Posts tagged empreendedor
21ª semana de 2013
0“O empreendedorismo, hoje, está na moda. No entanto, abrir um negócio não é a única opção para extravasar esse seu perfil. Você pode trabalhar em uma companhia e mesmo assim ter atitude de dono de empresa. É o que chamamos de empreendedorismo corporativo. Cada vez mais, as organizações estão buscando funcionários com esse tipo de talento: pessoas que idealizam um novo produto ou processo e movem mundos e fundos para colocar sua ideia em prática valem ouro no mercado.”
Tales Andreassi, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013
“A nossa classe média é singularmente perversa e infantilizada, apenas por ser o suporte social mais típico de uma visão de mundo narcísica que transforma exploração em generosidade impedindo todo aprendizado possível e toda crítica. Mas a cegueira e o atraso da consciência moral comprometem a sociedade como um todo.”
Jessé de Souza, “O Estado de S.Paulo” – 19/05/2013
“É um fluxo perverso: muitas vezes, os médicos com formação frágil acabam atendendo justamente as populações mais necessitadas. Uma medicina pobre para pobres.”
Mário Scheffer, “O Estado de S.Paulo” – 19/05/2013
“ ‘Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira’. A conhecida abertura de ‘Anna Kariênina’ já se integrou ao senso comum entre os leitores de romances. A felicidade é um clichê; só a infelicidade é singular. Nem sempre. Nas guerras, nas ditaduras, nas crises de desemprego, a experiência da dor também segue um padrão previsível. […] Questionar a desvalorização da vida, a atitude no trânsito, o porte de armas, o machismo, o descaso com segurança nos eventos, a insegurança pública e a justeza das punições são atos que alimentam o debate da nossa pobre cidadania. […] Cobrar maior eficiência e rigor do Estado no enfrentamento das transgressões e delitos menores, maior equidade na distribuição da justiça parece ser mais eficiente na prevenção de novas tragédias violentas e no combate a impunidade que alterar a maioridade penal. Precisamos evitar promover a barbárie com a boa intenção de combatê-la.”
Maria Rita Kehl/Paulo Fernando de Souza, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013
“Meu câncer foi na vesícula, e aconteceu muito pelo fato de eu ter protelado a retirada da mesma. Sempre tinha uma novela para fazer, uma viagem incrível depois da novela e depois mais novelas e mais viagens… Como? Não existe viagem mais incrível do que estar viva e com saúde. Mas isso eu não tinha a capacidade de enxergar, porque, sem querer, me acreditava imortal. Nós vamos vivendo e nem percebemos o tempo passar. Não enxergamos nossa vulnerabilidade, ou não queremos enxergá-la. Clichê? Sim, mas é a pura verdade.”
Betty Lago, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013
“A permissão do aborto e do casamento gay será muito difícil, senão impossível, pois são temas tabus, que chocam milhões de pessoas. Para ser sincera, considero o aborto e o homossexualismo reflexo da civilização egoísta, materialista e consumista em que vivemos. São temas pouco relevantes numa revolução religiosa.”
Karen Armstrong, “Revista Época” – 20/05/2013
“Os professores simplesmente tendem a exagerar a importância de suas atividades pessoais, como se fossem a ‘força’ central que impele o mundo.”
Isaiah Berlin, “Folha de S.Paulo” – 20/05/2013
“Nossas escolas estão muito mais interessadas na competitividade, no planejamento do professor, mesmo que seja burocrático, na massificação, tanto dos docentes quanto dos alunos.”
Rosely Sayão, “Folha de S.Paulo” – 23/05/2013
“Pense em todas as tecnologias descobertas e popularizadas nos últimos 200 anos e seu potencial impacto sobre a educação. […] Talvez a internet seja a revolução mais importante de todas, mas ela certamente vem num contínuo tecnológico em que as distâncias e os tempos são encurtados. Durante todas essas disrupções tecnológicas, a educação não só continuou a funcionar como melhorou: nunca antes na história deste planeta tantas pessoas tiveram acesso ao conhecimento quanto hoje.”
Gustavo Ioschpe, “Revista Veja” – 22/05/2013
“A modernidade é sedenta de técnicas de controle de si (dietas, prescrições, treinos, meditações etc.). Há menos controle externo (religioso ou político) sobre nossa vida; aumenta a necessidade de controle que nós mesmos exerceríamos sobre nós. Nessa tarefa, a ajuda de drogas e remédios é bem-vinda -para controlar nossa vida cotidiana, conter a tristeza, as variações de humor, a ansiedade, a preocupação etc. […] Queremos remédios como formas de controle e poder sobre nós mesmos.”
Contardo Calligaris, “Folha de S.Paulo” – 23/05/2013
“São muitos os problemas sociais, econômicos e políticos gerados pela lógica que incentiva a dominação, a ganância e a agressão em detrimento da empatia, do cuidado e da colaboração”.
Jennifer Siebel Newesom, 38, cineasta americana – “Revista Claudia” – maio de 2013
40ª semana de 2011
0“Nem sempre as coisas têm uma lógica. Será que pessoas perfeitamente normais podem ter um momento de loucura, e nesse momento fazer coisas em que nunca tinham pensado?”
