Palavra do leitor
- 28 de agosto de 2012
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A Palavra a pão e água
“E disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me eu, então entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18; 29
Um contraste acentuado entre prudência e ingenuidade, assoma, analisando os atos de rei Jeosafá. Aparentado que estava do rei Acabe, por ocasião de uma visita, decidiram recuperar a posse da antiga cidade de refúgio, Ramote de Gileade.
Como de praxe, antes da ousada empresa foi feita uma consulta profética para saber a “vontade do Senhor”. Isso entre aspas, pois, foram consultados os profetas de Baal.
Todavia, apesar de todas as mensagens prometerem vitória fácil, aquilo não satisfez ao então, prudente, rei de Judá. “Disse, porém, Jeosafá: Não há ainda aqui algum profeta do SENHOR, para que o consultemos?” V 6
Apesar de declarado desafeto de Acabe, Micaías, o profeta do Senhor foi buscado, o qual, após uma imitação irônica dos falsos profetas, disse a verdade em nome do Senhor: Acabe seria morto, Israel disperso na peleja.
O rei de Israel, como sempre fazia, desconsiderou a Palavra de Deus, mandou trancafiar o profeta a pão e água, e seguiu com seu intento belicoso.
Desconhecemos os motivos de Jeosafá, ( conveniência política, comodidade) que, mesmo não sendo da índole que seu colega, acabou indo à peleja, apesar da advertência contrária do Profeta do Senhor.
Pior, aceitou o “conselho” supra, de ir ao combate trajado de rei, enquanto Acabe se disfarçaria de guerreiro comum. Ora, natural que os soldados inimigos teriam a rei como alvo principal, o que fez Jeosafá passar seus apuros; todavia, como a intenção do ímpio Acabe era malograr à Palavra de Deus, que dissera da sua morte, foi alvejado mesmo disfarçado e encontrou, por fim, a sina predita, pelo Juízo do Eterno.
De volta para casa, Jeosafá mandou ensinar em seu reino, algumas coisas que aprendera a duras penas; “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniquidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno.” II Crôn 19; 7
Essa passagem ilustra bem, o grande mal do ser humano em todos os tempos, sobretudo, em nossos dias. A religião nos lábios, e a impiedade nos atos.
A Palavra de Deus consultada em expectativas alvissareiras, de promessas, nunca de correção. Temos até as famosas “caixinhas de promessas” para que Deus nos fale somente “coisas boas”, tal nossa hipocrisia religiosa.
Quando Paulo disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, o fez a um povo que O desconhecia totalmente, contudo, exortou: “mas anuncia a todos que se arrependam”. Atos 17; 30
Ignorância, pois, era um estado a ser deixado. Em nossos dias, não há mérito, ou atenuante por desconhecermos a Vontade de Deus, afinal, a Palavra está disponível a todos.
Na igreja quase embrionária, com algumas décadas apenas, Paulo considerou vergonhosa a ignorância de Deus; hoje, consideraria escândalo. “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34
Claro que há diferença entre a ignorância por limitações intelectuais, e a voluntária; essa, por preguiça, comodismo, é a qual trato.
A geração high tec que “colhe” alimentos em latas e “sabedoria” em ícones virtuais, acostumou ao guruísmo, filho do comodismo, onde um “iluminado” qualquer “determina, declara, profetiza” como as coisas espirituais são e a boiada segue o som do berrante.
Além disso, de nada valerá uma prudência parcial, como no caso do rei, se, na hora de agir, contam mais as conveniências que a Palavra de Deus. Aliás, o pecado religioso é mais grave que o pecado comum, pois, traz a agravante de ser profanação.
“Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50; 16 e 17
Desgraçadamente, como Acabe, a maioria de nossa geração “cristã” tem deixado a Palavra de Deus a pão e água, e pavoneado-se suicidamente com as vestes reais, no castelo da estupidez.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;...” Os 4; 6
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17; 3
Um contraste acentuado entre prudência e ingenuidade, assoma, analisando os atos de rei Jeosafá. Aparentado que estava do rei Acabe, por ocasião de uma visita, decidiram recuperar a posse da antiga cidade de refúgio, Ramote de Gileade.
Como de praxe, antes da ousada empresa foi feita uma consulta profética para saber a “vontade do Senhor”. Isso entre aspas, pois, foram consultados os profetas de Baal.
Todavia, apesar de todas as mensagens prometerem vitória fácil, aquilo não satisfez ao então, prudente, rei de Judá. “Disse, porém, Jeosafá: Não há ainda aqui algum profeta do SENHOR, para que o consultemos?” V 6
Apesar de declarado desafeto de Acabe, Micaías, o profeta do Senhor foi buscado, o qual, após uma imitação irônica dos falsos profetas, disse a verdade em nome do Senhor: Acabe seria morto, Israel disperso na peleja.
O rei de Israel, como sempre fazia, desconsiderou a Palavra de Deus, mandou trancafiar o profeta a pão e água, e seguiu com seu intento belicoso.
Desconhecemos os motivos de Jeosafá, ( conveniência política, comodidade) que, mesmo não sendo da índole que seu colega, acabou indo à peleja, apesar da advertência contrária do Profeta do Senhor.
Pior, aceitou o “conselho” supra, de ir ao combate trajado de rei, enquanto Acabe se disfarçaria de guerreiro comum. Ora, natural que os soldados inimigos teriam a rei como alvo principal, o que fez Jeosafá passar seus apuros; todavia, como a intenção do ímpio Acabe era malograr à Palavra de Deus, que dissera da sua morte, foi alvejado mesmo disfarçado e encontrou, por fim, a sina predita, pelo Juízo do Eterno.
De volta para casa, Jeosafá mandou ensinar em seu reino, algumas coisas que aprendera a duras penas; “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniquidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno.” II Crôn 19; 7
Essa passagem ilustra bem, o grande mal do ser humano em todos os tempos, sobretudo, em nossos dias. A religião nos lábios, e a impiedade nos atos.
A Palavra de Deus consultada em expectativas alvissareiras, de promessas, nunca de correção. Temos até as famosas “caixinhas de promessas” para que Deus nos fale somente “coisas boas”, tal nossa hipocrisia religiosa.
Quando Paulo disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, o fez a um povo que O desconhecia totalmente, contudo, exortou: “mas anuncia a todos que se arrependam”. Atos 17; 30
Ignorância, pois, era um estado a ser deixado. Em nossos dias, não há mérito, ou atenuante por desconhecermos a Vontade de Deus, afinal, a Palavra está disponível a todos.
Na igreja quase embrionária, com algumas décadas apenas, Paulo considerou vergonhosa a ignorância de Deus; hoje, consideraria escândalo. “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34
Claro que há diferença entre a ignorância por limitações intelectuais, e a voluntária; essa, por preguiça, comodismo, é a qual trato.
A geração high tec que “colhe” alimentos em latas e “sabedoria” em ícones virtuais, acostumou ao guruísmo, filho do comodismo, onde um “iluminado” qualquer “determina, declara, profetiza” como as coisas espirituais são e a boiada segue o som do berrante.
Além disso, de nada valerá uma prudência parcial, como no caso do rei, se, na hora de agir, contam mais as conveniências que a Palavra de Deus. Aliás, o pecado religioso é mais grave que o pecado comum, pois, traz a agravante de ser profanação.
“Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50; 16 e 17
Desgraçadamente, como Acabe, a maioria de nossa geração “cristã” tem deixado a Palavra de Deus a pão e água, e pavoneado-se suicidamente com as vestes reais, no castelo da estupidez.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;...” Os 4; 6
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17; 3
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