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Eu gostaria… (uma constatação a partir de I Coríntios 13)

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Eu gostaria de falar com eloquência humana e com êxtase própria dos anjos.

Eu gostaria de pregar a Palavra de Deus com poder, revelando mistérios e deixando tudo mais claro, Cristo em evidência.

Eu gostaria de ter uma fé inabalável, exemplar, inspiradora, notória.

Eu gostaria de dar tudo o que tenho aos pobres, oferecer-me como sacrifício, enfrentando o que tiver que enfrentar.

Eu gostaria que tanto do que é buscado e aprovado na vida cristã, reconhecido como importante, estivesse em mim.

Eu preciso, contudo, é do amor de Deus. Caso contrário, estarei falida.

O amor é que faz a diferença, que pode me fazer diferente.

O amor é que ensinará a perseverar, não me deixará desistir quando tudo ao meu redor favorecer o deixar para lá. Só o amor pode tratar minha impaciência crônica.

O amor é que me educará para a bondade, só ele me fará tirar os olhos do meu próprio umbigo, e ensinará, verdadeiramente, a me interessar por aquele que entra em meu caminho. Aliás, me ampliará o horizonte, me ajudando a perceber que “meu” caminho está dentro de um caminho maior na história de salvação.

O amor é que poderá corrigir e transformar a inveja que me habita. Sim, ele tem o potencial de me ajudar a não querer o que não tenho, e a alegrar-me com os que possuem e conquistam coisas boas. Mais gratidão e celebração do que comparação e competição.

O amor é que não me deixará mergulhar na arrogância e nutrir uma mente soberba. Ele é que me dará discernimento, me mostrará em quantas ocasiões e em como, de variadas maneiras, tento me impor aos outros, disfarçada ou escrachadamente, maltratando quem poderia ser bem cuidado, manipulando para que as coisas saiam do meu jeito, conforme a minha vontade, ocupando-me tão somente dos meus desejos mais escondidos.

O amor é que me fará enxergar como facilmente ajo na base do “eu primeiro”, buscando continuamente meus próprios interesses, alimentando meu egocentrismo.

O amor é que não me deixará perder as estribeiras, e me entregar rapidamente à ira, através da qual deixo escapar uma agressividade intensa que tento controlar com minhas próprias forças.

O amor é que me conduzirá ao perdão, não me deixando cair em contabilizações dos erros dos outros e supostas dívidas que considero que tenham a mim. O rancor se dissolverá quanto mais o amor reinar.

Afinal, o amor não festeja quando os outros rastejam, o amor não se alegra com injustiça alguma, antes, o amor me deixa muito mais sensível a qualquer injustiça a meu redor e até longe de mim, e assim, a dor do que sofre passa a ser também minha. Só no amor há esperança de um coração verdadeiramente solidário, capaz inclusive de realmente ter prazer, vibrar saltitante com o desabrochar da verdade.

O amor é que me fará suportar o que de outra forma jamais conseguiria.

O amor é que me ajuda a ver e crer além, e por isso, caminhar na confiança do que Deus está fazendo por detrás, acima, e além do que consigo ver. E assim, descansar nele, sabendo que no amor o melhor é buscado, que o amor encontra caminhos de vida, de perdão, de reconciliação, que o amor é esperançoso. Portanto, não é preso no passado, é livre para tentar mais uma vez, não precisa enroscar na decepção que me faz afastar-me para ilusoriamente proteger-me. Enquanto o medo encontra brechas, o amor escancara espaços, respeitando limites. Dessa maneira ele segue até o fim, imortal, sem perecer pelo caminho da existência.

Muito ideal, muita perfeição? Esse amor é o amor de Deus por nós – frágeis, assustados, rebeldes. Esse amor de Deus é o que nos cura. Esse amor é que em mim pode ser revolucionário. Por mais que cresça, é bem verdade, não me dominará por completo nessa vida, onde enxergamos apenas em parte, e vivemos em incompletude. Mas, quando vier aquele que é Completo, não mais haverá limites em mim, e verei e viverei mais do que jamais imaginei.