Danuza Leão – Folha de S.Paulo, 02/10/2011
“O primeiro mecanismo aceito pelos médicos como uma influência positiva da fé religiosa sobre a saúde é social. Em geral, não se pratica uma religião sozinho, e a ida a igrejas, sinagogas ou terreiros insere a pessoa numa rede de proteção social, com orientadores espirituais e amigos que se importam com a situação médica dela e podem ajudá-la a se cuidar. Pela razão inversa, sabe-se que gente solitária corre mais risco de morrer. Além disso, muitas religiões condenam o uso de álcool, o fumo e as drogas, o que também ajuda. […] Os poucos estudos sobre o poder da oração indicam que o doente que reza é capaz de reduzir seus níveis de estresse, ansiedade e depressão.”
Reinaldo José Lopes – Folha de S.Paulo, 02/10/2011
“Pela falta de líderes religiosos, a comunidade muçulmana do Brasil tem “importado” xeques de países africanos. Vivem hoje no Brasil cerca de 50 xeques estrangeiros, a maioria deles proveniente da África (Egito e Marrocos), de acordo com o CDIAL (Centro de Divulgação do Islã para a América Latina). E o cuidado em se fazer entender leva à busca de xeques de Moçambique, país que fala português e que tem parte da população muçulmana. Dos 50 xeques, 8 são daquele país. A importação de líderes de língua portuguesa cresceu há quatro anos, diz Ziad Ahmad Saifi, vice-presidente do CDIAL. A vinda de xeques visa atender à demanda crescente de seguidores do islã. Segundo o CDIAL, 20 anos atrás, existiam cerca de 40 centros muçulmanos de oração no país, número que incluía 18 ou 19 mesquitas. Hoje são 150 pontos de oração, 60 deles mesquitas. Não há dados recentes do IBGE, mas o Censo de 2000 apontou 27.239 muçulmanos no país -para o CDIAL, hoje já há 1,5 milhão de seguidores.”
Juliana Coissi – Folha de S.Paulo, 03/10/2011
“Neste momento em que o Brasil pensa tanto em inovação e em competitividade, é importante que o país olhe com olhos novos para os velhos problemas e para as velhas questões. É uma espécie de insanidade agir igual, fazer igual e esperar que dos mesmos procedimentos surjam novas respostas para nossos novos desafios e oportunidades. […] O mundo precisa trocar de pé em muitas e muitas áreas, abandonar crenças antigas, hábitos insustentáveis, práticas jurássicas. O novo mundo imporá mudanças cada vez mais rápidas; é bom você se acostumar a mudar.”
Nizan Guanaes – Folha de S.Paulo, 04/10/2011
“É lamentável que as escolas se preocupem tanto em ensinar as crianças a escrever e a fazer cálculos enquanto as possíveis formas de administrar o próprio estresse sejam totalmente negligenciadas. Não por acaso, tantas pessoas não suportam a pressão das contas, dos pneus furados e dos chefes autoritários – isso sem falar nos conflitos internos mais arraigados – e buscam alívio em comportamentos autodestrutivos, sendo o álcool e as drogas os mais comuns.”
Robert Epstein, doutor em psicologia pela Universidade Harvard – Revista Mente&Cérebro – outubro de 2011
“Fazemos parte de um ‘sistema’ coletivo de obrigações automáticas, sem espaço para gentilezas individuais e gratidão desnecessária.”
Arnaldo Jabor – Estado de S. Paulo, 04/10/2011
“Minha atitude é feminina e não feminista, pois me recuso a ver como exótico o fato de termos uma mulher na presidência. Fico inquieta quando me questionam sobre isso, pois, o contrário não causa espanto”.
Fernanda Montenegro,81, atriz – Estado de S. Paulo, 06/10/2011
“A crise econômico, com seus efeitos sobre a população (jovens em particular) é o ponto de convergência entre lutas contra ditaduras nos países árabes e as manifestações contra a primazia do sistema financeiro no Ocidente. Segundo Ruy Braga, o impacto da crise em cada margem do Mediterrâneo varia, mas produz revoltas. Na Europa, os jovens não aceitam os pacotes de austeridade, que podem aprofundar o desemprego e a estagnação. ‘ A perspectiva de que o futuro está comprometido tem um impacto psicológico muito forte. Nos EUA, pensar que um filho não vai superar o pai em qualidade de vida é inaceitável’.”
Diego Viana – Valor, 07/10/2011
36ª semana de 2011
0“Empreendedor é, em síntese, quem transforma o problema numa solução. O maior desperdício de uma nação é o desperdício de talentos – e essa pode ser uma medida para comemorar ou não a independência de uma nação.”
