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Espiritualidade e Natureza

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Em meio ao caos e profunda angústia, um aflito ora, lembrando quem é esse Deus a quem clama: “No princípio firmaste os fundamentos da terra e os céus são obras das tuas mãos” (Sl 102.25).

Um Deus criador e uma criatura que vai se tornando cada vez mais perigosa pelas escolhas que faz. Ao que tudo indica não temos sido muito responsáveis, tão pouco bons cuidadores da criação. Temos visto o efeito das mudanças climáticas sobre a agricultura, a saúde, os ecossistemas, os recursos hídricos e os meios de subsistência. Estudiosos também afirmam ver sinais precoces de que o sistema de recifes de corais e o sistema ártico estão passando por modificações irreversíveis. Como reagimos a isso tudo?

Na tentativa de satisfazer impulsos interiores e atender a demandas criadas pelo mercado e suas ditaduras, onde na maior parte do tempo nos sujeitamos sem quase refletir, vemos então uma iníqua injustiça ecológica, uma exploração repetida por gerações, que agora beira o limite. Nossa voracidade consumista devorou recursos até quase esgotá-los. A exploração excedeu-se a tal ponto que devastamos ecossistemas inteiros, contaminando solos, as águas, os ares e os alimentos. Onde estava a ética, as considerações sociais e sanitárias? Comprometemos as futuras gerações?

Em triste e preocupante situação que criamos não podemos seguir ignorando a realidade que nos cerca. Nossa irresponsabilidade traz consequências ameaçadoras, que complicam cada dia mais rotinas simples, dos grandes centros aos sertões praticamente desconhecidos.

Sendo a oração um diálogo, tendo um Deus criador para conversar e ouvir, como a fé cristã pode ajudar-nos? Bem, acredito que as implicações são inúmeras, que espaços devem ser ampliados para se estudar e conversar melhor a respeito, contudo, hoje poderíamos pensar na singeleza e força transformadora que a oração pode ser.

A oração pode conduzir-nos a novas perspectivas, mudar nossa postura a partir do centro, uma interioridade resgatada apesar do exterior confuso. Quanto pode a oração?

Henri Nouwen destaca dois efeitos da oração na vida de Thomas Merton que foram facilmente crescendo: um estilo de vida diferente (cujos hábitos se tornaram mais austeros) e a receptividade crescente frente à beleza da natureza. Ou seja, resultados visíveis da oração em nós podem ser: uma vida mais disciplinada e simples, além de uma atenção mais sensível ao nosso ambiente.

Para usar as palavras de Nouwen, descrevendo as mudanças no Merton: “está menos tenso, menos agitado, menos desamparado, menos inquieto e a natureza que o cerca, antes despercebida, desabrocha agora numa beleza nunca dantes notada. É impressionante constatar como a oração abre os olhos de muita gente para a natureza. A oração torna o homem contemplativo e atento. O homem deixa de manipular, passando a ser mais receptivo diante do mundo. Não agarra as coisas, mas as acaricia, não as agride, mas beija, não as esquadrinha, mas admira-as. Para quem assim age, a natureza pode mostrar-se completamente renovada. Ao invés de ser um obstáculo, torna-se um caminho; em vez de ser escudo impenetrável, passa a ser um véu que descortina horizontes desconhecidos”.

A oração também educa a alma, faz-nos mais sensíveis com uma qualidade na atenção antes perdida, regenera olhos adoecidos. Assim diz Davi, num de seus salmos: “Bom e justo é o Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores… Todos os caminhos do Senhor são amor e fidelidade” (Sl 25.8 e 10). A oração é um espaço onde caminhos são mostrados, pecados são assumidos e pecadores são transformados. Crer num Deus cujos caminhos são amor e fidelidade me encoraja a ter conversas francas, a perseverar no caminho e ter a esperança renovada.

Sigamos descobrindo e desfrutando mais das orações.

37ª semana de 2013

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“O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas lança amanhã, em São Paulo, um relatório sumário sobre os efeitos do aquecimento global no país. Resultado de seis anos de trabalho de 345 pesquisadores, que avaliaram tudo que já se publicou de estudos sobre o tema, suas conclusões não são nada boas. O semiárido nordestino já padece com a pior seca em muitas décadas. Imagine agora se a temperatura média na região se elevar de 3,5°C a 4,5°C, até o ano 2100, e as chuvas diminuírem de 40% a 50%. A transposição do rio São Francisco não vai dar nem para o cheiro, na hora de aplacar a penúria dos pequenos agricultores da caatinga. Para a Amazônia as previsões do PBMC são quantitativamente mais graves: o aumento de temperatura projetado ficará entre 5°C e 6°C; as chuvas terão queda de 40% a 45%.”