02ª semana de 2013

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“Falo somente de mim, para quem Deus está morto; apenas faço ruminações, pensamentos obsessivos sobre a necessidade de consolação que tenho em mim, em minhas inervações, assim como o garoto da bicicleta, meu ‘alter ego’. O que eu posso esperar é que esses pensamentos que me deixam obcecados sejam o sintoma de alguma coisa que ultrapassa a minha pessoa e movimente o pensamento dos outros. Nosso nascimento é indissociável de um pânico do que está de fora [do útero], um medo de morrer. Esse medo é abrandado quando entramos em contato com o amor infinito de um outro – uma mãe, um pai, biológico ou não – capaz de nos fazer sair de uma bolha imaginária e passar a amar o que está de fora. Necessitamos da existência de um ‘Deus’ que nos dê um amor mais forte que a morte, uma segurança absoluta. Tento pensar em como podemos conviver com essa necessidade, mas sem Deus – vivendo só com nosso elo com o outro humano que nos ama infinitamente e nos fez amar a vida.”
Luc Dardenne, “Folha de S.Paulo” – 06/01/2013

“Nós recebemos todos os sinais de que algo não está bem e, mesmo assim, continuamos porque tem mais uma novela para fazer, mais um programa para gravar, ou mais uma viagem imperdível. E a maioria das pessoas age dessa forma. Eu teria que ter retirado a vesícula há oito anos. Teria evitado tudo o que acontece comigo.”
Betty Lago, “O Estado de S.Paulo” – 06/01/2013

“Acho que o sucesso veio de encher minha caixinha de ferramentas com conhecimento vários, e não só buscar reconhecimento vertical.”
Fabio Abreu, 38, CEO Lider Telecom, “O Estado de S.Paulo” – 06/01/2013

“O novo, autenticamente novo, não é uma criação a partir de nada, mas, sim, uma manifestação inusitada que surge do trabalho do artista, do processo expressivo em que está mergulhado. Esse processo não tem a lógica comum ao trabalho habitual, já que o trabalho criador é, essencialmente, a busca do espanto. Falo das artes plásticas, uma vez que, na poesia, se dá o contrário, o espanto está no começo: é o novo inesperado que faz nascer o poema.”
Ferreira Gullar, “Folha de S.Paulo” – 06/01/2013

“Um site que oferece ‘desbatizar’ católicos que discordam de dogmas da Igreja está fazendo sucesso na Holanda. Recentes declarações do papa Bento XVI contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo garantiam à página número recorde de acessos.”
“O Estado de S.Paulo” – 07/01/2013

“Na recente Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), o presidente do Uruguai, José Mujica, [em seu pronunciamento colou que] a causa protagônica do cenário ecológico/ambiental sombrio que preocupa o mundo é o modelo de civilização que vivemos. Disse o que provavelmente a maioria dos presentes partilhava como ideário abstrato, sem observá-lo no cotidiano concreto porque satisfeita com a vida pautada na cultura consumista: vivemos um modelo de civilização marcado pelo hiperconsumo. […] Caracterizado pelo ‘use e jogue fora’, esse modelo nos obriga a trabalhar mais para consumir mais, a fazer coisas que não durem e a comprar sempre mais porque, se o consumo não cresce, paralisa a economia. […] E fechou essa cadeia de raciocínio com uma frase de efeito, coerente com sua vida pessoal modesta, de arguto significado emblemático: ‘Pobre não é quem tem pouco, mas sim quem deseja muito, sempre mais e mais’. Sintoma simbólico da esquizofrenia insinuada no pronunciamento: o Natal perdeu sua conotação de festa religiosa, passou a ser uma apoteose comercial; em vez da igreja, o shopping… Por vezes a compulsão ao ‘compre mais’ chega ao desatino.”
Mario Cesar Flores, “O Estado de S.Paulo” – 07/01/2013

