Opinião
- 06 de setembro de 2016
- Visualizações: 2577
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Sou mãe. E agora?
Sobre desestrutura e encontros; cuidado e amor
Por Priscila Vieira
Exaustão. Maravilhamento. Espanto. Amor. Ternura. Fome. Medo. Preocupação. Dor… Algumas sensações que me tomaram nos primeiros dias com a bebê. A minha sensibilidade à flor da pele gerou até piada. As profissionais de saúde que visitam as mães e os recém-nascidos[1] são treinadas para identificar sinais de depressão na mulher. Quando contei a minha mãe as perguntas que a enfermeira tinha feito, recebi uma resposta enérgica, espirituosa, de fino sutil senso de humor:
– Depressão pós-parto?!! Você está sofrendo de emoção pós-parto!
Ambas rimos. Uma boa expressão para o tumulto emocional daqueles dias. Eu chorava, emocionada. Porque minha bebê era (e é) perfeita, linda, saudável. De cansaço e exaustão. De dor para amamentar (bico machucado; duas ou três mastites). De impotência e frustração, quando o choro dela prosseguia sem fim. Porque eu queria protege-la do mundo ao redor, até da poluição do ar. Porque em uma das mastites fiquei cinco horas no hospital, longe dela, e tudo que eu pensava é que tinha que amamenta-la (mesmo com a dor). Porque as pessoas ao meu redor eram tão cuidadosas e amáveis. Porque em tudo eu via Deus.
Quem queira explicar objetivamente o que acontece nessa fase, aos modos do que chamamos ‘racional’ na nossa era, esqueça. É de outra coisa que se trata. Por isso, desestrutura encabeça a minha sopa de palavras. E que sabor teve esse prato! Tantas aventuras misturadas, tantos temperos exóticos – à minha experiência até então. Eu degustei cada minuto daquela fase. Lambuzei as mãos, lambi o prato.
CONTINUE LENDO ESTE ARTIGO NO BLOG DIGNIDADE!
Por Priscila Vieira
Exaustão. Maravilhamento. Espanto. Amor. Ternura. Fome. Medo. Preocupação. Dor… Algumas sensações que me tomaram nos primeiros dias com a bebê. A minha sensibilidade à flor da pele gerou até piada. As profissionais de saúde que visitam as mães e os recém-nascidos[1] são treinadas para identificar sinais de depressão na mulher. Quando contei a minha mãe as perguntas que a enfermeira tinha feito, recebi uma resposta enérgica, espirituosa, de fino sutil senso de humor:
– Depressão pós-parto?!! Você está sofrendo de emoção pós-parto!
Ambas rimos. Uma boa expressão para o tumulto emocional daqueles dias. Eu chorava, emocionada. Porque minha bebê era (e é) perfeita, linda, saudável. De cansaço e exaustão. De dor para amamentar (bico machucado; duas ou três mastites). De impotência e frustração, quando o choro dela prosseguia sem fim. Porque eu queria protege-la do mundo ao redor, até da poluição do ar. Porque em uma das mastites fiquei cinco horas no hospital, longe dela, e tudo que eu pensava é que tinha que amamenta-la (mesmo com a dor). Porque as pessoas ao meu redor eram tão cuidadosas e amáveis. Porque em tudo eu via Deus.
Quem queira explicar objetivamente o que acontece nessa fase, aos modos do que chamamos ‘racional’ na nossa era, esqueça. É de outra coisa que se trata. Por isso, desestrutura encabeça a minha sopa de palavras. E que sabor teve esse prato! Tantas aventuras misturadas, tantos temperos exóticos – à minha experiência até então. Eu degustei cada minuto daquela fase. Lambuzei as mãos, lambi o prato.
CONTINUE LENDO ESTE ARTIGO NO BLOG DIGNIDADE!
- 06 de setembro de 2016
- Visualizações: 2577
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Corpos doentes [fracos, limitados, mutilados] também adoram
- Pesquisa Força Missionária Brasileira 2025 quer saber como e onde estão os missionários brasileiros
- Perigo à vista ! - Vulnerabilidades que tornam filhos de missionários mais suscetíveis ao abuso e ao silêncio
- As 97 teses de Martinho Lutero
- Lutar pelos sonhos é possível após os 60. Sempre pela bondade do Senhor
- A urgência da reconciliação: Reflexões a partir do 4º Congresso de Lausanne, um ano após o 7 de outubro
- Para fissurados por controle, cancelamento é saída fácil
- A última revista do ano
- Diálogos de Esperança: nova temporada conversa sobre a Igreja e Lausanne 4
- Vem aí "The Connect Faith 2024"