Marcelo Leite, Folha de S.Paulo – 08/09/2013

 

“Entre a maternidade e o túmulo, nossas mentes talvez passem mais tempo passeando por esses mundos do que pelo mundo real. (…) Crianças pequenas têm verdadeira compulsão por improvisar histórias. ‘Não precisamos subornar crianças para que inventem histórias como temos de fazer para que comam brócolis’, diz o norte-americano professor de literatura do Washington and Jefferson College, na Pensilvânia, Jonathan Gottschall. ‘Elas brincam de faz de conta quando não têm o que comer. Brincaram de faz de conta em Auschwitz’.”

Reinaldo José Lopes, Folha de S.Paulo – 08/09/2013

 

“No espanto, não há diferença entre o filósofo e o poeta, já que ambos são tomados, inesperadamente, da constatação de que não há explicação para o que acabam de perceber. A diferença, então, estaria depois da constatação, que é diferente no filósofo e no poeta. Salvo, melhor juízo, acho que o filósofo tem necessidade de explicar o fato que o espantou, e o poeta não; o poeta quer apenas dizer que se espantou, que aquilo não tem mesmo explicação; o que ele deseja, em suma, é registrar o inexplicável, afirmar o insondável mistério da existência.”

Ferreira Gullar, Folha de S.Paulo – 08/09/2013

 

“Nos últimos anos, a internet se consolidou como a principal fonte de notícias trágicas. Se má notícia corre rápido, não poderia ter escolhido melhor caminho.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 09/09/2013

 

“O mundo, às vezes, pode parecer um lugar assustador. Um lugar onde não conseguimos ver espaço para nossa vida. A alma, então, fica ofegante, sem ar, buscando um lugar onde o horror não seja a regra.”

Luiz Felipe Pondé, Folha de S.Paulo – 09/09/2013

 

“As religiões são incoerentes, mas Dawkins também é incoerente por não ter uma prova definitiva da inexistência de Deus. (…) Os novos ateus acham que a ciência atual é suficiente para explicar o mundo, mas isso não é possível.”

Peter Steinberger, Época – 09/09/2013

 

“Cada vez mais, a vontade dos homens está submetida às suas produções – criamos as soluções que nos aprisionam; as coisas mandam nos desejos. Num primeiro momento, isso nos dá o pavor do descontrole racional sobre o mundo, ou melhor, da “ilusão de controle” que tínhamos: ‘Ah… que horror… o humano está se extinguindo, a grande narrativa, o sentido geral…’. Mas, pergunta-se: que ‘humano’ é esse que só no séc. 20 gerou duas guerras mundiais, Hitler, Mussolini, Hiroshima e Nagasaki, Vietnã, China, Pol Pot, África faminta. Que ‘humano’ é esse que os racionalistas teimosos cismam em idealizar? Está se formando uma nova vida social, sem finalidade, sem esperança ideológica, mas que poderá ser muito interessante em sua estranheza.”

Arnaldo Jabor, O Estado de S.Paulo – 10/09/2013

 

“E o Brasil precisa aumentar rápido sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%).”

Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo – 10/09/2013

 

“Sentir ciúme é muito doloroso. Desejar o amor exclusivo de alguém e constatar que isso não é possível provoca uma intensa dor. Muitos adultos experimentam no presente esse sentimento e todos já o experimentaram algum dia, mesmo que não se lembrem mais das emoções que esse sentimento mobiliza. Mas, quando é a criança que manifesta ciúme, poucos adultos se sensibilizam e acolhem o sofrimento dela.”

Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 10/09/2013

 

“O que procuramos na rua?! Os meios de comunicação – jornais, revistas, rádios e televisão -, há mais de um mês, procuram uma resposta. Aqui, vou sugerir uma possível. Eu diria que nos esgueiramos para fora das quatro paredes, onde estamos enclausurados pelas tecnologias modernas, para reencontrar nas ruas, em carne e osso, o ‘outro’.”

Anna Veronica Mautner, Folha de S.Paulo – 10/09/2013

 

“Uma década após o fim da guerra, a qualidade da educação ainda é ruim e muitas das nossas escolas estão em condições precárias. Sabemos como corrigir a educação. Mas, após dez anos, o tempo de falar passou. Não podemos continuar a realizar conferências sobre o estado da educação. É hora de sujar as mãos.”

Leymah Gbowee, 41, ativista liberiana, Carta Capital – 11/09/2013

 

“Sempre se disse que a igreja não é uma democracia. Mas seria bom que houvesse um espírito mais democrático, no sentido de ouvir atentamente.”

