Posts tagged sociedade

36ª semana de 2012

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“Walmor Chagas pode ter desistido de Deus, mas o teatro virou sua religião? ‘Pode-se dizer que sim. Ele sempre foi necessário em minha vida. Tive alguns momentos em que juntei as mãos para rezar a Deus. Mas achei que era cinismo, se não acreditava nele. Tento não fazer mal a ninguém. Por isso vivo meio recluso. Não aguento a hipocrisia nem a competição em que o mundo se transformou’.”
O Estado de S.Paulo, 02/09/2012

“A maioria dos livros de autoajuda é escrita por americanos sentimentais e moralistas, que prometem a seus leitores a vida eterna e riquezas incontáveis.”
Alain de Botton – Revista Época – 03/09/2012

“A liberdade de expressão deve ter limites éticos, ligados aos valores tradicionais e morais da sociedade. A sociedade ocidental tem sofrido muito por ter removido quase totalmente os limites morais. Ninguém deve ter liberdade para violar uma igreja e associar o nome de Deus a palavras de baixo calão e blasfêmias.”
Vsevolod Chaplin – Revista Época – 03/09/2012

“A verdade, para utilizar um mantra da física, é que só conhecemos aquilo que podemos medir. Sem as amarras da realidade mensurável, a ciência é indistinguível da teologia e do delírio.”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 03/09/2012

“O marketing social vende mentiras como verdades porque serve a agendas ideológicas de quem as produz. As outras pessoas apenas as repetem para aliviar seus fracassos pessoais ou para vender uma boa imagem social de si mesmas. Como sempre, a mentira rege o mundo. Não somos mais pecadores, mas continuamos mentirosos. Eliminou-se da agenda moral a consciência do mal como parte de nós mesmos, ficou apenas o hábito contumaz da mentira.”
Luiz Felipe Pondé – Folha de S.Paulo, 03/09/2012

“A universidade pública não pode mais fazer o que quiser e mandar a conta para a sociedade. É preciso conhecer o que essas instituições estão produzindo.”
Elizabeth Balbachevsky – Folha de S.Paulo, 03/09/2012

35ª semana de 2012

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“Minha ficha caiu há alguns anos, na época de videocassete. Quando o meu quebrou, enviei a um técnico para consertar. Custou 25% do valor de um zero. Alguns meses depois, voltou a quebrar. Mais 25%. Na terceira vez, joguei o aparelho fora e comprei um novo. Não compensava continuar arrumando. Desde então, percebi que as coisas não são feitas para durar. Tudo fica tão defasado tão rapidamente que até assusto. Meu celular tem dois anos e é velho. Já surgiram dois novos modelos, com uma infinidade de recursos que eu não saberia usar. Com exceção de crianças e adolescentes, antenadíssimos, a maior parte das pessoas também não tem ideia de como usar todo o aparato tecnológico. Mas trocam de celular. Ou tablete. Sentem-se antiquados sem o novo modelo.”
Walcyr Carrasco – Revista Época – 27/08/2012

“Ser adulto é saber que o mundo não é um lugar ‘bom’. Começando por você e eu.”
Luiz Felipe Pondé – Folha de S.Paulo, 27/08/2012

“Costumo afirmar que gastar demais é tão perigoso quanto poupar demais, e isso tem tudo a ver com a construção de um futuro saudável para a economia pessoal e da sociedade. É por isso que a educação financeira não pode se limitar a planilhas, a cálculos e a simulações de investimentos, como muitas das primeiras experiências nesse campo têm sido praticadas nas escolas. Tenho visto métodos eficientes em transformar gastadores compulsivos em poupadores compulsivos. Infelizmente, um grave erro. A essência da educação financeira deve ser a busca do equilíbrio, e por isso também deveria ser parte dos esforços de sustentabilidade nas escolas e nos debates. Finanças deveria ser tema de aulas de ciências, filosofia e estudos da sociedade, objetivando educar os jovens para que tenham escolhas mais inteligentes e duradouras.”
Gustavo Cerbasi – Folha de S.Paulo, 27/08/2012

“A função do médico é preservar a vida do paciente, de modo que qualquer conduta que vá contra esse princípio é condenável. Essa é uma ideia simples, cativante e errada. O mundo é um lugar bem mais complexo e nuançado do que sugerem nossos esquemas mentais.”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 31/08/2012

“Eu já tive tantas crises na minha vida… tive uma bem grande quando tinha 21 anos. Para mim, envelhecer significa ter mais os pés no chão e ficar mais conectada com Deus, com meus amigos e comigo mesma. Hoje, tenho menos medo de intimidade, me sinto mais forte e mais bonita. Tenho de ser sincera: eu amo envelhecer.”
Alanis Morissete, 38, cantora – Revista Billboard – agosto de 2012