“ ‘A ansiedade tem levado as pessoas a quererem se libertar, mas elas não conseguem’, diz Larry Rosen, autor de iDisorder (sem edição brasileira) e professor de psicologia na Unviersidade Estadual da Califórnia. ‘Alguns sabem que estão totalmente envolvidos, mas se abandonarem, mesmo que seja por uma hora, temem perder alguma coisa. […] Não é um vício, é uma obsessão. Vício é quando você faz alguma coisa para ter prazer, como fumar um cigarro ou jogar um jogo. Não estamos no Facebook por prazer. Estamos ali para reduzir nossa ansiedade. Se alguma coisa boa ocorrer ali, então há um prazer repentino.”
Katherine Boyle, “Washington Post/O Estado de S.Paulo” – 07/01/2013

“É um erro comum pensar que o inconsciente freudiano é inalcançável por conta da repressão. Não é. O tamanho de informação inconsciente que carregamos é infinitamente maior do que o reprimido, apesar de um contaminar o outro. Mas está inconsciente por quê? Pela mesma razão que as fundações do prédio onde você mora nunca mais serão vistas: elas são básicas, mas são passado enterrado. Tanto quanto nossa incapacidade de reconstruir nossa alfabetização (que, aliás, continua em processo: pense em excitação; hesitação; exceção; estender; extenso; tenho “uma dó” ou tenho um dó? Você não hesita antes de escrevê-las?). É passado e presente ao mesmo tempo, já que nosso inconsciente é atemporal. Quem não teve dor de barriga em janeiro, pensando no vestibular em dezembro?”
Francisco Daudt, “Folha de S.Paulo” – 08/01/2013

“Somos todos fanáticos. Exigimos que nosso sentimento seja eterno e incondicional e camuflamos sua natureza condicional e efêmera. É a mais nova tentativa humana de roubar um poder divino. […] O papel de nos aceitar por inteiro, com todos os nossos defeitos e limitações, cabia a Deus. Hoje buscamos alguém que possa cumprir essa função e ainda dormir conosco. É realmente pedir demais.”
Simon May, “Folha de S.Paulo” – 08/01/2013

“Dizem que quando morremos vemos um filme de nossas vidas. Um resumo preciso e inexorável de tudo o que fizemos de bom e de lastimoso surge numa tela, revelando as coisas inconfessáveis que escondemos dos outros e de nós mesmos. Se a vida é um filme, nenhuma vida pode se reduzir a uma verdade única, pois todas são dotadas de abundantes pontos de vista. A hipótese é interessante porque o cinema se abre a muitas verdades e eu estou seguro de que a nossa maior tarefa nesta vida é a responsabilidade de interpretar o que – nesta fantasia – continua depois da morte. A vida, como a fita, asseguram e reiteram que somos seres em busca de interpretações responsáveis.
[…] No filme final vemos tudo. Na vida terrena, esse mundo que inventa o cronista e a arte em geral, cada qual enxerga um pedaço. Sem a liberdade de todas as vozes, não se chega aos fatos, contados sempre de um só lado e por isso tidos como ficção. O problema, porém, é que os santos, os poetas e os filósofos descobrem contradições nos mandamentos.”
Roberto DaMatta, “O Estado de S.Paulo” – 09/01/2013

“50% dos pais de adolescentes nos Estados Unidos já configuraram algum tipo de bloqueio automático nas conexões de internet para evitar que os filhos acessem sites ‘indesejáveis’.”
“O Estado de S.Paulo” – 10/01/2013

“Só há uma vida: a que estamos vivendo. É óbvio. Mas por que mal conseguimos viver sem imaginar que ela possa ou deva ser ‘outra’? É uma aflição moderna, pós-romântica.”
Contardo Calligaris, “Folha de S.Paulo” – 10/01/2013

“A milionária chinesa Yu Youzhen decidiu trabalhar como gari para ser ‘um bom exemplo’ para seus dois filhos. A mulher, de 53 anos, é dona de 17 imóveis na cidade de Wuhan, mas acorda às 3horas, seis dias por semana, para trabalhar varrendo as ruas.”
Felipe Corazza,“O Estado de S.Paulo” – 12/01/2013