Pietro Parolin, 58, arcebispo italiano, secretário de Estado do Vaticano, Folha de S.Paulo – 12/09/2013

 

“Ler mais não significa entender o que se está lendo, conforme provam os relinchos e dejetos nas caixas de comentários.”

Michel Laub, Folha de S.Paulo – 13/09/2013

 

“Assim como o Brasil, a Turquia viveu uma transformação muito grande nas últimas décadas. Somos, Brasil e Turquia, considerados “mercados emergentes”. Fico irritado com o rótulo. Prefiro falar em ‘humanidades emergentes’. Não é só o mercado que ’emerge’. Com a consolidação de uma classe média e o fortalecimento da economia de um país, suas artes e literatura também se desenvolvem. As manifestações recentes nas ruas do Brasil e da Turquia têm relação com esses novos humanismos.”

Orhan Pamuk, Folha de S.Paulo – 14/09/2013

 

“O mundo de hoje é comandado pelo masculino: visão de curto prazo, poder pelo poder, mania de resolver agora o problema sem olhar para a raiz.”

Marise Barroso, presidente da Amanco, Época Negócios – setembro de 2013

35ª semana de 2013

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“Segundo Pesquisa Nacional de Saúde Escolar – IBGE 2013: 28,7% dos alunos brasileiros do 9º ano dizem já ter perdido a virgindade; 75,3% deles afirmam ter usado camisinha na última relação.”

Nova Escola – agosto de 2013

 

“Sempre que tentamos regular uma multiplicidade de casos complexos por meio de uma regra linear, produzimos paradoxos e injustiças.”

Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo – 25/08/2013

 

“Acho que todo mundo poderia considerar uma mudança nas suas escolhas alimentares e, se tiverem alguma sobra de dinheiro, considerar sua responsabilidade perante os pobres do globo. Não é uma questão de tudo ou nada, ou você se torna um vegetariano ou não faz nada. Várias pessoas nos Estados Unidos, por exemplo, estão dizendo: “Bem, eu como carne todos os dias…”. Existe uma prática chamada Segunda-Feira Sem Carne. Outros escolhem dois ou três dias por semana em que não comem carne. Penso que seja algo fácil de fazer, uma coisa saudável, e obviamente faz diferença, pelo menos do ponto de vista de reduzir a pecuária industrial e a emissão de gases do efeito estufa.”

Peter Singer, Folha de S.Paulo – 25/08/2013

 

“Ser criança é um fato biológico, mas o modo como ela vive essa etapa da vida, que vai até a adolescência, depende de múltiplos e complexos fatores, entre eles o modo social de pensar a criança. […] Temos deixado a criança cada vez mais tempo na escola. As três ou quatro horas iniciais se transformaram, progressivamente, em cinco, seis, oito, dez e até 12 horas de permanência no espaço escolar! Se considerarmos que ir para a escola é o trabalho da criança, elas têm trabalhado demais, à semelhança de seus pais, os adultos. […] Crianças têm se alimentado como adultos que se alimentam mal. E, como estes, têm enfrentado doenças por causa disso.”

Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 27/08/2013

 

“O médico não quer olhar na cara e muito menos explicar a doença, o político não quer parar de roubar nem trabalhar às sextas-feiras, o jornalista não colhe notícia boa. Está lançado o movimento ‘Alguém para se inspirar’.”

Jairo Marques, Folha de S.Paulo – 28/08/2013

 

“A Alemanha criou o gênero ‘indefinido’ para os pais que não querem ‘impor a identidade sexual’ aos seus filhos na certidão de nascimento.”

Veja – 28/08/2013

 

“Pesquisa do Ministério da Saúde feita em todas as capitais e em Brasília revela que 51% dos brasileiros têm sobrepeso. Em 2006, eram 43%. A obesidade aumentou de 11% para 17% no período. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que hora de se adotar hábitos saudáveis.”

O Estado de S.Paulo – 28/08/2013

 

“Quando o ‘self’ é só uma imagem, inevitavelmente, ele é feito de bugiganga, quinquilharia, objetos de consumo.”

Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo – 29/08/2013

 

“O que faz com que esses jovens tenham perdido o desejo de investir em si mesmos? Sua pobreza de esperanças não nos deve restringir à falta de oportunidade material como causa única, ainda que esta seja muito relevante. Talvez nossa sociedade esteja sendo acometida de um adoecimento ainda mais grave, que se caracteriza pela ausência da capacidade de acreditar “em”, da capacidade de desejar. Claude Le Guen, em seu “Édipo Originário”, diz que é impossível amar a si mesmo sem antes ter amado ao outro. Talvez seja também impossível investir em si mesmo sem antes ter investido no outro. Isso pode ocorrer quando somos privados do investimento do outro, sejam eles cuidadores próximos, pais, avós, professores e amigos, mas também cuidadores distantes, associados às instituições civis ou religiosas. Sem a inscrição de seus ideais identificatórios em nós não há como elaborarmos uma promessa de existência significativa, digna de auto-investimento relevante.”