30ª semana de 2012

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“Quem acredita que improviso é importante é músico de jazz. Executivo que improvisa o tempo todo vai ter problema. O Meu perfil é o seguinte: sou uma pessoa que trabalha em time sem abdicar da liderança. Em outras palavras: eu delego atividades, mas não delego a responsabilidade de liderar a empresa. Eu acho que ninguém constrói nada sem uma grande equipe, mas não abro mão de que essa equipe precisa ter uma direção e uma liderança adequada. Agora, eu não consigo trabalhar num ambiente que não seja alegre, light, num ambiente onde a cobrança existe, mas o ambiente não precisa ser mal humorado.”
José Luiz Rossi, da C. Braxis Capgemini, – O Estado de S.Paulo, 22/07/2012

“Igreja que mais cresce no Brasil e com a maior representação na bancada evangélica do Congresso Nacional, a Assembleia de Deus prepara a sua ofensiva para as eleições municipais. A expectativa da liderança deste grupo do movimento pentecostal é ter um vereador em cada uma das 5.565 cidades brasileiras. Para alcançar o resultado, a igreja aposta em números revelados no recém-divulgado Censo 2010. Dos 42 milhões evangélicos identificados pela pesquisa, 12 milhões são fiéis da Assembleia de Deus, que registrou um aumento de 4 milhões de pessoas em relação ao levantamento anterior do IBGE, de 2000. […] ‘Temos igrejas em 95% dos municípios e isso favorece a divulgação dos candidatos. Nosso projeto é ter um vereador em cada cidade do país’, revela o pastor Lélis Washington Marinhos, presidente do conselho político nacional da Convenção Geral das Igrejas Assembleia de Deus no Brasil (CGIADB).”
Denise Menchen – Folha de S.Paulo, 22/07/2012

“Uma paixão é a melhor coisa do mundo -para quem a está vivendo. Mas para as testemunhas desse sentimento inigualável, tema de inspiração dos poetas, o assunto é discutível. Por mais que se torça para que as pessoas de quem gostamos se apaixonem e sejam muito felizes, quando isso acontece, a tendência é guardar uma certa distância; com o tempo, essa distância vai ficando cada vez maior, pois quem está apaixonado se transforma em outra pessoa, e tão diferente que ninguém reconhece mais. […] As coisas acontecem naturalmente: os amigos se afastam, eles se afastam dos amigos e se tornam pessoas sem passado -e uma pessoa sem passado não é ninguém; aliás, não é nada. Ninguém pode abrir mão do seu, e olha que cada um de nós tem pelo menos uma coisa -ou várias- que preferia que não tivesse acontecido ou que pelo menos ninguém jamais soubesse. […] Ah, a paixão. É muito boa enquanto dura, mas impede que se viva qualquer outra coisa, a não ser ela mesma. Um dia -que me perdoem os que estão apaixonados- cansa. Cansa, não: exaure.”
Danuza Leão – Folha de S.Paulo, 22/07/2012

“Juventude batalhadora sabe que não se levanta um país na base do quebra-galho e do jogo de cintura. O futuro depende de esforços pessoais que se somam e começam a mudar pequenas coisas. É preciso fazer o que é correto, e não o que pega bem. Mudar os rumos exige, acima de tudo, a coragem de assumir mudanças pessoais. nova tendência tem raízes profundas. Os filhos da permissividade e do jeitinho sentem intensa necessidade de consistência profissional e de âncoras éticas. O Brasil do corporativismo, da impunidade do dinheiro e da força do sobrenome vai, aos poucos, abrindo espaço para a cultura do trabalho, da competência e do talento. O auê vai sendo substituído pela transpiração.”
Carlos Alberto Di Franco – O Estado de S.Paulo, 23/07/2012

“A comparação talvez soe esdrúxula, mas não é tão absurda assim: a Marcha para Jesus e a Parada Gay têm em comum a pretensão de afirmar a legitimidade e o poder de uma forma de vida (ou de culto) até então tida como minoritária. São manifestações politicamente equivalentes. A multidão é um sujeito político muito recente, que só entrou em cena a partir do crescimento das cidades e da ordem democrática. Multidões tomam as ruas para mostrar força e, graças a Deus, são diversas. Um dia são ecológicas. No outro, andam de bicicleta. Numa noite, é corintiana. Noutra noite, é Carnaval. Multidões também festejam o esquecimento e a antipolítica, como quando vão ouvir pagode e comprar rifa nos megashows de Primeiro de Maio – o mais despolitizado de todos os comícios.”
Eugênio Bucci – Revista Época – 23/07/2012

