Palavra do leitor
- 16 de maio de 2012
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Buscando o equilíbrio em Cristo
Sinto-me entendiado e frustrado com o estado da teologia e da espiritualidade brasileira atual. Estamos no que considero o "tempo das polarizações" de pensamento. Toda polarização é ruim, pois não contribui para uma reflexão equilibrada. Mas o que torna ainda pior a nossa situação é que não estamos apenas entre dois pólos, mas entre pelo menos três pólos.
De um lado, estão os novos evangélicos e suas teses de revisitação de tudo aquilo que a história da espiritualidade cristã definiu como fundamental. Eles praticamente afirmam: Tudo o que você acredita sobre Deus, Jesus, pecado, graça e outros, perdeu o valor. Agora é preciso, como desbravadores, caminhar no escuro para construirmos uma nova história com outra espiritualidade. Lindos discursos, mas com pouca aplicabilidade e confiabilidade bíblica.
Do outro estão os fundamentalista que, com a mesma belicosidade de um cavaleiro templário, guardam firmemente todas as relíquias da instituição cristã mesmo que para isso façam guerra. Daí provém as várias baixarias e discussões infrutíferas publicadas principalmente em ambientes virtuais, coisas tais que nos coram de vergonha. Como são os donos da verdade, rejeitam qualquer pensamento que minimamente se afaste do que consta nos tomos teológicos. Tudo cheira a heresia.
Ainda há um terceiro polo, que são aqueles que "inventaram a roda" do Evangelho, para os deste grupo, os dois anteriores estão perdidos, aqui a arrogância não encontra limites, estes são “quase” portadores de uma revelação especial que Deus revelou apenas a eles. Diferentes do primeiro grupo, estes consideram que não somente os conteúdos da fé estão distorcidos, mas também a liturgia, a organização hierárquica, a administração tudo o mais está. Afirmações do tipo: “Tá tudo errado com o cristianismo! Voltamos ao caminho e restauramos a Igreja segundo o modelo bíblico!” são comuns e revelam o tom preconceituoso do grupo.
Acredito que há outros grupos além desses, mas estes três revelam de forma bem resumida o estado da espiritualidade cristã no Brasil. Nessa "Babel" que se instalou, o que se tem produzido é quase exclusivamente brigas, troca de acusações, confusão bíblica teológica e visões doutrinárias parcializadas e tendenciosas. Será que a partir desse solo é possível plantar confusão e contenda e ainda sim colher bons frutos? Certamente que não.
E quem sai perdendo com tudo isso? Ora, são as pessoas que não são alcançadas pela simplicidade do evangelho de Cristo e continuam vagando perdidas, são aqueles que não entenderam que a caminhada cristã é muito mais do que defender ou abandonar dogmas e estruturas, mas implica na promoção da paz, da justiça e da verdade segundo o que Jesus ensinou.
Perde todo aquele que, engodado por querelas estéreis; esquece que a religião verdadeira está centrada no cuidado aos necessitados e a uma vida que espelhe os valores do Reino (Tg 1.27).
Entre estes vários polos, voltar-se para Cristo é o caminho para o equilíbrio.
De um lado, estão os novos evangélicos e suas teses de revisitação de tudo aquilo que a história da espiritualidade cristã definiu como fundamental. Eles praticamente afirmam: Tudo o que você acredita sobre Deus, Jesus, pecado, graça e outros, perdeu o valor. Agora é preciso, como desbravadores, caminhar no escuro para construirmos uma nova história com outra espiritualidade. Lindos discursos, mas com pouca aplicabilidade e confiabilidade bíblica.
Do outro estão os fundamentalista que, com a mesma belicosidade de um cavaleiro templário, guardam firmemente todas as relíquias da instituição cristã mesmo que para isso façam guerra. Daí provém as várias baixarias e discussões infrutíferas publicadas principalmente em ambientes virtuais, coisas tais que nos coram de vergonha. Como são os donos da verdade, rejeitam qualquer pensamento que minimamente se afaste do que consta nos tomos teológicos. Tudo cheira a heresia.
Ainda há um terceiro polo, que são aqueles que "inventaram a roda" do Evangelho, para os deste grupo, os dois anteriores estão perdidos, aqui a arrogância não encontra limites, estes são “quase” portadores de uma revelação especial que Deus revelou apenas a eles. Diferentes do primeiro grupo, estes consideram que não somente os conteúdos da fé estão distorcidos, mas também a liturgia, a organização hierárquica, a administração tudo o mais está. Afirmações do tipo: “Tá tudo errado com o cristianismo! Voltamos ao caminho e restauramos a Igreja segundo o modelo bíblico!” são comuns e revelam o tom preconceituoso do grupo.
Acredito que há outros grupos além desses, mas estes três revelam de forma bem resumida o estado da espiritualidade cristã no Brasil. Nessa "Babel" que se instalou, o que se tem produzido é quase exclusivamente brigas, troca de acusações, confusão bíblica teológica e visões doutrinárias parcializadas e tendenciosas. Será que a partir desse solo é possível plantar confusão e contenda e ainda sim colher bons frutos? Certamente que não.
E quem sai perdendo com tudo isso? Ora, são as pessoas que não são alcançadas pela simplicidade do evangelho de Cristo e continuam vagando perdidas, são aqueles que não entenderam que a caminhada cristã é muito mais do que defender ou abandonar dogmas e estruturas, mas implica na promoção da paz, da justiça e da verdade segundo o que Jesus ensinou.
Perde todo aquele que, engodado por querelas estéreis; esquece que a religião verdadeira está centrada no cuidado aos necessitados e a uma vida que espelhe os valores do Reino (Tg 1.27).
Entre estes vários polos, voltar-se para Cristo é o caminho para o equilíbrio.
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