“Que lugar resta para a razão numa comunicação política regida cada vez mais pela lógica do desejo, ou, pior ainda, pelo desejo de consumo? Alain Touraine viu esse impasse há cerca de 20 anos: ‘As sociedades complexas e de mudanças rápidas pouco a pouco deixam de ser sociedades de intercâmbio, da comunicação e da argumentação, para serem cada vez mais sociedades da expressão. (…). Cada vez menos tratamos com comunicadores e cada vez mais com atores’.”
Eugênio Bucci, “O Estado de S.Paulo” – 10/01/2013

“Andamos com vidros fechados, portas travadas, vivemos atrás de grades, protegidos por jaulas, câmeras, alarmes, cães, seguranças. E mesmo assim somos todos inseguros, Inquietos, neuróticos, assustados. O rico tem medo mesmo no carro blindado, o classe média tem medo, o emergente tem medo, temos medo do bandido, da polícia, de todos.
O medo é nossa segunda pele.”
Ignácio de Loyola Brandão, “O Estado de S.Paulo” – 11/01/2013

“No início de mais um ano, as esperanças se renovam e também a coragem para alcançar as metas que nos propomos. É bom que seja assim: de esperança em esperança, vamos avançando e deixando marcas no caminho… A paz é um direito das pessoas, aliás, pouco respeitado. Ela é ferida pelas guerras e pelo rastro de sofrimento, destruição e morte; também é ferida pelos mais variados atos de violência e injustiça contra o próximo, no desprezo e desrespeito à dignidade das pessoas, no estilo de vida egoísta e individualista, que se fecha diante das necessidades do próximo, no descuido ou na exploração insensata da natureza, sem levar em conta o bem comum. […] A fé cristã traz elementos fundamentais para a edificação da paz: cremos no Deus do amor, do perdão, da misericórdia e da paz; cremos em Jesus Cristo, Filho de Deus. […] No entanto, a paz não está pronta, como um produto de consumo que se possa conseguir por meio de passes mágicos, ou pela imposição da força sobre os outros. A paz é um dom do Alto, enquanto Deus é para o homem o fundamento e a garantia última da justiça, da esperança e da prática do bem. Mas ela é também tarefa do homem, fruto de idealismo e de uma busca tenaz, pessoal e coletiva. Ela se expressa na harmonia interior de cada pessoa, na sua relação com o próximo e com o mundo. A desordem na vida pessoal é causa de falta de paz, ou da sua perda. A falta de retidão na conduta pessoal não é apenas ‘questão pessoal’, que interessa à vida privada, mas tem repercussão sobre os outros e sobre o convívio social. Com frequência isto fica esquecidos: ser bons, justos e honestos é um bem para si e para os outros. Por isso, o cultivo de paz requer dignidade na conduta pessoal e honestidade em seguir os ditames da consciência moral, que aponta para a prática do bem e para a busca da verdade, da retidão e da justiça. Sem isso não há paz consigo mesmo. Nem com os outros. […] Edificadores e educadores da paz serão reconhecidos como filhos de Deus.”
Dom Odilo P. Scherer, “O Estado de S.Paulo” – 12/01/2013