“Os dependentes em tecnologia têm sempre mil desculpas para defender o vício. Falo por experiência. Quando a gente fica cansado de olhares de censura, usa aparelho escondido ou procura outros dependentes para conviver sem repressão. Os profissionais vão dizer que precisam ficar noite e dia disponíveis. Hoje em dia, pega bem se intitular workaholic (viciado em trabalho) ou contar como vive com tão poucas horas de sono e tantas doses de café. Será que alguém fica mais inteligente ou criativo assim? Duvido. Cafeína é sabidamente um alcaloide que causa dependência. Quem precisa tomar café para raciocinar está apenas provando sua dependência. […] A grande maioria dos dependentes elogia todos os benefícios da vida on-line: fazer muitas coisas ao mesmo tempo, reduzir distâncias, ter acesso a mais informações, descobrir coisas novas, fazer mais contatos, expor-se para o mundo. […] Checar e rechecar a cada minuto e-mails, notícias e redes sociais pode ser algo angustiante e improdutivo. Vejo milhares de pessoas on-line, mas pouquíssimas pessoalmente. Tenho acesso à informação de toda a internet mundial, mas frequentemente não sei nem por onde começar, de tanta bobagem que me rouba o tempo. Posso me expressar livremente, mas sou obrigada a me deparar com comentários preconceituosos, mal informados e mal escritos de pessoas que nem conheço. O lado B da internet é imenso. Mas qual é a linha que separa o uso produtivo, divertido, enriquecedor da pura dependência, improdutiva, que traz sofrimento? O problema em ficar distraído ou simplesmente entretido na internet é a perda de tempo e a dificuldade de se aprofundar. O problema das mensagens curtas e rápidas é que nos consomem um tempo enorme e raramente são profundas. O problema do excesso de informação é nossa dificuldade em selecionar, processar e reter o que importa. Quem se preocupa com o futuro dos adolescentes hiperconectados de hoje teme a hipótese de que eles possam deixar de desenvolver capacidade de pensar com profundidade e possam perder o traquejo social na vida real, além de ficarem dependentes das funcionalidades de seus eletrônicos.”
Marion Strecker – Folha de S.Paulo, 26/07/2012

“Na madrugada do dia 20, em Aurora, Colorado, um tal James Holmes, 24, vestido à la Bane e armado de rifle, espingarda e duas pistolas, atirou na plateia que assistia à pré-estreia do filme. Ele matou 12 pessoas e feriu dezenas. Por sorte, a arma mais letal, o rifle, travou no meio da matança. […] James Holmes estava disfarçado de Bane e com os cabelos do Curinga. A moral dessa história é que os ‘ruins’ se vestem de Bane ou de Curinga: eles querem se destacar, mostrar ao mundo que eles são únicos e confirmar seu ‘glamour’ graças ao nosso olhar – admirativo ou apavorado, pouco importa, contanto que fiquemos vidrados neles.”
Contardo Calligaris – Folha de S.Paulo, 26/07/2012

“Acho que estamos condenados a vagar numa espécie de limbo, sem nunca entender por que esse é o nosso destino. Eu sempre tive a sensação de que, como seres humanos, estamos presos em nosso próprio pesadelo. A realidade é opressiva e desgastante, e estamos constantemente à procura de um meio de fuga, seja um livro, um evento esportivo ou um filme. Tendemos a querer estar em outro lugar. Para a maioria dos meus fãs, eu levo uma vida muito boa. É um engano que eu quero manter por tanto tempo quanto possível.”
Wood Allen, Revista Alfa – julho de 2012

27ª semana de 2012

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“Hoje, na maior parte dos casos, em particular nas sociedades mais abastadas, os homens parecem mais escravos das coisas do que seus beneficiários. O caráter contraditório do crédito não é estranho a essa sociedade na qual, a depender do ângulo em que se olha, tudo parece de cabeça para baixo.”
Leda Maria Paulani – O Estado de S.Paulo, 01/07/2012

“A segurança não deveria ser ‘o mais importante’ – não em detrimento da liberdade, da aventura e do desconhecido. Não é porque existem cada vez mais ferramentas para controlar as pessoas que as autoridades devam usá-las. Não é porque acidentes acontecem que a vida deva ser vivida como se eles fossem sempre iminentes. […] Estamos criando conformistas mimados, inclinados a verem perigo por todos os lados. Recentemente, me chamaram para uma palestra em uma escola. Eu disse: ‘Deixem seus desejos respirarem. Observem com paciência. Ouçam através dos silêncios. Olhem além da próxima esquina. Confiem no alvoroço da intuição. Escutem o murmúrio do universo. Liberem a sua imaginação. Sigam a bússola do seu coração, esse grande demolidor da sabedoria convencional, rumo ao desconhecido’.”
Roger Cohen – Folha de S.Paulo, 02/07/2012