Gilberto Dimenstein – Folha de S.Paulo, 04/09/2011
“O presidente internacional da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), Unni Karunakara, pediu que as agências humanitárias parem de traçar um retrato da fome na Somália que induz ao erro e que reconheçam que é quase impossível ajudar as pessoas mais afetadas pelo problema. Segundo Karunakara, praticamente nenhuma agência está conseguindo trabalhar no interior da Somália, país em guerra, onde a situação é ‘profundamente aflitiva’. […] Tentar ter acesso às pessoas que estão no epicentro do desastre vem sendo um esforço lento e difícil. O uso de frases como ‘a fome no Chifre da África’ ou ‘a pior seca em 60 anos’, segundo o médico, ocultam os fatores ‘criados pelo homem’ que geraram a crise no país. […] ‘O povo somali vive há 20 anos em um país em guerra, sem governo, enfrentando longos períodos de carência, fome e seca’, explica Karunakara. ‘A falência desta [última] colheita foi apenas a gota d’água que o empurrou pelo abismo desta vez’. […] Iam Bray, porta-voz da ONG Oxfam, disse: ‘Uma seca é uma ocorrência natural; uma fome generalizada é causada pelo homem’.”
Tracy McVeigh – Folha de S.Paulo, 05/09/2011
“Este é, entre muitas coisas, o século da imagem. Elas circulam na velocidade do instantâneo e são parte cada vez mais dominante de nossa comunicação. Quem cria as imagens certas (com uma boa trilha sonora) encontra seu público. Mas sabedoria estética não é virtude exclusiva do bem.”
Nizan Guanaes – Folha de S.Paulo, 06/09/2011
“Há tempos, as pesquisas em inteligência artificial procuram criar um computador que tenha a complexidade de um cérebro humano. Bem, certos setores do debate nacional de ideias conseguiram o inverso: criar cérebros que parecem mimetizar as restrições de um computador. Pois eles são como hardwares que suportam apenas um pensamento binário, onde tudo é organizado a partir de “zero” e ‘um’. […] Jean-Paul Sartre costumava dizer que o verdadeiro pensamento pensa contra si mesmo. Este é, por sinal, um bom ponto de partida para se orientar em discussões: nunca levar a sério alguém incapaz de pensar contra si mesmo, incapaz de problematizar suas próprias certezas devido à redução dos argumentos opostos a reles caricatura. Afinal, se estamos no reino do pensamento binário, então só posso estar absolutamente certo e o outro, ridiculamente errado. Daí porque a única coisa a fazer é apresentar o outro sob os traços do sarcasmo e da redução irônica. Mostrar que, por trás de seus pretensos argumentos, há apenas desvio moral e sede de poder. Isso quando a desqualificação não passa pela simples tentativa de infantilizá-lo. Alguns chamam isso de “debate”. Eu não chegaria a tanto. Infelizmente, tal pensamento binário tem cadeira cativa nas discussões políticas.”
Vladimir Safatle – Folha de S.Paulo, 06/09/2011
“O Brasil está ficando velho antes de ficar rico. Os gastos previdenciários superam os de nações desenvolvidas. Se o sistema não passar por reformas, nossos filhos e netos pagarão uma gravíssima conta.”
Maílson da Nóbrega – Revista Veja – 07/09/2011
“Se não querem entender, paciência. Eu não vou mudar. Até poderia mudar – mas daí teria de deixar de fazer filmes e passar a vida me ocupando só disso, de tentar ser outra pessoa. Vou citar Marilyn Monroe: se você não aguenta o meu pior, não merece o meu melhor.”
Lars von Trier – Revista Veja – 07/09/2011
“Nilton Bonder está, para o judaísmo, como o padre Marcelo Rossi para o mundo cristão. Aos 53, é o rabino mais popular do país. Ele diz que, tanto na ciência quanto na religião, há uma dimensão que o mundo cartesiano não tem capacidade para explicar. ‘O que a ciência chama de acaso nós, no judaísmo, denominamos oculto.’ Completa: ‘Equacionar os problemas dentro do que se consegue compreender não é suficiente. Eles têm que ser resolvidos através do oculto também, da intuição, daquilo que não tem simetria’.”
Roberto Kaz – Folha de S.Paulo, 08/09/2011
“Hábitos saudáveis poderiam evitar 2,8 milhões de casos de câncer por ano, segundo dados divulgados ontem pelo WCRF (World Cancer Research Fund, fundo mundial de pesquisa sobre câncer). O número global de tumores aumentou 20% na última década. Agora, são 12 milhões de novos casos por ano.”
Folha de S.Paulo, 08/09/2011
“Numa entrevista a Vanessa Correa durante o 1º Congresso Internacional de Habitação e Urbanismo, realizado em São Paulo, o arquiteto Alexandros Washburn, diretor de desenho urbano da Prefeitura de Nova York, falou da importância de ser, ora, veja, pedestre na metrópole por excelência. ‘Caminhar é a atividade mais importante na cidade’, ele disse. ‘Tanto pelo lado cultural, como pela sustentabilidade. (…) É por isso que Nova York é uma cidade vibrante. (…) O espaço público é importante para construir confiança entre as pessoas de todas as classes e etnias. (…) Quando toma a decisão de colocar o pedestre em primeiro lugar, você adota um ponto de vista. Você vê os problemas através dos olhos de um cidadão caminhando pela rua’.”
