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- 11 de março de 2013
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Líderes evangélicos pedem saída de Marcos Feliciano
Mais de 70* líderes evangélicos de diversas denominações (entre pastores, executivos de organizações e movimentos) já assinaram a carta aberta que pede uma nova composição para a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, diante de protestos contra o recém-escolhido presidente, o deputado e pastor evangélico Marcos Feliciano (PSC-SP). O pedido vem com um apelo aos pastores dos parlamentares participantes da Comissão para que estes “atuem na resolução do conflito”. Segundo a carta, doze dos dezoito membros da comissão são também membros de igrejas evangélicas.
Na carta, os líderes evangélicos pedem a substituição de Marcos Feliciano. “O quadro que assistimos no processo de eleição da presidência da Comissão foi desolador. Não se trata aqui de pré-julgar o presidente recém-eleito, mas não há como desconsiderar seus vários comentários públicos sobre negros, homossexuais e indígenas, declarações que inviabilizam a sustentação política de seu nome entre os que atuam e são sensíveis às temáticas dos Direitos Humanos”, diz o documento. A escolha do deputado evangélico para presidente da Comissão tem gerado conflitos e protestos em várias cidades do país.
Feliciano causou polêmica em 2011 ao publicar mensagens no Twitter como esta: "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome... Etc.".
Pela substituição do deputado na comissão, a carta aberta apela à busca de consenso e do fim do clima de conflito vigente. “É fundamental que o clima de conflito e mobilizações contrárias à nova presidência seja dissipado. Por essa razão, redigimos esta carta como um apelo, na esperança de que os líderes das Igrejas considerem orientar seus fiéis que atuam como parlamentares - que elegeram a nova composição da Comissão -, para que atuem na resolução deste conflito”.
Com tom mais duro, o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil) publicou ontem (dia 10) uma nota de repúdio à ascensão de Feliciano ao comando da comissão de Direitos Humanos. “Tal comportamento [do deputado] o descredencia para liderar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e propugnamos por seu imediato afastamento”, encerra a nota.
Em artigo publicado no dia 06/03 no jornal Folha de S. Paulo, Marco Feliciano diz que suas respostas foram interpretadas de forma errônea e usadas contra ele. “Tudo teve início quando postei na internet que os africanos são descendentes de um ‘ancestral amaldiçoado por Noé’. Referia-me a uma citação bíblica, segundo a qual o filho de Noé, após ser amaldiçoado pelo pai, foi mandado para a África. A maldição foi quebrada com o advento de Jesus, que derramou seu sangue para nos salvar. Não usei a palavra negro, pois me referia a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele. Me acusam de incitação à violência, o que qualquer pessoa isenta sabe que não é verdade. Jogada ao vento, essa mentira causa estragos à imagem do acusado perante a opinião pública. Vivemos uma ditadura gay”, escreveu.
* Até dia 12/03 este número já havia crescido para 200.
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Carta aberta pela saída de Marcos Feliciano (íntegra)
Na carta, os líderes evangélicos pedem a substituição de Marcos Feliciano. “O quadro que assistimos no processo de eleição da presidência da Comissão foi desolador. Não se trata aqui de pré-julgar o presidente recém-eleito, mas não há como desconsiderar seus vários comentários públicos sobre negros, homossexuais e indígenas, declarações que inviabilizam a sustentação política de seu nome entre os que atuam e são sensíveis às temáticas dos Direitos Humanos”, diz o documento. A escolha do deputado evangélico para presidente da Comissão tem gerado conflitos e protestos em várias cidades do país.
Feliciano causou polêmica em 2011 ao publicar mensagens no Twitter como esta: "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome... Etc.".
Pela substituição do deputado na comissão, a carta aberta apela à busca de consenso e do fim do clima de conflito vigente. “É fundamental que o clima de conflito e mobilizações contrárias à nova presidência seja dissipado. Por essa razão, redigimos esta carta como um apelo, na esperança de que os líderes das Igrejas considerem orientar seus fiéis que atuam como parlamentares - que elegeram a nova composição da Comissão -, para que atuem na resolução deste conflito”.
Com tom mais duro, o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil) publicou ontem (dia 10) uma nota de repúdio à ascensão de Feliciano ao comando da comissão de Direitos Humanos. “Tal comportamento [do deputado] o descredencia para liderar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e propugnamos por seu imediato afastamento”, encerra a nota.
Em artigo publicado no dia 06/03 no jornal Folha de S. Paulo, Marco Feliciano diz que suas respostas foram interpretadas de forma errônea e usadas contra ele. “Tudo teve início quando postei na internet que os africanos são descendentes de um ‘ancestral amaldiçoado por Noé’. Referia-me a uma citação bíblica, segundo a qual o filho de Noé, após ser amaldiçoado pelo pai, foi mandado para a África. A maldição foi quebrada com o advento de Jesus, que derramou seu sangue para nos salvar. Não usei a palavra negro, pois me referia a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele. Me acusam de incitação à violência, o que qualquer pessoa isenta sabe que não é verdade. Jogada ao vento, essa mentira causa estragos à imagem do acusado perante a opinião pública. Vivemos uma ditadura gay”, escreveu.
* Até dia 12/03 este número já havia crescido para 200.
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Carta aberta pela saída de Marcos Feliciano (íntegra)
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