“No Reino Unido, um levantamento com base em 5.000 petições de divórcio, feito por uma empresa, constatou que a palavra ‘Facebook’ aparecia em 33% dos processos movidos em 2011 por “conduta inapropriada” do parceiro. Para Fonseca, a internet inflacionou o número de traições e diversificou as modalidades: ‘Adultério antigamente dava o maior trabalho. Era só o telefone fixo no meio da sala de casa. Hoje tem celular e gente conversando com o amante no chat enquanto o parceiro oficial está bem ao lado’.”
Juliana Cunha – Folha de S.Paulo, 03/07/2012

“O aumento dos rompimentos, no entanto, não pode ser atribuído apenas às facilidades legais. ‘Muitos fatores demográficos contribuem para que haja mais divórcio: o aumento da renda feminina e da escolaridade, a queda no número de filhos’, diz José Eustaquio Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE. Em dez anos, a taxa de divórcios no Brasil quase dobrou, de 1,7% a 3,1%. ‘Parece pouco, mas em demografia é uma taxa muito expressiva, indica transição no perfil da população’, diz Alves.”
Folha de S.Paulo, 03/07/2012

“Busco coisas em que as pessoas se equivalem. Situações nas quais todo mundo se encontra. A risada é uma delas. Assim como o sexo, a morte e o amor. Uma pessoa apaixonada é sempre uma pessoa apaixonada. Com 12 anos ou 95, na favela, no convés de um iate. E o riso também. A graça da arte se dá nesses temas que diminuem as diferenças.”
Marisa Orth, atriz – O Estado de S.Paulo, 03/07/2012

“Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação óbvia de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós mesmos. Se ponho um link para um filme do Woody Allen, se cito uma frase de Nietzsche; mesmo quando posto uma foto de um churrasco, não estou eu, também, editando-me? Tentando pegar esse aglomerado de defeitos, qualidades, ansiedades, desejos e frustrações e emoldurá-lo de modo a valorizar o quadro -engraçado, profundo, hedonista?”
Antonio Prata – Folha de S.Paulo, 04/07/2012

“O que diferencia o empreendedor dos outros é a atitude diante da vida. Pense num compositor de música. As palavras estão à disposição de todo mundo, mas Chico Buarque faz poesia com elas. Os sons também estão disponíveis, mas tem gente que os transforma em música. As pessoas, os espaços, as tecnologias estão ao alcance de todos, mas só alguns conseguem ver oportunidades de negócios. Esses são os empreendedores.”
William Ling – O Estado de S.Paulo, 05/07/2012

“A lógica econômica tem prevalecido sobre a dinâmica puramente religiosa. A teologia da prosperidade tem atendido melhor as expectativas de consumo e os interesses egoísticos das diferentes camadas sociais. Como disse o sociólogo Flávio Pierucci em artigo póstumo, a sociedade não precisa mais de um Deus transcendente quando os indivíduos pagam pelos serviços prestados em nome dele e transformam os bens tangíveis em ideal divino. Atualmente, o que se considera sagrado é o consumo. O crescimento das correntes evangélicas pentecostais no país tem sido compatível com o fato de que o sagrado está cada vez mais comercializado e dessacralizado. É o Brasil cada vez mais desencantado.”
José Eustáquio Diniz Alves – Folha de S.Paulo, 06/07/2012