Ruy Castro – Folha de S.Paulo, 09/09/2011
26ª semana de 2011
0“O Brasil vai ser o que as mulheres negras quiserem que ele seja. Nesse momento, as mulheres negras ainda estão trabalhando 10 horas por dia, estão limpando casa, com raríssimas exceções estão em cargos de poder. Além de tudo, o Brasil é um país majoritariamente do sexo feminino e de cor preta. Enquanto essa grande maioria do sexo feminino e de cor escura estiver ainda tendo que cuidar 100% do seu dia de filho, de marido, a situação vai continuar muito complicada. […] A maioria dos negros brasileiros não é do candomblé nem da umbanda, nem católicos, a maioria dos negros brasileiros é evangélica.”
Jefferson De, cineasta paulista – Revista Caros Amigos, junho de 2011
“Quando há épocas, como a nossa, durante as quais o número de mortes voluntárias aumenta, razões culturais estão em jogo. Razões estas que apontam para o diagnóstico que vivemos numa cultura de alguma forma doente.”
Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da USP – Revista Psique, junho de 2011
“A cultura interfere muito em como cada um funciona e as patologias se modificam de acordo com as mudanças culturais. Na época de Freud, quando havia muito romantismo e pouco sexo, uma das grandes patologias era a histeria. Depois, mudou para muito sexo e pouco romantismo, e hoje uma das grandes patologias é a depressão.”
Cristina Greco, psicóloga – Revista Psique, junho de 2011
“Quem vai tomar a decisão deve perguntar: que alternativas foram consideradas? Em que estágio foram descartadas? Houve uma busca consciente de informações que refutariam a hipótese central ou apenas de evidências que confirmavam o que está descrito na recomendação final?”
Daniel Kahneman, Dan Lovallo e Olivier Sibony – Harvard Business Review, junho de 2011
“Bom empreendedor é aquele que sabe fracassar, fazendo dessa experiência uma motivação e um aprendizado.”
Gilberto Dimenstein- Folha de S.Paulo, 26/06/2011
“Apesar da importância estratégica de que a economia verde ocupe o centro da inovação, isso não afasta o desafio de repensar os padrões de consumo, os estilos de vida e o próprio lugar do crescimento econômico, como objetivo autônomo, nas sociedades contemporâneas. Inovação e limite são as duas palavras-chave da economia verde.”
Ricardo Abramovay, prof. titular do Depto. De Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP – Folha de S.Paulo, 27/06/2011
“Crianças de baixa renda só vão ter uma performance de alto nível se suas necessidades não forem ignoradas. Sozinhas, as escolas não reduzirão a pobreza ou produzirão igualdade.”
Diane Ravitch, historiadora norte-americana – Folha de S.Paulo, 27/06/2011
“É no período de férias que melhor podemos perceber o quanto, no mundo contemporâneo, os pais se transformaram em tecnocratas na relação com os filhos.
Eles cumprem religiosamente todas as suas funções “oficiais”: levam, trazem, cuidam, supervisionam e acompanham os afazeres da criança, principalmente os escolares.
Também batalham incansavelmente para proporcionar à prole do bom e do melhor. Mas, no final das contas, não sabem ao certo de que maneira se relacionar intimamente com os filhos.”
Rosely Sayão, psicóloga – Folha de S.Paulo, 28/06/2011
“Marcha para Jesus…o que se viu na manifestação foram mais trevas do que luz. Valendo-se do nome e da imagem de Jesus, a caminhada desfilou uma sucessão de ataques aos que são considerados os atuais piores ‘inimigos’ da cristandade, verdadeiros aliados do demônio: os homossexuais, atacados em si, em seus direitos e em suas reivindicações. Puxada por pastores-políticos, a passeata não perdoou algumas instituições do País (o STF, antes de tudo) que, por se mostrarem sensíveis a temas tidos como tabus, deveriam ser vistas como auxiliares do processo de entronização de Satanás na Terra. O ato foi festivo e familiar na formatação geral, mas teve um subtexto que lhe deu o tom de marcha fúnebre, uma contramarcha, triste na evolução e reacionária no objetivo. Deixou claro que a fé muitas vezes caminha abraçada com o fanatismo e o fervor obscurantista, veículos certos da intolerância e da discriminação. Para piorar, a marcha forneceu palco para campanhas políticas explícitas, deixando-se arrastar por elas.”
Marco Aurélio Nogueira – professor titular de Teoria Política da UNESP – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011
“O Estado laico é instrumento para criar um espaço de liberdade e de pluralismo, e não para impor valores considerados ‘laico’. A laicidade é um meio, e não um fim. Essa afirmação não significa uma mitigação da neutralidade do Estado. É a proteção para que continue sendo laico. Caso contrário, o Estado ainda estaria atuando por visões compreensíveis não generalizáveis. O caráter laico do Estado não decorre de uma substituição de referenciais – antes, uma visão religiosa; agora, uma visão ateia ou agnóstica da vida -, mas de uma revisão do seu âmbito e das suas competências. O Estado laico não diz que as religiões são falsas, e sim que é incompetente para qualquer declaração nesse âmbito.”