Marina Silva, Folha de S.Paulo – 30/08/2013

 

“A criatividade deriva da falta de opções ou o descontentamento com as existentes. A criatividade desorganiza o mundo, pois cria novos caminhos, o que provoca uma subversão da estabilidade anterior. Esse é o motivo pelo qual os criativos são às vezes incompreendidos, criticados e até perseguidos. Eles subvertem, portanto incomodam. Mas, se por uma lado a criatividade incomoda, por outro é ela que provoca mudanças.”

Eugenio Mussak, Vida Simples – agosto de 2013

 

34ª semana de 2013

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“Apesar da culpa que as mães costumam sentir por se afastar dos filhos para trabalhar fora, as crianças de hoje recebem muito mais atenção dos pais do que nas décadas de 60 e 70. É o que revela a American Time Use Survey, pesquisa do departamento de estatísticas do trabalho do governo americano. A explicação é que, naquela época, as donas de casa monitoravam menos as crianças para se dedicar aos afazeres domésticos e à vida social.”

VocêS/A – agosto 2013

 

“Segundo Pesquisa TIC KIDS Brasil 2012, ‘Quem aconselha os estudantes sobre segurança na internet?’: 59% parente; 55% professor; 33% televisão, rádio, jornais e revistas; 20% igrejas ou grupos de jovens; 16% bibliotecário ou monitor de lan house. Crianças e adolescentes rejeitam o controle dos adultos quanto ao uso da rede, mas querem orientação. ‘Ao mesmo tempo que não aceitam interferências, eles demandam intermediações sobre o uso seguro’, diz Regina de Assis, consultora em Educação e Mídia.”

Nova Escola – agosto de 2013

 

“Líderes que têm como principal característica o comando e controle, em geral, serão menos eficazes do que os catalizadores de colaboração e inovação. Conduzir a diversidade de opiniões será a chave para gerar mais inovação. De fato, o último estudo da IBM com CEOs em todo o mundo revelou que 71% dos executivos consideram o capital humano como a principal fonte interna de valor econômico sustentável das empresas. Serão os líderes com esse perfil que transformarão isto em realidade.”

Alessandro Bonorino, O Estado de S.Paulo – 18/08/2013

 

“É possível um mundo melhor? Sim e não. Sim, é possível um mundo melhor a começar por melhores remédios, casas, escolas, hospitais, aviões, democracia (ainda acredito nela, apesar de ficar de bode às vezes). Não, não é possível um mundo melhor porque algumas coisas não mudam, como o caráter humano, suas mentiras e vaidades, sua violência, mesmo que travestida de civilidade, nossas inseguranças, nossa miséria física e mental, nossa hipocrisia. Nossas ambivalências sem cura. […] O mundo melhor parece ser aquele no qual as pessoas podem errar, pedir perdão e ser perdoadas. Um mundo melhor não é um mundo sem violência ou ambivalência, mas um mundo onde existe o perdão.”

Luiz Felipe Pondé, Folha de S.Paulo – 19/08/2013

 

“Continuo cheia. Cheia de tecnologia. Cheia de pessoas que acham que estão inventando a roda. Cheia de empreendedores cujo grande objetivo na vida é ficar rico. Cheia de espertalhões que criam problemas para vender soluções. Farta dos que espalham terror para vender segurança. Estou cada vez mais cheia de fazer cadastros, preencher formulários, alimentar estatísticas. Não suporto marketing invasivo. Não aceito como herança tanto lixo industrial. […] Hoje não quero ser amiga de todo o mundo. Não quero que todo o mundo goste de mim. Não quero ter razão. Não quero ser popular. Não quero ser forçada a gostar de nada nem de ninguém. Hoje não quero conhecer uma nova rede social. Não acho que tudo na vida tenha de se transformar em software ou sistema. Não acredito que tecnologia seja solução para todos os problemas.”

Marion Strecker, Folha de S.Paulo – 19/08/2013

 

“É maravilhoso fazer amigos pela internet. Encontrar antigos conhecidos, colegas de infância. Manter contato com quem não se pode ver sempre. Mas a maldade me assusta. Não tenho uma solução para o problema, mesmo porque sou contra qualquer tipo de restrição. O problema é que as pessoas gostam de maldades. Ler uma notícia fantasiosa sobre alguém famoso, ou mesmo sobre uma pessoa comum, dá uma falsa sensação de intimidade. E, na constelação da internet, o veneno está em expansão.”