26ª semana de 2012

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“Mais gente está se tornando mais narcisista, ou está se apresentando para o mundo como se só se importasse consigo própria. Mais gente está ficando obcecada e compelida a checar constantemente o telefone. E há uma pesquisa que mostra que mais pessoas estão ficando deprimidas quando não têm coisas maravilhosas para mostrar aos outros no Facebook.”
Larry Rosen, psicólogo – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Nessa idade ninguém vai mudar radicalmente o modo de ver as coisas, que é uma decantação de tudo que foi vivido. […] Acredito no poder da oração. Mas as instituições religiosas, e incluo todas as ordens, estão preocupadas com política e poder. Já os evangélicos cresceram enormemente como utilitarismo sistêmico produtivista, industrialista. Hoje já é uma religião para lá da religião.”
Gilberto Gil, 70, cantor – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Cartões e cheques especiais são vias rápidas para o superendividamento. […] O anzol do crédito terá, em sua ponta, a minhoca do acesso mais fácil a bens e serviços. Mas continuará sendo uma pescaria indevida, de consumidores incautos, ávidos por mais conforto e lazer.
Maria Inês Dolci – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Não há uma definição do amor romântico que agrade a todos. Para os pragmáticos, o amor é algo que inventamos para satisfazer uma necessidade. Para os céticos, é uma surpresa! Para quem sempre escolhe a pessoa errada, amar é sofrer. Para os obcecados, significa estreitar seu foco sobre um único objeto de desejo. Para as pessoas de pensamento estratégico, amar significa priorizar o bem-estar do(da) amado(a), porque a felicidade dele(a) aumenta a sua própria.”
Michael Keep – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“‘Política é a arte de engolir sapos.’ A frase pode ser alterada, trocando-se a palavra ‘arte’ por outra: ‘necessidade’. E não se aplica apenas aos profissionais que se dedicam e, em alguns casos, se beneficiam com a obrigação de comer batráquios, mas àqueles que torcem e chegam a se entusiasmar com os artistas ou com os necessitados de se alimentar com um produto que ainda não faz parte da cesta básica.”
Carlos Heitor Cony – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“As férias, para crianças e jovens, poderiam ser um tempo de descobertas e solidificação de aprendizagens se nesse tempo eles não fossem levados a ter novos compromissos, mesmo que sejam compromissos com o lazer.”
Rosely Sayão – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Cerca de 58% dos profissionais graduados em engenharia trabalham em empresas de grande porte, segundo amostra de 105 mil currículos cadastrados no site de carreira vagas.com.br. Outros 24% estão em empresas de médio porte e 13%, em companhias pequenas.”
Maria Cristina Frias – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Esse mundo imensamente midiático, em que se oferece a ilusão da liberdade radical de se autoinventar, é falso.”
Jonathan Franzen – O Estado de S.Paulo, 30/06/2012

“A escolha entre o nada e a coisa nenhuma é bem disfarçada no poder de ostentar que promete redimir do buraco subjetivo. Não tendo mais o que expressar, alguém simplesmente ‘ostenta’ um relógio caro, um computador moderninho, um carrão oneroso. Ou um piercing, um músculo forte. Tudo e cada coisa é reduzida à marca, emblema do capital e seu poder na era do Espetáculo. […] A saída é a arte, a poesia, a negação ativa contra o uso e o consumo de marcas. A prática anti-capitalista é um ateísmo e começa com a recusa aos seus deuses como simples profanação cotidiana.”
Marcia Tiburi, Revista Cult – junho/2012

“O tráfico de pessoas, principalmente para exploração sexual, é o terceiro crime mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e armas. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), 2,4 milhões de pessoas são traficadas, anualmente, para o trabalho forçado. A exploração sexual representa quase 80% dos casos detectados – seguido do trabalho escravo e do comércio ilegal de órgãos. De cada cinco vítimas, quatro são mulheres ou meninas e metade das pessoas traficadas são menores de idade. […] Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), baseado no Relatório Nacional sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para o Propósito de Exploração Sexual (publicado em 2002), mapeou 241 rotas de tráfico: 110 dentro do Brasil e 131 internacionais. As ações estão concentradas em 520 municípios. Os principais destinos no exterior são para Europa. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, cerca de 70 mil brasileiros são traficados, anualmente, para o exterior, correspondendo a 10% dos lucros mundiais.”
Rôney Rodrigues – Revista Caros Amigos, junho de 2012

25ª semana de 2012

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“O bom desempenho de líderes dentro de uma empresa tem relação direta com questões emocionais, como a capacidade de colaborar, de comunicar e de trabalhar em equipe. As mulheres foram consideradas significativamente mais eficazes do que os homens quando estão em uma posição de liderança. Foram melhor avaliadas do que eles em todos os níveis hierárquicos.”
Jack Zenger, psicólogo e consultor norte-americano – Folha de S.Paulo, 17/06/2012

“Hoje, as lideres já são mais femininas, gerenciam de forma mais delicada, mas ainda têm de estabelecer um limite nas relações, porque a cumplicidade e as conversas entre os homens são outras.”
Isabel Moisés, 45, vice-presidente de RH da Heineken Brasil – Folha de S.Paulo, 17/06/2012

“Para os pesquisadores, nossa desonestidade é o resultado de uma contínua negociação entre dois elementos. De um lado, gostamos de obter vantagens (para nós, nossos próximos e, surpreendentemente, também para desconhecidos). De outro, precisamos manter para nós mesmos a imagem de que somos razoavelmente honestos, como convém a toda pessoa digna. O cérebro resolve essa contradição de uma maneira quase infantil: roubamos só um pouquinho. Na média, as pessoas se sentem confortáveis trapaceando em algo entre 10% e 15%.”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 17/06/2012