Nicolau da Rocha Cavalcanti – advogado, presidente do Centro de Extensão Universitária – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011
“As pessoas só conseguem se manter criativas e inovadoras se estiverem felizes e otimistas.”
Chip Heath – prof. da Escola de Negócios da Universidade Stanford, doutor em psicologia – Revista Época, 27 de junho de 2011
“Tudo o que é humano é em todo lugar reinventado.”
Roberto DaMatta – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011
“Eco significa casa. Logia, conhecimento. Mas não se trata apenas de conhecer a casa. É preciso cuidar da casa. Gosto de ecobionomia, que seria administrar a vida na casa. Mas sei que o termo nunca vai pegar.”
Frei Betto, O Estado de S.Paulo, 29/06/2011
“Entretenimento distai, mas não tem compromisso com qualquer outro objetivo que não o de nos distrair do vazio. […] A ilusão do entretenimento é um risco. É um alívio momentâneo ficarmos correndo atrás de coisas que nos distraiam do vazio. Isso nos atola cada vez mais no pântano da banalidade.”
Caco Ciocler, ator – Folha de S.Paulo, 30/06/2011
“Acho que às vezes os políticos abusam dessa fé das pessoas para justificar suas decisões. Meu pai era muçulmano, minha mãe era batista. Eu pertenço à Igreja Metodista, minha mulher é presbiteriana. Duas das minhas filhas se casaram com judeus, outras duas se casaram com católicos. Todos convivem muito bem com suas crenças.”
Ferid Murad, 75, Prêmio Nobel em 1998 – Folha de S.Paulo, 01/07/2011
“A vida real tem seus códigos de convívio -nela, para melhor andamento dos trabalhos, somos mais tolerantes e evitamos dizer o que pensamos uns dos outros. Mas a internet está fora desses códigos. Nesta, ao sermos convidados a “interagir” e a “postar” nossos comentários, podemos despejar tudo que pensamos contra ou a favor de quem quer que seja. Quase sempre, contra. Uma sequência de comentários -que, em poucas horas, são milhares- a respeito de qualquer coisa nas páginas on-line é uma saraivada de ódios, despeitos, rancores, recalques e ressentimentos. Pode-se ofender, ameaçar e agredir sem receio, como numa covarde carta anônima coletiva. Alguns dirão que isso tem um lado bom -com a internet, acabou a hipocrisia e, agora, as pessoas podem se revelar como realmente são.”
Ruy Castro, – Folha de S.Paulo, 01/07/2011
“A humanidade é muito ansiosa porque nossa sobrevivência, em grande medida, é baseada na preocupação. Os ancestrais calmos que acaso tivemos morreram muito tempo atrás; aqueles que sobreviveram foram os nervosos. Descendendo de pessoas que se preocupavam com a maior parte das coisas. Mas, além do nível habitual de ansiedade em relação à sobrevivência, a sociedade acrescentou um novo tipo, que chamo de ansiedade do status. Trata-se de uma preocupação sobre nossa permanência no mundo, se estamos por cima ou por baixo, se somos ganhadores ou perdedores. Preocupamo-nos com nosso status por uma razão simples: porque a maior parte das pessoas tende a ser bacana conosco dependendo do nível de status de que desfrutamos.”
Alain de Botton, filósofo inglês – Revista Cult, junho de 2011
“Muita coisa dá para mudar. Em vez de reclamar, mudar. O tempo é democrático, todo dia tem 24 horas, toda hora tem 60 minutos e todo minuto 60 segundos. O tempo do rei e o do mendigo transcorrem do mesmo jeito. Quando você diz: ‘Não tenho tempo para isso’, você está dizendo: ‘Não dou prioridade para isso dentro do meu tempo’. Outra vez, estamos na liberdade de escolha.”
Lidia Aratangy, 70, psicóloga – Lola Magazine, junho de 2011
“Empreendedores (e executivos) bem-sucedidos pensam em aprendizado do mesmo modo como a maioria das pessoas pensa em fracasso.”
Peter Sims – escritor e consultor – Revista Época Negócios, junho de 2010
18ª semana de 2011
0“Achei curiosos os resultados da pesquisa da Ipsos sobre crenças religiosas. O Brasil é o terceiro país onde mais se acredita em Deus (84% dos entrevistados), atrás apenas de Indonésia (93%) e Turquia (91%). A média mundial é 51%. O Brasil também é o terceiro onde mais se acredita que a vida pós-morte não tem nem inferno nem pecado (32%), seguindo México(40%) e Rússia (34%), e o segundo onde mais se acredita em reencarnação (12%), atrás da Hungria (13%). Outros 28% acreditam que vão para o paraíso ou inferno. O país é o quarto em crença no criacionismo (47%, contra 28% da média mundial), à frente inclusive dos EUA (40%). No Brasil, só 3% não acreditam em entes ou forças superiores (no mundo, 18%; na França, 39%) e apenas ouros 4% têm dúvidas (no mundo, 17%). Em outros termos, o Brasil talvez seja o país menos materialista ou secular do mundo. Somando as três crenças (Deus, vida pós-morte e criacionismo), atinge uma combinação de resultados que nenhum outro atinge. A esmagadora maioria nem sequer aceita a hipótese de que não existem fenômenos sobrenaturais e de que ao morrer vão desaparecer totalmente.”