Walcyr Carrasco, Época – 19/08/2013

 

“A religião muda as pessoas para o bem e para o mal. Sempre fui fascinado pelo poder que a religião tem de mudar o comportamento das pessoas e da sociedade. Um de meus objetivos em meus livros é analisar o processo da crença: o que leva alguém a acreditar numa religião. No caso da cientologia, não é uma conversão, uma iluminação, como ocorre na maioria das religiões. É uma espécie de lavagem cerebral, uma passagem em que pessoas instruídas, inteligentes e céticas se tornam crentes.”

Lawrence Wright, 66, escritor americano, Época – 19/08/2013

 

“Se a humanidade se comprometesse a consumir a cada ano só os recursos naturais que pudessem ser repostos pelo planeta no mesmo período, em 2013 teríamos de fechar a Terra para balanço hoje, 20 de agosto. Essa é a estimativa da Global Footprint Network, ONG de pesquisa que há dez anos calcula o ‘Dia da Sobrecarga’. Para sustentar o atual padrão médio de consumo da humanidade, a Terra precisaria ter 50% mais recursos. Segundo a ONG WWF-Brasil, que faz o cálculo da pegada ambiental do país, nossa margem de manobra está diminuindo (veja quadro à dir.), e exibe grandes desigualdades regionais. ‘Na cidade de São Paulo, usamos mais de duas vezes e meia a área correspondente a tudo o que consumimos’, diz Maria Cecília Wey de Brito, da WWF. O número é similar ao da China, um dos maiores ‘devedores’ ambientais.”

Rafael Garcia, Folha de S.Paulo – 20/08/2013

 

“A capacidade dos uruguaios em assumir riscos e procurar inventar novas respostas para velhos problemas é louvável. […] Eles optaram por colocar à frente do processo político uma espécie de antilíder [José Mujica], cujo carisma vem exatamente de seu desconforto aberto em relação aos ritos do poder. Alguém que parece a todo momento dizer não se enxergar como um presidente e que se recusa a abandonar sua vida espartana, seu sítio modesto e seus hábitos e roupas comuns. Alguém que tem a liberalidade de deixar o lugar do poder vazio e, por isso, encontra uma força inaudita por meio exatamente da expressão de seu franco desprendimento. Trata-se de uma lição política merecedora de nossa admiração, a saber, a compreensão de que o melhor líder é aquele que sistematicamente recusa-se a se ver como tal.”

Vladimir Safatle, Carta Capital – 21/08/2013

 

“A inveja é uma mistura de idealização, amor e ódio. sonha-se ser o que os outros sonham. […] Nesse mundo, em que a inveja é um regulador social, as aparências são decisivas porque elas comandam a inveja dos outros. Por exemplo, o que conta não é “ser feliz”, mas parecer invejavelmente feliz. Nesse mundo, o ter é mais importante do que o ser apenas porque, à diferença do ser, o ter pode ser mostrado facilmente. É simples mostrar o brilho de roupas e bugiganga aos olhos dos invejosos. Complicado seria lhes mostrar vestígios de vida interior e pedir que nos invejem por isso. O Facebook é o instrumento perfeito para um mundo em que a inveja é um regulador social. Nele, quase todos mentem, mas circula uma verdade de nossa cultura: o valor social de cada um se confunde com a inveja que ele consegue suscitar.”

Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo – 22/08/2013

 

“Se entre dez mandamentos, apenas dez, cobiçar a mulher alheia estava entre eles, com a mesma relevância de “não matarás” e “não furtarás”, porque é um princípio que deve ser seguido à risca. Talvez, um dos pilares da civilização. Deus não queria baderna. Foi sucinto, porque Deus não tinha tempo a perder. E soube como ninguém usar aquilo que criou em primeiro, o verbo.”

Marcelo Rubens Piva, O Estado de S.Paulo – 24/08/2013

 

“O apelo do papa Francisco aos jovens na Jornada carioca – ‘manifestem-se’ – não pode ter resposta universal. Em regimes políticos fechados, manifestar-se não é exatamente uma opção. Além disso, a expectativa das sociedades em torno dos jovens difere muito. Quem conversar com jovens chineses de classe média urbana, por exemplo, vai se dar conta de que o seu espectro de liberdade pessoal é limitado. Eles são alegres, mas frequentemente usam a palavra ‘yali’ (pressão) para qualificar a vida. A sociedade espera que, entre 22 e 28 anos, as pessoas assegurem um emprego estável, casem-se, tenham seu filho único e o deixem sob a responsabilidade dos avós. Esse até pode ser o curso normal da vida em outros lugares. Na China, contudo, a cobrança para segui-lo é determinada. Enquanto a economia crescia a dois dígitos, encontrar trabalho não era problema. Com o crescimento mais baixo, o cenário fica difícil. Em 2011, 17.5 % dos que se formaram ficaram desempregados. O número em 2013 deve ser bem maior. Nesta semana, o premiê Li Keqiang encontrou-se com um grupo de graduandos e lhes sugeriu: criem oportunidades para si mesmos, inovem, abram negócios, tomem riscos. Em outras palavras, sua mensagem foi a seguinte: faremos o possível, mas vocês têm de se mexer.”