“Do lado dos sociólogos, para falar agora das coisas do sagrado, é necessário passar pela economia da coisa, mergulhada com certeza na cultura capitalista de uma sociedade irremediavelmente secularizada. Uma sociedade que não precisa mais de Deus para se legitimar, se manter coesa, se governar e dar sentido à vida social, mas que, no âmbito dos indivíduos, consome e paga bem pelos serviços prestados em nome dele. De modo tão descarado que o princípio de fidelidade dos homens, isto é, dos fiéis para com Deus, que sustentou a civilização judaico-cristã, e também a islâmica, desde as origens, agora tem sua direção invertida por essa nova cristandade que proclama que Deus é fiel, o fiel é Deus. Investimento seguro, vale dizer.”
Antônio Flávio Pierucci – Folha de S.Paulo, 17/06/2012

“Vimos muito mais avanços tecnológicos nos últimos 50 anos do que em qualquer outro momento da história. Mas a pegada ecológica triplicou nesse mesmo período. A tecnologia por enquanto não nos tornou mais eficientes. Quando temos mais tecnologia, a usamos para consumir mais.”
William Rees, Revista Época – 18/06/2012

“O Brasil é visto como o país com maior biodiversidade do laneta, e isso merece enorme carinho, respeito e admiração. A Bacia Amazônia é fundamental para o conjunto da sobrevivência da Terra. Mas aí, apesar de o Brasil ter acolhido a Rio 92 e agora a Rio+20, considerar que o Brasil já lidera em termos de meio ambiente, vai uma distância que o Brasil tem de ocupar. Mas ainda não ocupou.”
Carlos Lopes, 52, secretário executivo da Comissão Econômica da África, Revista Época – 18/06/2012

“A escola é o primeiro espaço público que os mais novos frequentam. E uma de suas funções é exatamente essa: a de apresentar a eles o mundo público. Privar as crianças de uma experiência tão rica em nome de quê? Fazer parte de uma família é importante, mas tem lá seus ônus. E um deles é toda a expectativa que, inevitavelmente, os pais colocam sobre os filhos. Querem que eles sejam assim, assado, façam isto e aquilo; não querem de modo algum que tenham este ou aquele comportamento etc. E todos esses anseios legítimos que os pais têm caem sobre as crianças como um peso. É na escola, longe dos pais, que muitas crianças podem se sentir mais à vontade para experimentar vários jeitos de ser e de estar neste mundo. Toda essa experimentação é uma base importante para sua formação.”
Rosely Sayão – Folha de S.Paulo, 19/06/2012

“Ficou para 2014 a definição das fontes de financiamento de programas e políticas de desenvolvimento sustentável da chamada economia verde. […] Quando não se sabe nem se quer resolver um problema, monta-se um grupo de trabalho. […] Com essas potencialidades e a abdicação de liderar um processo de maneira mais arrojada, o Brasil volta à sua vocação histórica há vários séculos. Somos novamente o país do futuro. O título do documento ajuda. É ‘O futuro que queremos’. Poderia ser, como na anedota ouvida no Riocentro, ‘O passado que sempre tivemos’.”
Fernando Rodrigues – Folha de S.Paulo, 20/06/2012

“O Brasil foi o país com o maior aumento percentual do número de milionários no ano passado em relação a 2011, de acordo com estudo da consultoria Capgemini e do RBC Wealth Management. A pesquisa lista os 12 países líderes em número de pessoas com patrimônio mínimo de US$ 1 milhão (R$ 2 milhões). O total de milionários no país aumentou 6,2% no período: foi de 155,4 mil para 165 mil.”
Folha de S.Paulo, 20/06/2012

“Eu acho que prestar atenção a tudo o que se diz nas mídias sociais é um erro. Oitenta por cento do que se diz somente revela as nossas piores neuroses. Não leva a nada, é inútil e não merece receber a mesma importância de um artigo escrito com cuidado.”
Alain de Botton – O Estado de S.Paulo, 22/06/2012

23ª semana de 2012

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“Pedófilos sempre existiram, existem e existirão, mais do que se imagina, mais do que se sabe. São pessoas com desordem mental, e quem não ouviu falar que em regiões mais atrasadas pais tiveram relações com uma ou mais filhas, tendo até engravidado algumas, que se tornaram mães de suas próprias irmãs. Isso acontece no Brasil profundo e também em países altamente civilizados. A miséria humana não tem limites. […] Cabe às mães e aos pais ficarem atentos, não deixarem suas filhas/filhos em situações de risco, olhar atentamente o que se passa, e desconfiar sempre, sem medo de estar pensando em “maldades”, sabendo que essas coisas acontecem nas melhores famílias. Não vivemos em um mundo ideal. O abuso sexual causa efeito devastador nos que o sofrem, e precisam de apoio profissional, apoio esse que deve ser forte e positivo; só o amor de mãe e pai não é suficiente.”
Danuza Leão – Folha de S.Paulo, 03/06/2012