26ª semana de 2012

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“Mais gente está se tornando mais narcisista, ou está se apresentando para o mundo como se só se importasse consigo própria. Mais gente está ficando obcecada e compelida a checar constantemente o telefone. E há uma pesquisa que mostra que mais pessoas estão ficando deprimidas quando não têm coisas maravilhosas para mostrar aos outros no Facebook.”
Larry Rosen, psicólogo – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Nessa idade ninguém vai mudar radicalmente o modo de ver as coisas, que é uma decantação de tudo que foi vivido. […] Acredito no poder da oração. Mas as instituições religiosas, e incluo todas as ordens, estão preocupadas com política e poder. Já os evangélicos cresceram enormemente como utilitarismo sistêmico produtivista, industrialista. Hoje já é uma religião para lá da religião.”
Gilberto Gil, 70, cantor – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Cartões e cheques especiais são vias rápidas para o superendividamento. […] O anzol do crédito terá, em sua ponta, a minhoca do acesso mais fácil a bens e serviços. Mas continuará sendo uma pescaria indevida, de consumidores incautos, ávidos por mais conforto e lazer.
Maria Inês Dolci – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Não há uma definição do amor romântico que agrade a todos. Para os pragmáticos, o amor é algo que inventamos para satisfazer uma necessidade. Para os céticos, é uma surpresa! Para quem sempre escolhe a pessoa errada, amar é sofrer. Para os obcecados, significa estreitar seu foco sobre um único objeto de desejo. Para as pessoas de pensamento estratégico, amar significa priorizar o bem-estar do(da) amado(a), porque a felicidade dele(a) aumenta a sua própria.”
Michael Keep – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“‘Política é a arte de engolir sapos.’ A frase pode ser alterada, trocando-se a palavra ‘arte’ por outra: ‘necessidade’. E não se aplica apenas aos profissionais que se dedicam e, em alguns casos, se beneficiam com a obrigação de comer batráquios, mas àqueles que torcem e chegam a se entusiasmar com os artistas ou com os necessitados de se alimentar com um produto que ainda não faz parte da cesta básica.”
Carlos Heitor Cony – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“As férias, para crianças e jovens, poderiam ser um tempo de descobertas e solidificação de aprendizagens se nesse tempo eles não fossem levados a ter novos compromissos, mesmo que sejam compromissos com o lazer.”
Rosely Sayão – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Cerca de 58% dos profissionais graduados em engenharia trabalham em empresas de grande porte, segundo amostra de 105 mil currículos cadastrados no site de carreira vagas.com.br. Outros 24% estão em empresas de médio porte e 13%, em companhias pequenas.”
Maria Cristina Frias – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Esse mundo imensamente midiático, em que se oferece a ilusão da liberdade radical de se autoinventar, é falso.”
Jonathan Franzen – O Estado de S.Paulo, 30/06/2012

“A escolha entre o nada e a coisa nenhuma é bem disfarçada no poder de ostentar que promete redimir do buraco subjetivo. Não tendo mais o que expressar, alguém simplesmente ‘ostenta’ um relógio caro, um computador moderninho, um carrão oneroso. Ou um piercing, um músculo forte. Tudo e cada coisa é reduzida à marca, emblema do capital e seu poder na era do Espetáculo. […] A saída é a arte, a poesia, a negação ativa contra o uso e o consumo de marcas. A prática anti-capitalista é um ateísmo e começa com a recusa aos seus deuses como simples profanação cotidiana.”
Marcia Tiburi, Revista Cult – junho/2012

“O tráfico de pessoas, principalmente para exploração sexual, é o terceiro crime mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e armas. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), 2,4 milhões de pessoas são traficadas, anualmente, para o trabalho forçado. A exploração sexual representa quase 80% dos casos detectados – seguido do trabalho escravo e do comércio ilegal de órgãos. De cada cinco vítimas, quatro são mulheres ou meninas e metade das pessoas traficadas são menores de idade. […] Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), baseado no Relatório Nacional sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para o Propósito de Exploração Sexual (publicado em 2002), mapeou 241 rotas de tráfico: 110 dentro do Brasil e 131 internacionais. As ações estão concentradas em 520 municípios. Os principais destinos no exterior são para Europa. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, cerca de 70 mil brasileiros são traficados, anualmente, para o exterior, correspondendo a 10% dos lucros mundiais.”
Rôney Rodrigues – Revista Caros Amigos, junho de 2012

28 de outubro de 2010

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“A capacidade de superar crises está associada à possibilidade de mudança e de aprendizado; é ótimo quando podemos aproveitar eventos estressantes como oportunidades de amadurecimento.”

Wassilios Fthenakis, psicólogo, pedagogo e geneticista grego, Revista Mente e Cérebro, outubro de 2010

 

“A experiência amorosa exige sacrifício. Não se ama para ser recompensado. O amor é sua própria recompensa. Não resisto em Citar Drummond falando da poesia coisa parecida: ‘Poesia, o perfume que exalas é tua justificação’. Não há amor fácil, mas todo amor é maravilha, saúde, ‘remédio contra a loucura’, coisa que Guimarães Rosa ensinou. É a experiência humana mais exigente; não é contrato, troca de favores, investimento, é entrega e compromisso. Do ‘sacrifício’ de amar nasce a mais perfeita alegria. Ninguém faz cara feia quando se sacrifica por amor. Não se trata de anulação, subserviência de quem ama, trata-se da morte do ego, tarefa a ser feita até o último suspiro.”