Daniel Piza, O Estado de S.Paulo, 01/05/2011
“A Igreja hoje é uma fogueira se apagando. Há cinza demais cobrindo uma única brasa enfraquecida. Beatificar João Paulo II apenas seis anos depois de sua morte é soprar desesperadamente essa brasa na esperança de que a fogueira volte a arder.”
Etienne Samain, 72, teólogo, antropólogo e professor da Unicamp – O Estado de S.Paulo, 01/05/2011
“O cérebro assimila o que usa com frequência, não é a toa que somos viciados em celular, computador, TV. Aquilo é parte de nós. A imortalidade para mim vai chegar, mas vai acontecer de outra maneira: quando pudermos fazer um download dos nossos pensamentos, das nossas ideias, das nossas memórias. Isso é possível.
Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro, O Estado de S.Paulo, 02/05/2011
“O Brasil ocupa a terceira posição em páginas visitadas nas redes sociais, atrás de EUA e Rússia. No portal de vídeos do YouTube, o País também não faz feio. Está entre os cinco maiores usuários do mundo. Os dados são da consultoria americana comScore, especializada em serviços online. […] Segundo dados da consultoria, mesmo com as limitações de infraestrutura, a audiência da internet no Brasil cresce 20% ao ano, contra uma média mundial de 8%. E há mais de 40 milhões de brasileiros que acessam a internet em casa ou no trabalho, o que torna o País o oitavo mercado do mundo entre as maiores consumidores de bit e bites.”
Marili Ribeiro, O Estado de S.Paulo, 02/05/2011
“O Brasil é o país com maior proporção de empreendedores entre todos do G20: 17,5% da população adulta.”
Revista Veja, 04/05/2011
“Descobri que você encontra segurança não quando a procura, mas quando aceita os mistérios e as incertezas da vida. Não é uma busca externa, mas uma entrega interna. É a diferença entre passar pela vida e deixar a vida passar por você.”
Michael Kepp, Folha de S.Paulo, 03/05/2011
“Como temos tratado as crianças pequenas. Temos nos ocupado tanto com seu futuro que esquecemos que elas têm um presente que precisa ser vivenciado, explorado, vivido até as últimas consequências. Aliás, antes de tudo, vamos lembrar que a maneira como vivemos o presente ajuda a desenhar o traçado do futuro. Será que, porque o destino da criança é crescer, precisamos fazer com que isso aconteça o mais rapidamente possível? Não faz o menor sentido pensar e agir assim. Seria a mesma coisa pensar que, já que vamos mesmo morrer, não faz o menor sentido viver, não é verdade? […] A criança deve ter o direito de ser criança enquanto pode. Deveríamos, todos, defender essa causa.”
Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 03/05/2011
“A quantidade de brasileiros com mais de 50 anos empregada cresceu 56%. Agora, ela constitui 22% do total da mão de obra no país.”
Revista Veja, 04/05/2011
8ª semana de 2011
1“Muitos jovens estão buscando outros rumos, abraçando a montanha-russa do empreendedorismo. Um número significativo de profissionais experientes persegue a mesma aventura. A motivação dos dois grupos é diferente: enquanto os mais jovens procuram a vertigem e o sucesso, os mais maduros frequentemente buscam apenas escapar do tédio e da frustração. Os riscos são consideráveis: as taxas de falência de novos negócios, próximas de 50%, atestam a distância entre o sonho e o feijão. […] Em lugar de se tornarem donos de seu tempo, veem-no esvair ainda mais rapidamente do que antes, a tentarem fazer frente a dezenas de tarefas, todas aparentemente urgentes. […] O momento os favorece e a vida nas pradarias do empreendedorismo tem seu charme: os horizontes são amplos e muitos caminhos continuam inexplorados. Porém, as chances de encontrar estrelas guias são escassas.”
Thomaz Wood Jr, Carta Capital – 23/02/2011
“Na última década, houve uma gigantesca evolução tecnológica dentro de uma mesma geração. Por isso, torna-se inconcebível pensar na ação formativa de crianças e jovens sem envolver as TICs (tecnologias de informação e comunicação).
Os educadores, que não experimentaram inicialmente essa vivência tecnológica, também se deparam com o desafio de entender o seu papel nesse contexto.