Marcos Caramuru de Paiva, Folha de S.Paulo – 24/08/2013

 

“Não vi nada melhorar. Cada vez parece que vai piorando. Muita gente perde a vida. O Brasil não é um país tão atrasado assim, até intelectualmente era para melhorar esse negócio da violência. Saber que a vida do ser humano tem valor.”

Wagner dos Santos, 41, sobrevivente da chacina da Candelária, Folha de S.Paulo – 24/08/2013

23ª semana de 2013

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“Os negócios tradicionais têm o objetivo de maximizar o lucro. São voltados para o ganho individual, para o acúmulo individual da riqueza. Não somos máquinas de fazer dinheiro. Somos mais que isso. Temos outras dimensões. Há uma dimensão que não é voltada para nós mesmos, mas para os outros, para o coletivo – e os negócios tradicionais não atendem essa outra dimensão. O modelo atual do capitalismo não é suficiente para nos satisfazer como seres humanos, porque não contempla todas as nossas dimensões.”

Muhammad Yunus (Prêmio Nobel da Paz/2006), Revista Época, 03/06/2013

 

“A natureza é uma vítima, não uma oprimida. As outras espécies, sim. O homem é predador das outras espécies. A natureza é maior. O alarme está tocando. O aquecimento global é verdadeiro. Mas a natureza vai se refazer. Se a gente compreender sua força, poderemos conviver com ela. Se não, ela expulsará a gente.”

Sebastião Salgado, Revista Época, 03/06/2013

 

“Pelo menos em teoria, criamos os filhos para que eles cresçam, não é? Não criamos nossas crianças para que permaneçam crianças para sempre. O crescimento resulta em assumir a própria vida e, portanto, separar-se dos pais.”

Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 04/06/2013

 

“A escola como o primeiro espaço público de socialização das crianças pode dar as condições para construção de valores e conhecimentos contextualizados que possibilitem a participação exigida pela sociedade contemporânea.”

Maria Alice Setubal, Folha de S.Paulo – 04/06/2013

 

“Céticos ou apenas interessados em não enxergar, os condutores da política e da economia guiam-se uns aos outros e empurram a humanidade para o desastre.”

Marina Silva, Folha de S.Paulo – 07/06/2013

 

“Uma das formas sutis de perseguição religiosa é o tratamento preconceituoso e discriminatório dos praticantes de alguma fé religiosa, como se fossem cidadãos ‘desqualificados’, com menos direitos e credibilidade, cujas convicções não devem ser levadas em consideração, ainda que não sejam sobre questões religiosas. Toleram-se até as convicções religiosas nos espaços da vida privada, mas nega-se a sua contribuição para o convívio social e a cultura. […] A liberdade religiosa e de consciência é um direito humano fundamental, que pode ser assegurado somente quando a postura do Estado é pautada pela verdadeira laicidade, que não é de intolerância nem discriminação, mas de garantia para que todos os cidadãos exerçam, sem impedimento, suas escolhas em relação à religião.”

Dom Odilo P. Scherer, O Estado de S.Paulo – 08/06/2013

 

“O medo é uma ilha, não um oceano. Acho que a gente consegue partir do medo, mas ele não pode ser limitador e paralisar. É um obstáculo para ser ultrapassado. O medo é muito necessário, do contrário a gente vira inconsequente total.” Leandra Leral, Revista Lola – junho de 2013 “Preste atenção nos mais velhos. Só eles podem falar da força de um sorriso, do sabor do desafio ou do silêncio ensurdecedor que tomou conta de determinada reunião. Respeite quem consegue perceber além do óbvio, pois o essencial, muitas vezes, é invisível aos olhos não preparados.” Eugênio Mussak, Revista VocêS/A – junho de 2013

 

“O que afeta a relação leitor-escritor hoje é o pouco tempo que devotamos à leitura. Quando achamos tempo para isso, ler ainda é, eu acredito, um dos maiores prazeres conhecidos do homem.”

Lila Azam Zanganeh, escritora franco-iraniana, Revista Claudia – junho de 2013

22ª semana de 2013

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“O conhecimento do cérebro só engatinha.”