Adélia Prado, 74, escritora, Lola Magazine, outubro de 2010

Contando os dias

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Considerando o que o salmista diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Sl 90.12), esse espaço será dedicado a essa maneira de contar os dias, ou seja, atentando para as notícias do cotidiano, na intenção de que a consideração de nosso tempo contribua para se ter um coração sábio.

Refletir e contar nosso dia observando as notícias do dia em nosso país. Bom exercício!

01 de setembro de 2010

“Se quem ama cuida – e eu creio nisso como em poucas coisas -, não estaremos amando de menos a essa nossa gente?”

Lya Luft, Revista Veja, 01/09/2010

“Quem é a personalidade que o universitário brasileiro mais admira? A pergunta foi feita a 729 jovens que estudam nas sete cidades com maior população universitária do Brasil. Nos primeiros lugares do estudo, feito pela Namosca, consultoria especializada em decifrar o comportamento da juventude, nenhum político, cantor ou jogador de futebol. Deu Cesar Cielo na cabeça, seguido de Selton Mello e Wagner Moura.”

Lauro Jardim, Revista Veja, 01/09/2010

02 de setembro de 2010

“Do total de 57,5 milhões de domicílios existentes no Brasil em 2008, 24,7 milhões (43% eram inadequados. A constatação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou ontem a quarta edição da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. […] Na pesquisa, só foram considerados adequados os domicílios com serviço de coleta de lixo, abastecimento de água por rede geral, esgotamento por rede coletora ou fossa séptica e no máximo dois moradores por quarto – não foi avaliada a regularidade da propriedade”.

Denise Menchen e Fábio Grellet, Folha de S.Paulo, 02/09/2010

O amor é mais

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O amor é essencial à vida. Com tantas demandas, tantas necessidades criadas, o crescimento da oferta de supérfluos, dívidas geradas, pressões variadas, vamos nos distraindo do que é essencial. E não raro, vai para a periferia da vida.

São de Peter Wust, filósofo de Münster, disse: “Uma pessoa nunca pode ser medida como pessoa segundo aquilo que sabe e o quanto sabe, mas antes apenas segundo aquilo que ama e em que medida ela é capaz de – e está preparada para amar até o fim. Isto é válido tanto a época da velhice quanto para a época da juventude”.

Cabe-nos perguntar se bem sabemos qual o poder do amor.

O que mudaria em nossa vida se permitíssemos que o amor fosse central? E se nossas decisões tivessem esse parâmetro prioritário, como seria o mundo?

Há espaço para tanta coisa, tanta “novidade”, que parece o amor tem se perdido, tem se tornado secundário. Como se a alma se satisfizesse com outra coisa.

De que amor estamos falando? Não se trata de mero amor romântico, incentivado e fantasiado por Hollywood com sua indústria cinematográfica, e, cultivado em músicas populares.

O amor que se traduz em compromisso, em lealdade, em fidelidade, em bondade, em equilíbrio, em liberdade, em longanimidade, em alegria, em paz, em mansidão. Mostra-se nas relações bem cuidadas, sinceras, em atitudes éticas, em doação, em entrega, em serviço e ajuda ao próximo.

O apóstolo João, em sua primeira epístola, faz uma preciosa definição de Deus: “Deus é amor”. E explica melhor quando diz: “O amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus, e conhece a Deus” (I Jo 4.7).

Quando aprendo a amar posso, simultaneamente, aprender a fazer Deus conhecido. Ele é a fonte, e jorrou seu amor em e através de Jesus. João continua explicando: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele” (I Jo 4.9).

Há uma vida possível de ser vivida em amor, uma vida vivida por meio de Jesus. Que tal descobrir mais a respeito?

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