Palavra do leitor
- 30 de janeiro de 2015
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Fazer a diferença
Quando certas pinceladas desbotam na aquarela dos sonhos podemos baixar a guarda, como se, a vida nos tivesse traído; ou, avaliar nossas expectativas; pois, quando doentias, sua morte está obrando nossa cura.
Quem aposta as fichas no número das quimeras, natural que ceife desilusões. Feito isso, uns se recolhem pra dentro da carapaça, atribuem a causa de seus desenganos a fatores alheios, ignorando que foram agentes das escolhas enganosas.
O maior dano da transferência de culpa não incide sobre nossos “culpados” eventuais; antes, sobre nós, ao tolher a necessária autocrítica, nos furtamos a escalar uns metros mais, na fenda da experiência, rumo ao cume da maturidade. Ela só advém ao custo de sangue, com o qual forja a devida têmpera.
Engana-se quem pensa que o mero curso do tempo amadurece almas! Muitas envelhecem verdes recusam-se a crescer ao preço de dores, decepções. Quando levamos um “toco” da vida, não é hora de cortarmos os pulsos, deprimirmos, ou, abdicarmos de bons valores, como se, não valessem à pena. Afinal, quem cultiva valores em busca de aplausos, no fundo, as palmas são o único bem que aprecia.
A boa índole nos serve, sobretudo, para os momentos maus; Quando não chove guardamos o guarda-chuva. Quem apregoa sua “filosofia” tipo: “Sou bom com quem é bom comigo”. Ou, “Todos estão roubando, por quê serei honesto?” embora possa pavonear-se em “fazer a diferença”, no fundo é só um medíocre que faz igual.
Nadar contra a corrente; arrostar os maus ventos e se manter íntegro, nisso reside a excelência do caráter. Quem condiciona o ser, às circunstâncias, no fundo, não é; apenas está.
Nesse tempo nebuloso, onde, até as mensagens “espirituais” não passam de profanas tentativas de negociatas com Deus, vale realçar a excelente postura do profeta Habacuque: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3; 17 e 18 Eis um relacionamento maior que circunstâncias adversas!
Muitos jactam-se de “matar um leão por dia”, mas, facilmente fogem de um tigre de papel. Ocorre-me a fábula do bezerro “rejeitado”, Ele estava preso num curral, ao lado do qual passava longo brete; dentro desse, uma fila de animais saudáveis, gordos era “estimulada” a ir em frente.
O bichinho olhou aquilo e indignou-se com o “preconceito”; será por que sou magro, ou jovem demais, pensou. Também quero ir onde esses venturosos vão. Recuou um tanto e deu uma forte cabeçada nas tábuas que o limitavam, arrombou e entrou na fila. Era a fila do matadouro de um grande frigorífico.
Conosco, não raro, acontece igual. Nos indignamos contra certas “cercas”, por acharmos que o caminho dos outros serve para nós, embora, muitos conduzam à morte.
Quem quer realmente fazer a diferença precisa aprender a traçar seu rumo calcado em valores, não circunstâncias, nem, no som do berrante.
A sombra muda seu tamanho a cada instante, de acordo com o curso do sol; mas, isso não altera a estatura do corpo que a produz. Por irônico que pareça, faz a diferença apenas aquele que faz igual, quando a vida resolve mudar seu humor.
Quem aposta as fichas no número das quimeras, natural que ceife desilusões. Feito isso, uns se recolhem pra dentro da carapaça, atribuem a causa de seus desenganos a fatores alheios, ignorando que foram agentes das escolhas enganosas.
O maior dano da transferência de culpa não incide sobre nossos “culpados” eventuais; antes, sobre nós, ao tolher a necessária autocrítica, nos furtamos a escalar uns metros mais, na fenda da experiência, rumo ao cume da maturidade. Ela só advém ao custo de sangue, com o qual forja a devida têmpera.
Engana-se quem pensa que o mero curso do tempo amadurece almas! Muitas envelhecem verdes recusam-se a crescer ao preço de dores, decepções. Quando levamos um “toco” da vida, não é hora de cortarmos os pulsos, deprimirmos, ou, abdicarmos de bons valores, como se, não valessem à pena. Afinal, quem cultiva valores em busca de aplausos, no fundo, as palmas são o único bem que aprecia.
A boa índole nos serve, sobretudo, para os momentos maus; Quando não chove guardamos o guarda-chuva. Quem apregoa sua “filosofia” tipo: “Sou bom com quem é bom comigo”. Ou, “Todos estão roubando, por quê serei honesto?” embora possa pavonear-se em “fazer a diferença”, no fundo é só um medíocre que faz igual.
Nadar contra a corrente; arrostar os maus ventos e se manter íntegro, nisso reside a excelência do caráter. Quem condiciona o ser, às circunstâncias, no fundo, não é; apenas está.
Nesse tempo nebuloso, onde, até as mensagens “espirituais” não passam de profanas tentativas de negociatas com Deus, vale realçar a excelente postura do profeta Habacuque: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3; 17 e 18 Eis um relacionamento maior que circunstâncias adversas!
Muitos jactam-se de “matar um leão por dia”, mas, facilmente fogem de um tigre de papel. Ocorre-me a fábula do bezerro “rejeitado”, Ele estava preso num curral, ao lado do qual passava longo brete; dentro desse, uma fila de animais saudáveis, gordos era “estimulada” a ir em frente.
O bichinho olhou aquilo e indignou-se com o “preconceito”; será por que sou magro, ou jovem demais, pensou. Também quero ir onde esses venturosos vão. Recuou um tanto e deu uma forte cabeçada nas tábuas que o limitavam, arrombou e entrou na fila. Era a fila do matadouro de um grande frigorífico.
Conosco, não raro, acontece igual. Nos indignamos contra certas “cercas”, por acharmos que o caminho dos outros serve para nós, embora, muitos conduzam à morte.
Quem quer realmente fazer a diferença precisa aprender a traçar seu rumo calcado em valores, não circunstâncias, nem, no som do berrante.
A sombra muda seu tamanho a cada instante, de acordo com o curso do sol; mas, isso não altera a estatura do corpo que a produz. Por irônico que pareça, faz a diferença apenas aquele que faz igual, quando a vida resolve mudar seu humor.
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