Hélio Schwartsman , “Folha de S.Paulo” – 26/05/2013

 

“John Wheeler extrapolou: ‘Não somos observadores no Universo, somos participadores. Sem consciência, o mundo não existe! O Universo gera a consciência e a consciência dá significado ao Universo’. Essa visão traz o dilema: será que o Universo só faz sentido porque existimos?”

Marcelo Gleiser, “Folha de S.Paulo” – 26/05/2013

 

“O homem com quem se sonha não tem nada a ver com o homem que se ama. […] Para um homem ser amado é preciso que ele tenha um mundo particular – ou vários – só dele, e no qual ela não consiga, jamais, penetrar.”

Danuza Leão, “Folha de S.Paulo” – 26/05/2013

 

“Você esconderia judeus em sua casa durante a França ocupada pelos nazistas? Não, não precisa responder em voz alta. Melhor assim, para não passarmos a vergonha de ouvirmos nossas mentiras quando na realidade a janta, o bom emprego e a normalidade do cotidiano sempre valeram mais do que qualquer vida humana. Passado o terror, todos viramos corajosos e éticos.”

Luiz Felipe Pondé, “Folha de S.Paulo” – 27/05/2013

 

“Em 10 mil anos de história, é a primeira vez que a humanidade tem o poder de cometer suicídio coletivo. Era essa a tese central de Emmanuel Mounier em ‘O Grande Medo do Século 20’. Publicado em 1947, o livro se referia à ameaça de uma catástrofe atômica, angústia constante na fase aguda da Guerra Fria entre EUA e URSS. Passaram-se 66 anos e conseguimos evitar o pior. Na época de Mounier não se sabia que os homens poderiam liquidar o mundo não só com bombas, mas com o aumento desenfreado da produção econômica e do abuso dos combustíveis fósseis. Quinze dias atrás, ultrapassamos o sinal amarelo no rumo da destruição. A atmosfera registrou 400 partículas de dióxido de carbono por um milhão. […] Como explicar tal indiferença diante da morte anunciada que espera o mundo dos homens? O silêncio é inexplicável numa sociedade na qual a ciência substituiu a religião como crença unificadora. Ora, a ciência climática não permite dúvidas: de 12 mil estudos científicos sobre o tema em 20 anos, 98,4% confirmam as previsões!”

Rubens Ricupero, “Folha de S.Paulo” – 27/05/2013

 

“Todos sabem que, assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. É raro encontrar um consumidor ocasional. Existe, sim, usuário iniciante, mas que muito cedo se transforma em dependente crônico. Afinal, a compulsão é a principal característica do adicto. Um cigarro da ‘inofensiva’ maconha preconizada pelos arautos da liberação pode ser o passaporte para uma overdose de cocaína. Não estou falando de teorias, mas da realidade cotidiana e dramática de muitos dependentes. As drogas estão matando a juventude. A dependência química não admite discursos ingênuos ou campanhas ideológicas, mas ações firmes e investimentos na prevenção e recuperação de dependentes.”

Carlos Alberto Di Franco, “O Estado de S.Paulo” – 27/05/2013

 

“Eu adoro a tecnologia e adoro mais ainda as pessoas. […] As pessoas são tratadas como pequenos elementos de uma grande máquina de informação quando, de fato, as pessoas são as únicas fontes e destino da informação, ou de qualquer significado. […] Tenho saudade do futuro.”

Jaron Lanier, “O Estado de S.Paulo” – 27/05/2013

 

“Mudar o mundo não significa necessariamente fazer grandes coisas. Podemos mudar o mundo sendo um bom cidadão, um bom amigo, um bom familiar, um bom pai. Se eu for uma boa profissional e ajudar as pessoas ao meu redor, nisso já estarei mudando o mundo.”

Beatriz Cardoso, 15 anos – “Revista Época” – 27/05/2013

 

“Melhorar a qualidade da educação é o maior desafio do país. Apesar dos avanços, é preciso diminuir as taxas de distorção idade-série (alunos que não sabem o que deveriam saber naquela etapa do ensino) e fazer com que a qualidade chegue a todos, independentemente da situação socioeconômica. O esforço a fazer é imenso.”

Camila Guimarães, “Revista Época” – 27/05/2013

 

“Ser gay não é orgulho nem vergonha, não é ideologia nem espetáculo, não é chique nem brega. Não é revanche. Não é moderno. Não é moda. É apenas humano. A luta contra o preconceito precisa ser urgentemente tirada das mãos dos mercadores da bondade.”

