Posts tagged universitários

22 de outubro de 2010

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“Em 2009, 32,8 dos jovens entre 18 e 24 anos abandonaram os estudos antes de completada a terceira série do ensino médio. A escolaridade média até 25 anos de idade é de apenas 5,8 anos (ante 12 anos na Coreia do Sul, 13,5 em Taiwan, 13,4 nos EUA). Apenas 39,2% dos jovens entre 15 e 17 anos estão matriculados no ensino médio no Nordeste, ante 39,1 no Norte e 60,5% no Sudeste. Como nos espantarmos, assim, que alguns estudos digam que 75% dos que passam até oito anos em escolas são ‘analfabetos funcionais’, incapazes de interpretar um texto simples, de poucas linhas? […]

O geógrafo Wanderley Messias da Costa, da Universidade de São Paulo, mostrou que apenas 24% dos 5 milhões de alunos no nível de graduação no País estão entre 18 a 24 anos. E 50% das vagas oferecidas em 2008 não foram preenchidas. A taxa média de evasão nos quatro anos de graduação é de 43%. A esmagadora maioria não conclui no prazo os cursos que freqüenta. Grande parte leva até oito anos ou mais para completar o curso de quatro. […]

Há muito mais que aborto a ser discutido com a sociedade. Nossos fundamentos sociais estão em questão.”

Washington Novaes, Estado de S.Paulo, 22 de outubro de 2010

 

“Diante do luto, entendemos que um ciclo terminou, que determinada coisa ou pessoa não fará mais parte de nosso cotidiano, mas isso não significa apagá-la completamente, e sim dar a ela um novo lugar em nosso memória, um novo significado em nossa vida. […] Não existem fórmulas mágicas ou tempo certo, cada um deve respeitar seu ritmo. Só não é positivo fingir que anda aconteceu ou tentar substituir o que foi perdido, Não funciona assim.”

Maria Helena Pereira Franco, psicoterapeuta, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre o luto da PUC-SP, Revista Claudia, outubro/2010

10 de outubro de 2010

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“Durante muito tempo, nas décadas de 60 e 70, a escolaridade ficou estagnada. A partir do final dos anos 80, começa a evolução. Como os mais ricos já estavam com escolaridade bastante elevada o aumento foi impulsionado pelos mais pobres. Em 2009, tínhamos 40% da população com 22 anos de idade completando esse nível de ensino. Em 2001, esse percentual não chegava a 25%. É um avanço bem rápido. […] O que faz a grande diferença agora é ter pós-graduação: o ganho é de 4,3 vezes no salário em relação a quem é apenas graduado. É importante lembrar que esses dados são médias e não refletem a situação em todas as profissões.”

Naércio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

 

“O tema do aborto não foi trazido ao debate político para ser esclarecido e debatido a sério. Ninguém o propôs abertamente. Surgiu sub-repticiamente, por oportunismo eleitoral. E tem merecido uma resposta não menos oportunista.”

Sergio Fausto, diretor executivo do iFHC, é membro do GACINT-USP, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

 

“Ainda hoje, a esquerda se sente órfã, necessitada de diretrizes ideais. Se o comunismo se revelou impossível, em nome de que deveríamos continuar lutando?”

Gianni Vattimo, filósofo e político italiano, é um dos expoentes do pós-modernismo europeu, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

Estudante cristão

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Gosto do livro de Eclesiastes por diversas razões. Desde criança tive contato com essa leitura. Lembro-me de ficar um tanto confusa e perceber que tratava-se de algo elevado demais para mim. Na adolescência me vi escandalizada em alguns momentos pela verdade nua e crua que ele retratava, por uma dose de melancolia na maneira de ver o mundo (ao menos foi o nome que conseguir dar à época), e, me perturbava aquela ousadia na maneira de retratar a vida. Ainda hoje me sinto profundamente atraída e desafiada pelo livro. Trago a sensação de que há muito mais, dimensões que não alcancei, verdades que ainda estou por vivenciar, e cresce minha reverência pelo livro.

Ali se encontra esse trecho: “Eis que a felicidade do homem é comer e beber, desfrutando do produto de seu trabalho; e vejo que também isso vem da mão de Deus, pois quem pode comer e beber sem que isso venha de Deus?”[1]. Numa outra tradução[2] ficou assim: “separado deste [Deus] quem pode comer, ou quem pode alegrar-se?”.