“O perigo mora próximo do líder carismático que se coloca em pé de igualdade com o sagrado. Mais cedo ou mais tarde, o herói se achará tão potente a ponto de querer tomar o lugar de Deus.”
Gaudêncio Torquato – O Estado de S.Paulo, 03/06/2012

“A música tem um espaço no coração das pessoas. É muito usada como paliativo. Hoje, ouve-se música muito mais com a bunda do que com os ouvidos. Há muito mais preocupação em se divertir do que em parar para pensar.”
Dori Caymmi – O Estado de S.Paulo, 04/06/2012

“O que acontece, com o tempo, e não só na carreira, você sente que um estilo funciona para algumas coisas, mas em outras não é bom. Quando se é jovem e impetuoso, o seu estilo precede qualquer coisa, você é sempre a mesma coisa. Depois, com o autoconhecimento, você começa a exercitar perfis diferentes, mesmo que não seja o seu. Quando você fala em liderança, existem perfis de liderança, você é um líder educador num momento, num outro pode ser um líder meio déspota, porque a situação é de crise e é preciso alguém que bata o bumbo. Tem também o líder inspirador. Na realidade, o líder tem de ser tudo, mas cada perfil desses grita mais em determinados momentos. Quanto mais instrumentalizado você está, quanto mais consciente você está de si, você pula de um perfil para outro sob o seu próprio comando. É o autocontrole em cima daquilo que você sabe o que você é.”
Cesar Marinho – O Estado de S.Paulo, 04/06/2012

“‘Um jovem rabino, angustiado com o destino da sua alma, conversava com seu mestre, mais velho e mais sábio, em algum lugar do Leste Europeu entre os séculos 18 e 19. Pergunta o mais jovem: ‘O senhor não teme que quando morrer será indagado por Deus do porquê de não ter conseguido ser um Moisés ou um Elias? Eu sempre temo esse dia’. O mestre teria respondido algo assim: ‘Quando eu morrer e estiver na presença de Deus, não temo que Ele me pergunte pela razão de não ter conseguido ser um Moisés ou um Elias, temo que Ele me pergunte pela razão de eu não ter conseguido ser eu mesmo’. Trata-se de um dos milhares de contos hassídicos, contos esses que compõem a sabedoria do hassidismo, cultura mística judaica que nasce, ‘oficialmente’, com o Rabi Baal Shem Tov, que teria nascido por volta de 1700 na Polônia. […] São muitas as angústias de quem acredita haver um encontro com Deus após a morte. Mas ninguém precisa acreditar em Deus ou num encontro como esse para entender a força de uma narrativa como esta: o primeiro encontro, em nossa vida, que pode vir a ser terrível, é consigo mesmo. Claro que se Deus existe, isso assume dimensões abissais. […] Enfrentar-se a si mesmo, reconhecer suas mazelas, suas inseguranças e ainda assim assumir-se é atravessar um inferno de silêncio e solidão. […] Ao contrário do que dizia o velho Sartre, o inferno não são os outros, mas sim nós mesmos.”
Luiz Felipe Pondé – Folha de S.Paulo, 04/06/2012

“O condomínio fechado é uma privatização do espaço. Isso, para a cidade, não é bom, porque, a partir do momento em que você diz que aqui só entra quem é dono, está dizendo que milhões de pessoas estão ficando fora. Talvez esse milhão de pessoas não fique muito contente. Teses na USP já evidenciaram que, ao mesmo tempo em que cresceram os condomínios fechados, a violência também cresceu. A segregação, tecnicamente, aumenta a violência. Seja a segregação do rico no condomínio, seja a reprodução disso nas camadas mais pobres. A integração é contra a violência.”
Evandro Spinelli – Folha de S.Paulo, 04/06/2012

“O Brasil tem uma grande escolha diante de si. Quem ele quer impressionar? Quer erguer prédios que digam ao mundo quão incrível o Brasil é ou quer construir prédios que mostrem aos próprios brasileiros a força do Brasil? A Olimpíada fracassou, em vários países, em produzir dividendos econômicos e legados depois dos eventos. […] Um teto melhor e um encanamento que funcione não são suficientes para criar uma boa comunidade. Cresci em uma área pobre da periferia de Londres. Não interessava a qualidade da construção, as ruas viviam vazias, era um lugar inseguro, meu único sonho era sair dali. Dependendo de como essas casas sejam construídas, sem urbanismo, sem transporte público, podem virar as favelas do futuro. Sem falar que ainda há muito trabalho para melhorar as favelas já existentes, formalizá-las.”
Cameron Sinclair – Folha de S.Paulo, 05/06/2012

“Você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito. As conclusões do estudo, intitulado “Reflections on Body Image” (“reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça. Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também. […] Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje. Esse horizonte de eternidade perdeu-se.”
João Pereira Coutinho – Folha de S.Paulo, 05/06/2012