Guilherme Fiuza, “Revista Época” – 27/05/2013

 

“ ‘Muitos são falsos arrependidos, pois toda escolha inclui uma perda. Perde-se de uma lado, mas ganha-se de outro. Lamenta-se a perda sem considerar o ganho que, inclusive, pode não ser imediato nem aparente, mas que depois revela-se muito maior’, diz a psicóloga paulista Ineide Soares, especialista em terapia familiar e bioenergética. E, se o que perdemos for melhor do que o que ganhamos, isso também faz parte do jogo. Tudo bem, de vez em quando acontece, é normal. ‘O problema é que tem gente que odeia perder. Importa-se muito com que o outro tem e conseguiu, mesmo que não seja de seu interesse pessoal real, diz Ineide. Também há os que desejam tudo para si, sem querer abrir mão de nada. ‘Querem ganhar sempre e não se arrepender nunca de nenhuma decisão. Ora, isso é pouco humano, uma fantasia infantil de onipotência.”

Liane Alves, “Revista Vida Simples” – maio de 2013

 

“Quase 70 anos depois da Segunda Guerra Mundial, ainda se publicam diários sobre o Holocausto. Qual o sentido de tantas e tão detalhadas narrativas? Será que já não sabemos o suficiente? […] É preciso transformar o vivido em narrativa; recordar para, minimamente, esquecer. Já quem não o viveu precisa encontrar, nas narrativas, aquilo que foi vivido. E, ao imaginá-lo, se lembrar e se dar conta de que o horror não está só no passado.”

Noemi Jaffe, “Revista Bravo” – maio de 2013

18ª semana de 2013

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“Sou alegre. Felicidade é passageira. Alegria é alegria de Deus. A Bíblia fala mais em alegria do que em felicidade.”

Heloisa Périssé, “Folha de S.Paulo” – 28/04/2013

 

“A malandragem avança sob a égide de lições não tão cívicas. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Aos amigos, pão; aos adversários, pau. Nossa balança tem dois pesos e duas medidas. E a lei? Ah, é pra inglês ver.”

Gaudêncio Torquato, “O Estado de S.Paulo” – 28/04/2013

 

“O Brasil é o país em que mais se consome crack no mundo. Ele ocupa o segundo posto em relação à cocaína. Como avaliar o impacto de drogas no controle dos impulsos em jovens que talvez ainda nem tenham domínio sobre suas ações?

Longe de defender um jovem que detona bombas numa maratona ou de outro que mata a sangue-frio, acho pouco provável que alterar a maioridade penal dê conta dessa questão. Certamente, educação, atenção, perspectiva e projeto de vida teriam efeitos mais amplos e significativos.”

Jairo Bouer, “Revista Época” – 29/04/2013

 

“O contrário do provisório seria o permanente. O problema é que a permanência não passa de uma ilusão. ‘A única coisa permanente na vida é a mudança’, disse Heráclito. Tinha razão, o grego, pois a velocidade com que os elos que formam a corrente de nossa vida se sucedem é desesperadora. Até o que parece não mudar se transforma, o que significa melhorar, piorar ou simplesmente mudar.”

Eugenio Mussak, “Revista Vida Simples” – abril de 2013

 

“Alguns estudos já relacionaram o hábito de manter refeições regulares com toda a família reunida em volta da mesa a menores índices de gravidez na adolescência, dependência de drogas e obesidade. Um artigo publicado na Journal of Marriage and Family esclarece essa associação: comer juntos reflete outros aspectos do ambiente familiar, como maiores recursos econômicos, vínculos emocionais mais estreitos ou até mesmo pais mais autoritários. Segundo os autores, os cientistas sociais Kelly Musick e Ann Meier, relações familiares mais saudáveis compreendem principalmente o diálogo entre pasi e filhos, o que pode ser exercitado em várias oportunidades, como o trajeto de carro da casa à escola, por exemplo. Um estudo de 2010 da Universidade Colúmbia apontou, inclusive, que é dentro do carro que os adolescentes são mais propensos a conversar com os pais sobre assuntos que consideram importantes.”

“Revista MenteCérebro” – abril de 2013

 

“Para as mulheres brasileiras, diferentemente das de outras culturas, o trabalho tem que vir junto com uma vida familiar feliz, com tempo e pelo menos um filho. É como se elas tivessem três grandes áreas a dominar para ser felizes e bem-sucedidas: o trabalho, a família e a aparência.”

Mirian Goldenberg, “Revista Você SA” – abril de 2013

 

“Apesar das gravíssimas ameaças conhecidas, os investimentos em energias ‘limpas’ no primeiro trimestre deste ano ficaram 22% abaixo dos que foram feitos em igual período do ano passado. Em 2012 o investimento global em renováveis já cairá 11%, para US$ 269 bilhões. E, segundo a ONU, é preciso investir anualmente pelo menos US$700 bilhões para atender à população de 8 bilhões de pessoas em 2030.”

Washigton Novaes, “O Estado de S.Paulo” – 03/05/2013

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