Palavra do leitor
- 15 de junho de 2010
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Pastores e sua sede por títulos
Quando e como começou não se sabe, mas o clero evangélico não é mais o mesmo. Imponência, trajes caros, exposição na mídia, e anseio por títulos e reconhecimento alteraram imensamente o perfil dos pastores conhecidos antigamente por sua integridade, simplicidade e proximidade do rebanho.
É fato que muitos pastores sofreram com salários irrisórios, pressões familiares e denominacionais. Muitos até morreram de tristeza e depressão por falta de reconhecimento, gratidão, e cuidado nos momentos que mais precisavam. Verdadeiros heróis, deram suas vidas pelo ministério.
Hoje, diferentemente, emergiu uma estirpe de líderes eclesiásticos afeitos ao glamour, poliglotas, graduados e pós-graduados, requintados e antenados com a era pós-moderna em que vivemos. As tidas “pastoras”, como verdadeiras “socialites”, transitam nas principais e badaladas festas sociais. O povo de Deus finalmente ascendeu das ruínas do ostracismo religioso para o pináculo do templo. Parece que, para ascenderem e se manterem ali precisam de títulos que os tornem diferenciados. E agora? Para muitos, isso não passa de uma consequência natural. Para outros, obediência a Baal. Com quem estaria a verdade?
Como sempre, a verdade esteve, está e estará com Jesus. Aliás, ele não “possui” a verdade, ele é a verdade. E sua verdade é sua vida, sua pessoa, sua obra, seus discursos, sua natureza santa, divina, humana e radical. Não há nada de errado em acender socialmente, ou ter um estilo de vida abastado, desde que jamais deixemos de nos ver como servos, nada mais. Se tenho pouco, meu pouco é para servir a Deus e ao próximo. Se tenho muito, idem. O que preocupa é a sede por títulos.
O Novo Testamento fala de bispos e apóstolos, mas em nenhum caso há referência a títulos ou posições de proeminência. Paulo jamais é chamado de “apóstolo Paulo”, mas sempre como “Paulo, o apóstolo”. Jesus, é reconhecido como Rabi, mas jamais vemos a expressão Rabi Jesus, mas vemos Jesus de Nazaré, como João de Belo Horizonte ou José de Recife. De onde vem esta anseio por títulos?
Sem querer bancar o psicólogo, acho que esta mania procede de baixa auto estima. Quem sabe ao certo quem é e o valor que possui, não liga para títulos. Tanto faz ser chamado de pastor fulano ou simplesmente de fulano. O que vale é o respeito que a pessoa tem pela função que desempenhamos, nada mais. Devemos procurar crescer, nos graduar, pós graduar, doutorar e pós doutorar. Mas fazer deste conhecimento um serviço a Deus e ao próximo e não um patamar de onde olhamos as pessoas por cima. Jesus disse que deveria ser chamado de mestre por que ele de fato o era. Mas que atentassem para o fato de que, mesmo sendo mestre e senhor, ele lavou os pés de seus discípulos como um autêntico escravo.
É preciso substituir a sede por títulos pela sede de Deus.
É fato que muitos pastores sofreram com salários irrisórios, pressões familiares e denominacionais. Muitos até morreram de tristeza e depressão por falta de reconhecimento, gratidão, e cuidado nos momentos que mais precisavam. Verdadeiros heróis, deram suas vidas pelo ministério.
Hoje, diferentemente, emergiu uma estirpe de líderes eclesiásticos afeitos ao glamour, poliglotas, graduados e pós-graduados, requintados e antenados com a era pós-moderna em que vivemos. As tidas “pastoras”, como verdadeiras “socialites”, transitam nas principais e badaladas festas sociais. O povo de Deus finalmente ascendeu das ruínas do ostracismo religioso para o pináculo do templo. Parece que, para ascenderem e se manterem ali precisam de títulos que os tornem diferenciados. E agora? Para muitos, isso não passa de uma consequência natural. Para outros, obediência a Baal. Com quem estaria a verdade?
Como sempre, a verdade esteve, está e estará com Jesus. Aliás, ele não “possui” a verdade, ele é a verdade. E sua verdade é sua vida, sua pessoa, sua obra, seus discursos, sua natureza santa, divina, humana e radical. Não há nada de errado em acender socialmente, ou ter um estilo de vida abastado, desde que jamais deixemos de nos ver como servos, nada mais. Se tenho pouco, meu pouco é para servir a Deus e ao próximo. Se tenho muito, idem. O que preocupa é a sede por títulos.
O Novo Testamento fala de bispos e apóstolos, mas em nenhum caso há referência a títulos ou posições de proeminência. Paulo jamais é chamado de “apóstolo Paulo”, mas sempre como “Paulo, o apóstolo”. Jesus, é reconhecido como Rabi, mas jamais vemos a expressão Rabi Jesus, mas vemos Jesus de Nazaré, como João de Belo Horizonte ou José de Recife. De onde vem esta anseio por títulos?
Sem querer bancar o psicólogo, acho que esta mania procede de baixa auto estima. Quem sabe ao certo quem é e o valor que possui, não liga para títulos. Tanto faz ser chamado de pastor fulano ou simplesmente de fulano. O que vale é o respeito que a pessoa tem pela função que desempenhamos, nada mais. Devemos procurar crescer, nos graduar, pós graduar, doutorar e pós doutorar. Mas fazer deste conhecimento um serviço a Deus e ao próximo e não um patamar de onde olhamos as pessoas por cima. Jesus disse que deveria ser chamado de mestre por que ele de fato o era. Mas que atentassem para o fato de que, mesmo sendo mestre e senhor, ele lavou os pés de seus discípulos como um autêntico escravo.
É preciso substituir a sede por títulos pela sede de Deus.
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