Computadores com acesso à internet já são realidade em boa parte das escolas. O sistema 1:1 -um computador para cada aluno ou jovem- começa a ser implementado, e os obstáculos de infraestrutura são lentamente superados. No entanto, o que para muitos era um jargão -“não basta ter acesso, é preciso saber o que fazer com a tecnologia”- hoje é a questão mais urgente a ser respondida. A tecnologia permite colocar pessoas em contato com pessoas e todas em contato com a informação, em qualquer tempo e de qualquer lugar. Este é o grande potencial das TIC’s na educação. No entanto, disponibilizar isso ao aluno, sem relacionar à sua formação, não tem valia.”
Adriana Martinelli Carvalho, Folha de S.Paulo – 21/02/2011
“Hoje, o carnaval se anuncia como um prenúncio de calamidade pública, uma ‘selva de epiléticos’, com massas se esmagando para provar nossa felicidade. A alegria natural do brasileiro foi transformada em produto. […] A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória.”
Arnaldo Jabor, O Estado de S.Paulo – 22/02/2011
“Herdeiros de uma sensibilidade romântica abastardada, acreditamos que a arte deve ser “autêntica”, e que a “autenticidade” consiste em abrir as comportas da alma, despejar os nossos “sentimentos” e “emoções” na via pública e, por via dessa catarse, nos libertarmos das nossas neuroses pessoais. Segundo essa doutrina, a arte não é arte, é terapia. Um romance não é um romance, é uma sessão de psicanálise por escrito. E o artista não é um artista, é como um doente mental que vive no asilo psiquiátrico e que pinta, ou escreve, por motivos estritamente terapêuticos, antes da medicação noturna. Visitar grande parte dos nossos museus, dos nossos palcos ou das nossas estantes é tropeçar continuamente nessas alegres pornopopeias. Tragicamente, Aronofsky e companhia ignoram que a arte não é questão de expressão ou repressão, mas de disciplina e sublimação.”
João Pereira Coutinho, Folha de S.Paulo – 21/02/2011
“À medida que blogs, YouTube, Orkut, Facebook e Twitter passaram a dar a qualquer indivíduo um grau de exposição antes reservado às celebridades, as portas e janelas de todos foram abertas para multidões de voyeurs declarados. Quem está conectado em casa passou a estar, ao mesmo tempo, na rua. E vice-versa. Onde quer que se esteja, os amigos sempre estão por perto. Muitas vezes, perto demais. E nem são tão amigos assim.”
Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 23/02/2011
“A música saiu da mão dos criadores e passou para a mão dos produtores. As grandes gravadoras que ainda existem, não apostam mais em diretores artísticos. Gostam mesmo é dos diretores de marketing. E o pior é que isso não acontece apenas no Brasil. É um fenômeno mundial. […] O problema é que os meios de comunicação desaprenderam a lidar com a música. […] O cara tem em casa meia dúzia de maquininhas eletrônicas maravilhosas, e ele mesmo produz seu disco, faz capa e mixa. Uma possível música do futuro, de qualidade, vai ser feita cada vez mais por esforços individuais. Tem de vir de baixo para cima, pois de cima para baixo não vem nada.”
Júlio Medaglia, 71, maestro, Revista Brasileiros – fevereiro de 2011
“Violência, uma anomalia social ou fruto da sociedade? As bases de definição de violência não são únicas como o senso comum prevê. Violência é um termo difícil de ser definido, pois, além de possuir muitas significações, é um termo subjetivo e que é entendido de várias maneiras dependendo do contexto social em que o sujeito vive. […] A sociedade está proliferada em todas as camadas da sociedade e nas mais diversas esferas. Crimes hediondos, falta de solidariedade e perversão da cidadania são alguns tipos de violência que acabam mostrando que o homem pós-moderno parece menosprezar-se. De maneira geral, são as crianças e jovens em pleno processo de formação de identidade e absorção de valores que acabam levando todo esse contexto de violência para si.”
Cecília Bernardes Francisco e Débora Lopes César, Revista Sociologia, fevereiro de 2011
“Sou um individualista-egoísta. Mão teria coragem de abdicar do meu conforto por um bem comum.”
Gilberto Braga, 65, novelista – Revista Marie Claire – fevereiro de 2011
“Depois de agir, examine o que fez e qual foi o resultado. É aqui que o aprendizado realmente ocorre. Refletir é algo fundamental – e funciona melhor se for uma prática regular. Reserve um tempo ao fim de cada dia, por exemplo (talvez no caminho de volta para casa). Que ações deram certo? O que poderia ser feito de forma diferente? Pense nas conversas que teve.”
Linda Hill e Kent Lineback, Harvard Business Review – fevereiro de 2011
6ª semana de 2011
0“Para mim, assim como para muitos outros, o Prêmio Nobel nunca foi um objetivo. A ciência é atrativa por si mesma. É fascinante descobrir coisas novas.”
