Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Uma mandrágora

Ponham a sua esperança no SENHOR e obedeçam aos seus mandamentos. Ele lhes dará a honra de possuírem a Terra Prometida, e vocês verão os maus serem destruídos. Salmos 37:34

Em Gênesis 30:14-16, é descrito um momento de profunda falta de confiança nas promessas de Deus. A disputa entre Lia e Raquel por uma planta revela bem mais do que somente a vontade de ter um filho.

Mas o que é uma Mandrágora?

A Mandrágora é uma planta da mesma família da Beladona e do Meimendro. É um arbusto de folhas rosetadas, de cujo centro sobem haste, onde surgem suas flores de tonalidades entre o violeta e o azul. Seus frutos são semelhantes a pequenas maçãs, amarelas quando maduras de odor forte. Suas raízes, são bifurcadas, grossas e carnudas, lembrando duas coxas. Possui prorpiedades medicinais alucinógenas, analgésicas, sedativas, narcóticas e afrodisíacas.

Ela é uma planta cercada de lendas e de mitos. Seu formato completo – raíz, folhas e flores – lembra o formato do corpo de uma mulher. Muitos povos acreditam que seus frutos são capazes de curar a infertilidade. Algumas culturas utilizavam a mandrágora como peça em rituais a deuses pagãos. Seitas utilizam suas raízes para rituais de magia negra, dizendo que é possível encarnar espíritos nas mesmas. Os soldados romanos utilizavam seu chá como anestésico. Na idade média, era utilizada como exorcisante, pois diziam que os demônios não suportavam seu cheiro.

Em hebraico a mandrágora é chamada de Dudhaim. Sua raíz linguística é a mesma da palavra amor e está associada a palavra Dodim, que significa amantes.

Mas onde entra essa planta em nossa confiança em Deus?
Vamos voltar a o texto de Gênesis. Há interpretações diferentes deste texto, mas vou me ater na de que Raquel depositou sua confiança no lugar errado.

Lia e Raquel eram esposas de um mesmo homem. Lia era aquela cujo o casamento foi imposto e Raquel aquela a quem Jacó amou tanto, que trabalhou dobrado para tê-la. Lia já havia dado filhos a Jacó. Filhos eram o maior tesouro de um homem, e Jacó era descendente de um homem a quem fora prometido ser impossível contar sua descendência. Raquel era estéril.

A mulher amada, do herdeiro da promessa não conseguia lhe dar filhos e sem filhos não havia promessa. Até que surge Ruben com mandrágoras. Mandragoras afrodisíacas que poderiam ajudar Raquel. O fruto que substituiu a confiança em Deus.

Naquele dia Raquel abriu mão da noite que teria com seu marido. Se submeteu a humilhação dele saber que foi trocado por uma planta. Adiou a oportunidade de ser abençoada. Alguns relatos antigos dizem que Raquel não comeu o fruto mas o ofereceu a Deus, porém não se sabe em que momento isso aconteceu.

Mesmo sabendo que a planta poderia ser auxiliadora, Lia confiou em seu coração no Senhor e não no fruto que tinha em suas mãos. Sua confiança foi recompensada e naquele dia ela concebeu a Isaacar, cujo nome quer dizer “salário” . Lia recebeu o salário de sua confiança.

Porém Raquel teve adiada a resposta de sua oração por, pelo menos, mais dois anos. Depois de Isaacar, Lia ainda concebeu a Diná. Só depois Raquel conceberia a José. Talvez tenha sido neste moneto que Raquel tenha oferecido ao Senhor sua mandrágora, pois a Biblia relata que ela agradeceu a Deus por responder sua oração.

Mas a mandrágora de Raquel persiste até o dia de hoje.

Quantas vezes estamos na espectativa do cumprimento de uma promessa e tentamos dar um auxilio para que isso aconteça. É o pedido de ajuda para alguém influente em uma vaga de emprego, é um tratamento experimental para uma doença que não tem cura, é um empréstimo para um problema finaceiro que organização e paciência podem responder.

Nossas mandrágoras tem sido muito variadas. Dobramos nossos joelhos e colocamos aos pés de Deus nossos temores, dúvidas, anceios. Choramos, clamamos, brigamos e, ao levantar, não confiamos plenamente em Deus.

Buscamos por anestésicos alternativos para nossas dores. Nos agarramos em alucinações criadas pela anciedade de ter respondida nossa oração. Mas não conseguimos confiar plenamente em Deus.

Deus não se explica, nem se compreende. Mas a Bíblia está repleta de relatos do cumprimento da promessa de Deus, muitas vezes confundimos sua permissão com sua aprovação e o culpamos por coisas que não dão certo.

A partir do momento que depositamos em Deus nossa confiança, só precisamos esperar por sua resposta. O período de espera algumas vezes é longo, mas é nesse período que somos preparados para receber o que Ele tem para nós. Procurar um atalho é querer te trabalho, e trabalho dobrado.

Ele é dono de todo ouro e prata, é o Senhor de toda a cura. Se a resposta de sua oração está demorando, não procure por uma mandrágora para poder auxiliar a Deus. Ele não precisa da sua ajuda, você precisa apenas fazer a sua parte. Se não há o que você fazer, não faça nada.

Viva alegremente um dia de cada vez, porque viver com Deus é ser feliz, mesmo que você não esteja feliz em todos os momentos, mas é a confiança em Deus que nos sustenta
Belford Roxo - RJ
Textos publicados: 18 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.