Comer, beber, desfrutar do fruto do trabalho é muito bom, alguns até dizem, “nada há melhor que isso”. Mas, segundo o escritor bíblico, se a percepção de Deus está fora, será difícil você descobrir a felicidade, será impossível você saborear isso com alegria profunda.

Penso no contexto estudantil. Jovens que gostam cada vez mais de comer, beber e até, às vezes, desfrutar do produto de seus trabalhos acadêmicos (menções honrosas, títulos, publicações, etc). Isso tudo pode ser bom, muito bom, se o que se faz, conscientemente se faz na presença de Deus, ou mesmo, para Deus.

O escritor, professor e pastor, Eugene Peterson, diz algo que requer reflexão oportuna: “A vida colorida e cheia de energia do aprendizado, da pesquisa e do ensino recebe pleno desenvolvimento no cenário universitário da história. Mas é tudo, menos uma glorificação do aprendizado e do conhecimento em si, pois o mal se manifesta aqui de maneira ainda mais poderosa. […] O aprendizado e o saber são bons e verdadeiros, mas, dissociados da presença e vontade de Deus, dão origem ao mal”[3].

Será que ao invés de conhecer mais a bondade, o estudante cristão, pode estar mais próximo da maldade? O risco é frequente.

Trabalhando por tantos anos diretamente com universitários e pós-graduandos, e observando minha própria experiência e jornada nos estudos, percebo essa realidade. Quem está mais envolvido com o meio acadêmico conhece as diversas manifestações horrendas e criativas da maldade. Algumas mais explícitas, outras, cultivadas no recôndito de uma alma carente.

Acredito ser possível estudar, desenvolver-se, aprofundar questões teóricas, contribuir para o avanço da ciência e tecnologia, e nisso, descobrir mais da bondade de Deus, e assim, desfrutar de uma alegria maior, perene. Contudo, as ciladas se multiplicam. Espalham-se sutilmente pelo caminho. Há uma camuflagem e a distração pode aumentar o perigo.

Ao fim e ao cabo, que companhia temos? Longe de Deus, todo esforço e até mesmo toda conquista, pode se revelar como poeira, pior, pode trazer à tona o mal com suas caras mais feias.

Ao final do livro de Eclesiastes, o autor conclui: “Fique atento: fazer livros é um trabalho sem fim, e muito estudo cansa o corpo”[4]. Quer algo mais óbvio? Quer algo mais necessário de ser lembrado enquanto se dedica a tal tarefa?

Cuide-se!


[1] Ec 2.24-25 (Bíblia de Jerusalém)

[2] Tradução de João Ferreira de Almeida – Edição Revista e Atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil).

[3] Eugene Peterson, Espiritualidade Subversiva. Editora Mundo Cristão.

[4] Ec 12.12 (Bíblia de Jerusalém)

Contando os dias

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Considerando o que o salmista diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Sl 90.12), esse espaço será dedicado a essa maneira de contar os dias, ou seja, atentando para as notícias do cotidiano, na intenção de que a consideração de nosso tempo contribua para se ter um coração sábio.

Refletir e contar nosso dia observando as notícias do dia em nosso país. Bom exercício!

01 de setembro de 2010

“Se quem ama cuida – e eu creio nisso como em poucas coisas -, não estaremos amando de menos a essa nossa gente?”

Lya Luft, Revista Veja, 01/09/2010

“Quem é a personalidade que o universitário brasileiro mais admira? A pergunta foi feita a 729 jovens que estudam nas sete cidades com maior população universitária do Brasil. Nos primeiros lugares do estudo, feito pela Namosca, consultoria especializada em decifrar o comportamento da juventude, nenhum político, cantor ou jogador de futebol. Deu Cesar Cielo na cabeça, seguido de Selton Mello e Wagner Moura.”

Lauro Jardim, Revista Veja, 01/09/2010

02 de setembro de 2010

“Do total de 57,5 milhões de domicílios existentes no Brasil em 2008, 24,7 milhões (43% eram inadequados. A constatação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou ontem a quarta edição da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. […] Na pesquisa, só foram considerados adequados os domicílios com serviço de coleta de lixo, abastecimento de água por rede geral, esgotamento por rede coletora ou fossa séptica e no máximo dois moradores por quarto – não foi avaliada a regularidade da propriedade”.

Denise Menchen e Fábio Grellet, Folha de S.Paulo, 02/09/2010

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