Albert Fert, prêmio Nobel de Física de 2007, O Estado de S.Paulo – 06/02/2011
“O problema surge quando o jovem começa a migrar da vida real para a virtual e passa a negligenciar atividades comuns. Como esse uso excessivo não deixa sinais físicos, a diferenciação acaba sendo feita pelo prejuízo causado nas diversas áreas da vida, explica o psiquiatra Daniel Spritzer, coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (Geat), do Rio Grande do Sul. ‘A esfera escolar é geralmente a mais afetada, com uma marcada queda no rendimento’. […] Rosa Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, realiza um trabalho de orientação por e-mail a dependentes de internet e jogos eletrônicos e conta que o primeiro passo para a recuperação é identificar a dificuldade que levou ao uso abusivo. […] Proibir o uso do computador ou do videogame, diz Rosa, não é a solução. ‘O melhor que os pais podem fazer é ter uma atitude preventiva. Para isso é preciso conhecer as possibilidades do mundo virtual, aproximar-se do jovem, acompanhar o uso das tecnologias e ajudá-lo a discriminar o bom e o ruim’. […] Com os adolescentes é preciso manter o diálogo, explica a neuropsicóloga Adriana Foz. ‘O mundo digital oferece inúmeras oportunidades de desenvolvimento cognitivo, aprendizagem e diversão. Não temos como negar nem omitir, mas aprender a fazer um uso saudável e agregador’.”
Karina Toledo, O Estado de S.Paulo – 06/02/2011
“Arrogantes e prepotentes, nos transformamos no maior agente destruidor do nosso próprio habitat. […] Se nossos dirigentes e a sociedade como um todo se interessassem em entender a filosofia, a cultura e a inteligência dos povos indígenas, abortariam qualquer projeto que os ameaçasse. E poderíamos inaugurar novo paradigma de progresso.”
Cao Hamburger, 48, diretor de cinema, Folha de S.Paulo – 06/02/2011
“Temos atrapalhado o crescimento dos nossos filhos, esse é o fato. […]Pequenos deveres e responsabilidades, por exemplo, passam a recair sobre a criança. Novas dificuldades e exigências também fazem com que a criança tenha de exercitar o que antes não precisava, porque cabia ao adulto: paciência, esforço, concentração, espera, superação, entre outros. O que fazemos nessas horas? Em vez de apoiar a criança, encorajá-la nessa sua nova empreitada, ampará-la em seus inevitáveis, mas ainda pequenos sofrimentos, achamos necessário fazer tudo isso por ela. De quem é hoje a responsabilidade pela vida escolar dessas crianças? Delas? Dificilmente. São os pais quem tem assumido essa parte da vida por elas, devidamente incentivados pela escola e pela sociedade de uma maneira geral. […] Resultado? A criança permanece aprisionada nesse mundo ilusório e mágico em que sempre tudo termina bem -e nunca por sua própria intervenção. Desse modo, ela não cresce, não desenvolve o seu potencial, tampouco reconhece esse potencial, enfim: não se encontra. Melhor dizendo: ela se encontra sempre na condição de criança, até o dia em que terá de enfrentar o tédio que isso é.”
Rosely Sayão, psicóloga, Folha de S.Paulo – 08/02/2011
É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração. Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência. […] Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo. Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se.”
Nizan Guanaes, publicitário, Folha de S.Paulo – 08/02/2011
“A inclusão digital se torna, cada vez mais, uma questão cultural. […] Como qualquer pessoa que não se interessa por uma área da medicina ou do direito até que se torne vítima dela, eles nunca se importaram com o digital. Mas deram o azar de terem nascido em uma época que ele se tornou importante. Por causa disso, muitos vivem hoje em um mundo desconfortável e isolado, que não compreende o que fazem seus filhos, seus funcionários e o resto do planeta.”
Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 09/02/2011
“A dignidade tem a capacidade de transformar. Também a descoberta de uma identidade egípcia transcendendo as fronteiras religiosas e de classe. É fácil romantizar. Este momento não durará para sempre. A pobreza e o analfabetismo não vão desaparecer numa explosão de boa vontade.”
Roger Cohen, The New York Times/ O Estado de S.Paulo – 11/02/2011
“Por que ainda queremos dar aulas? O que nos leva a isso? Que sonho maluco! Ou seria uma maldição? Um carma? Cruz que se leva na vida? Um sonho que bate de encontro, a uma rocha. […] Um professor ganha menos de um centésimo de um deputado, senador, vereador e eles nem vão às sessões.”
Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S.Paulo – 11/02/2011
“Ultimamente, temos visto cada vez mais os jovens fugindo das decisões futuras e cada vez mais perdidos frente às escolhas de estudo e carreira. Ter um propósito na vida é psicologicamente saudável e mobiliza o sujeito numa direção, livrando-o da estagnação e dando sentido à sua existência, porém, este propósito não surge magicamente, ele é fruto de uma construção que só ocorre se os jovens possuem elementos para construí-lo, e duas coisas são fundamentais nesta estrutura: família (afeto) e estudo (experiências e aprendizados).”
Denise D’Aurea Tardelli, Revista Psique, Ciência & Vida – fevereiro de 2011
“O Brasil ganhou 81.620 novos empreendedores individuais em janeiro, em relação aos 27.656 registrados em igual período de 2010. O número representa uma média de 26.000 registros por dia e 16,3% da meta nacional de formalizar 500 mil empreendedores em 2011.”
Revista Época – 07/02/2011
Comentários