“Para mim, assim como para muitos outros, o Prêmio Nobel nunca foi um objetivo. A ciência é atrativa por si mesma. É fascinante descobrir coisas novas.”

Albert Fert, prêmio Nobel de Física de 2007, O Estado de S.Paulo – 06/02/2011

 

“O problema surge quando o jovem começa a migrar da vida real para a virtual e passa a negligenciar atividades comuns. Como esse uso excessivo não deixa sinais físicos, a diferenciação acaba sendo feita pelo prejuízo causado nas diversas áreas da vida, explica o psiquiatra Daniel Spritzer, coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (Geat), do Rio Grande do Sul. ‘A esfera escolar é geralmente a mais afetada, com uma marcada queda no rendimento’. […] Rosa Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, realiza um trabalho de orientação por e-mail a dependentes de internet e jogos eletrônicos e conta que o primeiro passo para a recuperação é identificar a dificuldade que levou ao uso abusivo. […] Proibir o uso do computador ou do videogame, diz Rosa, não é a solução. ‘O melhor que os pais podem fazer é ter uma atitude preventiva. Para isso é preciso conhecer as possibilidades do mundo virtual, aproximar-se do jovem, acompanhar o uso das tecnologias e ajudá-lo a discriminar o bom e o ruim’. […] Com os adolescentes é preciso manter o diálogo, explica a neuropsicóloga Adriana Foz. ‘O mundo digital oferece inúmeras oportunidades de desenvolvimento cognitivo, aprendizagem e diversão. Não temos como negar nem omitir, mas aprender a fazer um uso saudável e agregador’.”

Karina Toledo, O Estado de S.Paulo – 06/02/2011

 

“Arrogantes e prepotentes, nos transformamos no maior agente destruidor do nosso próprio habitat. […] Se nossos dirigentes e a sociedade como um todo se interessassem em entender a filosofia, a cultura e a inteligência dos povos indígenas, abortariam qualquer projeto que os ameaçasse. E poderíamos inaugurar novo paradigma de progresso.”

Cao Hamburger, 48, diretor de cinema, Folha de S.Paulo – 06/02/2011

 

“Temos atrapalhado o crescimento dos nossos filhos, esse é o fato. […]Pequenos deveres e responsabilidades, por exemplo, passam a recair sobre a criança. Novas dificuldades e exigências também fazem com que a criança tenha de exercitar o que antes não precisava, porque cabia ao adulto: paciência, esforço, concentração, espera, superação, entre outros. O que fazemos nessas horas? Em vez de apoiar a criança, encorajá-la nessa sua nova empreitada, ampará-la em seus inevitáveis, mas ainda pequenos sofrimentos, achamos necessário fazer tudo isso por ela. De quem é hoje a responsabilidade pela vida escolar dessas crianças? Delas? Dificilmente. São os pais quem tem assumido essa parte da vida por elas, devidamente incentivados pela escola e pela sociedade de uma maneira geral. […] Resultado? A criança permanece aprisionada nesse mundo ilusório e mágico em que sempre tudo termina bem -e nunca por sua própria intervenção. Desse modo, ela não cresce, não desenvolve o seu potencial, tampouco reconhece esse potencial, enfim: não se encontra. Melhor dizendo: ela se encontra sempre na condição de criança, até o dia em que terá de enfrentar o tédio que isso é.”

Rosely Sayão, psicóloga, Folha de S.Paulo – 08/02/2011

 

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração. Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência. […] Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo. Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se.”

Nizan Guanaes, publicitário, Folha de S.Paulo – 08/02/2011

 

“A inclusão digital se torna, cada vez mais, uma questão cultural. […] Como qualquer pessoa que não se interessa por uma área da medicina ou do direito até que se torne vítima dela, eles nunca se importaram com o digital. Mas deram o azar de terem nascido em uma época que ele se tornou importante. Por causa disso, muitos vivem hoje em um mundo desconfortável e isolado, que não compreende o que fazem seus filhos, seus funcionários e o resto do planeta.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 09/02/2011

 

“A dignidade tem a capacidade de transformar. Também a descoberta de uma identidade egípcia transcendendo as fronteiras religiosas e de classe. É fácil romantizar. Este momento não durará para sempre. A pobreza e o analfabetismo não vão desaparecer numa explosão de boa vontade.”

Roger Cohen, The New York Times/ O Estado de S.Paulo – 11/02/2011

 

“Por que ainda queremos dar aulas? O que nos leva a isso? Que sonho maluco! Ou seria uma maldição? Um carma? Cruz que se leva na vida? Um sonho que bate de encontro, a uma rocha. […] Um professor ganha menos de um centésimo de um deputado, senador, vereador e eles nem vão às sessões.”

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S.Paulo – 11/02/2011

 

“Ultimamente, temos visto cada vez mais os jovens fugindo das decisões futuras e cada vez mais perdidos frente às escolhas de estudo e carreira. Ter um propósito na vida é psicologicamente saudável e mobiliza o sujeito numa direção, livrando-o da estagnação e dando sentido à sua existência, porém, este propósito não surge magicamente, ele é fruto de uma construção que só ocorre se os jovens possuem elementos para construí-lo, e duas coisas são fundamentais nesta estrutura: família (afeto) e estudo (experiências e aprendizados).”

Denise D’Aurea Tardelli, Revista Psique, Ciência & Vida – fevereiro de 2011

 

“O Brasil ganhou 81.620 novos empreendedores individuais em janeiro, em relação aos 27.656 registrados em igual período de 2010. O número representa uma média de 26.000 registros por dia e 16,3% da meta nacional de formalizar 500 mil empreendedores em 2011.”

Revista Época – 07/02/2011