“Emoções existem, sempre existiram, nem a idade nem o controle interior que adquirimos à custa das porradas da vida conseguem riscá-las dentro da gente.”
Carlos Heitor Cony – Folha de S.Paulo, 05/06/2012

“Depois de invadir uma casa e furtar dois envelopes com dinheiro, o ladrão se arrependeu e, além de devolver a maior parte da importância levada, deixou uma carta com pedido de desculpas. O caso, divulgado ontem pela Polícia Civil, aconteceu em Tatuí, a 142 km de São Paulo. […] ‘Te roubei, mas estou devolvendo o dinheiro, pois sou evangélico e conheço as leis de Deus.’ Ele conta como praticou o furto e pede ‘1.000 perdões’. No final, dá um conselho à vítima: ‘Coloque cadeado nas janelas. Abraços.’”
O Estado de S.Paulo, 06/06/2012

“No Dia do Meio Ambiente, os governantes costumam posar para fotos plantando uma árvore. Seria interessante conhecer o destino de todas elas, plantadas em solenidades, talvez abandonadas logo depois. Mas o problema real não é plantar -gesto simbólico positivo-, se não fosse a devastação ambiental que a maioria de seus plantadores pratica nos outros dias do ano. […] Em acelerado retrocesso, vamos à Rio+20. O que se anuncia é um vexame de governos titubeantes diante de uma sociedade mais consciente e exigente. As negociações deixam antever documentos sem metas ou ações efetivas. A opinião pública global reclama por isso, enquanto os governos e seus operadores se empenham para baixar as expectativas. Resta-nos a tarefa de continuar alertando para os graves problemas da perda de biodiversidade, da desertificação e do aquecimento do clima -há 20 anos anunciados como a mais perigosa ameaça ao equilíbrio da Terra. Tudo isso se mantém no mais alto nível de risco à manutenção da vida. Por isso, a cobrança por medidas urgentes, urgentíssimas e efetivas, para enfrentar esses graves problemas, deve permanecer no patamar mais elevado de nossas exigências éticas e políticas.”
Marina Silva – Folha de S.Paulo, 08/06/2012

“Contra todas as advertências, o homem está fazendo o possível para arruinar de vez o burgo que teve a infelicidade de abrigá-lo. É só atentar para certos números revelados há pouco pela ONU. Em 2050, a população mundial (que hoje é de 7 bilhões) chegará a 9 bilhões, dos quais 6,3 bilhões viverão em cidades (quase o dobro dos 3,5 bilhões atuais). Significa que áreas do tamanho de vários países europeus somados serão desmatadas, urbanizadas e tomadas por automóveis, tendo a bordo uma nova e monumental classe média faminta de consumo, produtora de lixo e cega para as consequências de sua fúria predatória.”
Ruy Castro – Folha de S.Paulo, 08/06/2012

“O diálogo entre as religiões não pode ser uma simples comparação de hierarquias de valores. Um diálogo é autêntico quando acolhemos o outro, sem anular as diferenças. Creio que seja este, hoje, o desafio para todas as grandes religiões.”
Mauro Maldonato – Folha de S.Paulo, 09/06/2012

“Os autistas são estrangeiros onde quer que estejam. Nosso mundo para eles é assustador. Mas nós podemos buscá-los. Quem trata esse tipo de alteração precisa gostar muito de gente. É preciso exercitar a solidariedade.”
Ana Beatriz Barbosa – Folha de S.Paulo, 09/06/2012

“Os EUA perdem mais membros do Exército em suicídios do que em combate. O número chegou a 154 nos cinco primeiros meses deste ano, média de aproximadamente um por dia, contra 130 no mesmo período do ano passado.”
O Estado de S.Paulo, 09/06/2012

“No Ocidente, temos vivido desde o século 20 a desconstrução dos valores tradicionais. Ela teve efeitos negativos, mas também formidavelmente positivos, em especial para os homossexuais e as mulheres. Observe que um país como a Suíça, o último cantão a conceder o direito de voto às mulheres o fez, pense bem, em 29 de abril de 1991! Isso quer dizer que, até então, as mulheres ainda eram vistas como crianças. Na França, foi um pouco mais cedo, mas, enfim, foi preciso esperar o fim da 2ª Guerra para que as mulheres tivessem direito de voto. Quanto aos homossexuais, lembre-se que a Organização Mundial de Saúde definia a homossexualidade como doença até 1990! Sim, nosso mundo ocidental mudou mais nos 50 anos da segunda metade do século 20 do que nos 500 anos anteriores! […] O verdadeiro motor da desconstrução dos valores tradicionais foi o capitalismo moderno.”
Luc Ferry – O Estado de S.Paulo, 09/06/2012

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