre do peixe (Jn 2.9). O espírito de gratidão de Paulo é impressionante. O apóstolo está sempre dando graças. Logo no início de onze de suas treze epístolas, Paulo registra que dá graças a Deus por suas manifestações na vida daqueles para quem escreve (Rm 1.8; 1Co 1.4; 2Co 2.14; Ef 1.16; Fp 1.3; Cl 1.3; 1Ts 1.2; 2Ts 1.3; 1Tm 1.12; 2Tm 1.3; Fm 4). Ele, que tanto ora pela igreja e pelos fiéis, se sente na obrigação de agradecer: “Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor” (2Ts 2.13).
O valor terapêutico da gratidão
A gratidão é tão necessária ao espírito humano quanto à confissão de pecados e ao desabafo da alma perante o Senhor – não só no aspecto ético, mas também no aspecto emocional. Faz muito bem à mente enumerar e agradecer as bênçãos recebidas da divina mão. Esse exercício alegra, anima e fortalece a alma. Afasta o cristão de seus problemas reais ou imaginários e o aproxima de Deus. Abre os seus olhos para “a entranhável misericórdia de nosso Deus” (Lc 1.78) e fecha-os para a opressão do demônio.
A gratidão profunda e contínua cura o pessimismo, o derrotismo e a fatalidade cega. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus pelo que ele é e pelo que ele faz dificilmente terá crises de desânimo. Não abrigará no coração a presença incômoda e doentia do queixume e da amargura. Será uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita por Deus.
Da prosa ao verso
Embora haja alguma diferença entre render graças e salmodiar, as duas expressões de culto se completam e andam juntas. Render graças é expressar gratidão; salmodiar é cantar ou recitar poemas em louvor a Deus.
É preciso salmodiar (Sl 30.4; 47.6; 66.2) ou cantar com júbilo ao Senhor (Sl 9.11; 81.1; 98.1). Foi isso que Moisés fez logo após a passagem a seco pelo mar Vermelho (Êx 15.1-19). Foi isso que Ana fez logo após o nascimento de Samuel (1Sm 2.1-10). Foi isso que Débora fez logo após a vitória de Israel sobre Sísera (Jz 5.1-31). Foi isso que Davi e os filhos de Coré sempre fizeram para registrar a misericórdia divina (a maior parte dos Salmos). Foi isso que Ezequias fez logo após ter sido curado por Deus (Is 38.9-20). Foi isso que Maria, Zacarias e Simeão fizeram logo após o nascimento de Jesus (Lc 1.46-55, 67-69; 2.29-32). A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.
Trecho publicado originalmente em Teologia Para o Cotidiano, de Elben César.
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Existem dois tipos de pessoas: as que agradecem e as ingratas
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Os cristãos são ensinados a pedir: “Peçam, e lhes será dado” (Mt 7.7). Também são ensinados a agradecer: “Deem graças em todas as circunstâncias” (1Ts 5.18).
Não há como negar: a falta de gratidão é falta de educação. Além disso, a gratidão tem um enorme valor terapêutico. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus é uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita. A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.
Uma multidão de mal-agradecidos
É preciso falar sem rodeios: falta de gratidão é falta de educação. Antes de ensinar aos filhos a dizer “muito obrigado”, os pais precisam aprender a dizer “muito obrigado” a Deus.
É muito conhecida a história dos dez leprosos que foram curados por Jesus numa de suas viagens da Galileia para a Judeia. Eles não obtiveram a cura no momento nem no local em que se encontraram com o Senhor, mas na caminhada ao encontro dos sacerdotes, de acordo com a orientação dada por Jesus. Depois de curados, só um deles, que era samaritano, voltou e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus para agradecer. Então, Jesus fez três perguntas de imediato aos que estavam ao seu redor: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17.17-18).
Espírito de gratidão
A Bíblia manda pedir e manda agradecer. Não apenas pedir, mas também agradecer. “Sede agradecidos” – ordena enfaticamente o apóstolo Paulo (Cl 3.15). A expressão “Rendei graças ao Senhor”, que são as primeiras palavras de cinco Salmos (105, 106, 107, 118, 136), aparece inúmeras vezes nesse livro poético. Até o esquisito Jonas fala em agradecimento quando menciona a sua necessidade de Deus para livrá-lo do ventre do peixe (Jn 2.9). O espírito de gratidão de Paulo é impressionante. O apóstolo está sempre dando graças. Logo no início de onze de suas treze epístolas, Paulo registra que dá graças a Deus por suas manifestações na vida daqueles para quem escreve (Rm 1.8; 1Co 1.4; 2Co 2.14; Ef 1.16; Fp 1.3; Cl 1.3; 1Ts 1.2; 2Ts 1.3; 1Tm 1.12; 2Tm 1.3; Fm 4). Ele, que tanto ora pela igreja e pelos fiéis, se sente na obrigação de agradecer: “Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor” (2Ts 2.13).
O valor terapêutico da gratidão
A gratidão é tão necessária ao espírito humano quanto à confissão de pecados e ao desabafo da alma perante o Senhor – não só no aspecto ético, mas também no aspecto emocional. Faz muito bem à mente enumerar e agradecer as bênçãos recebidas da divina mão. Esse exercício alegra, anima e fortalece a alma. Afasta o cristão de seus problemas reais ou imaginários e o aproxima de Deus. Abre os seus olhos para “a entranhável misericórdia de nosso Deus” (Lc 1.78) e fecha-os para a opressão do demônio.
A gratidão profunda e contínua cura o pessimismo, o derrotismo e a fatalidade cega. O cristão que cultiva o hábito de agradecer a Deus pelo que ele é e pelo que ele faz dificilmente terá crises de desânimo. Não abrigará no coração a presença incômoda e doentia do queixume e da amargura. Será uma pessoa mais saudável, mais disposta, mais dinâmica e mais aceita por Deus.
Da prosa ao verso
Embora haja alguma diferença entre render graças e salmodiar, as duas expressões de culto se completam e andam juntas. Render graças é expressar gratidão; salmodiar é cantar ou recitar poemas em louvor a Deus.
É preciso salmodiar (Sl 30.4; 47.6; 66.2) ou cantar com júbilo ao Senhor (Sl 9.11; 81.1; 98.1). Foi isso que Moisés fez logo após a passagem a seco pelo mar Vermelho (Êx 15.1-19). Foi isso que Ana fez logo após o nascimento de Samuel (1Sm 2.1-10). Foi isso que Débora fez logo após a vitória de Israel sobre Sísera (Jz 5.1-31). Foi isso que Davi e os filhos de Coré sempre fizeram para registrar a misericórdia divina (a maior parte dos Salmos). Foi isso que Ezequias fez logo após ter sido curado por Deus (Is 38.9-20). Foi isso que Maria, Zacarias e Simeão fizeram logo após o nascimento de Jesus (Lc 1.46-55, 67-69; 2.29-32). A gratidão leva ao louvor e pode transformar prosa em verso.
Trecho publicado originalmente em Teologia Para o Cotidiano, de Elben César.
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Quem é grato no sofrimento?
Lamento: a fé em meio ao sofrimento e à morte
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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