“O empreendedorismo, hoje, está na moda. No entanto, abrir um negócio não é a única opção para extravasar esse seu perfil. Você pode trabalhar em uma companhia e mesmo assim ter atitude de dono de empresa. É o que chamamos de empreendedorismo corporativo. Cada vez mais, as organizações estão buscando funcionários com esse tipo de talento: pessoas que idealizam um novo produto ou processo e movem mundos e fundos para colocar sua ideia em prática valem ouro no mercado.”

Tales Andreassi, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013

 

“A nossa classe média é singularmente perversa e infantilizada, apenas por ser o suporte social mais típico de uma visão de mundo narcísica que transforma exploração em generosidade impedindo todo aprendizado possível e toda crítica. Mas a cegueira e o atraso da consciência moral comprometem a sociedade como um todo.”

Jessé de Souza, “O Estado de S.Paulo” – 19/05/2013

 

“É um fluxo perverso: muitas vezes, os médicos com formação frágil acabam atendendo justamente as populações mais necessitadas. Uma medicina pobre para pobres.”

Mário Scheffer, “O Estado de S.Paulo” – 19/05/2013

 

“ ‘Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira’. A conhecida abertura de ‘Anna Kariênina’ já se integrou ao senso comum entre os leitores de romances. A felicidade é um clichê; só a infelicidade é singular. Nem sempre. Nas guerras, nas ditaduras, nas crises de desemprego, a experiência da dor também segue um padrão previsível. […] Questionar a desvalorização da vida, a atitude no trânsito, o porte de armas, o machismo, o descaso com segurança nos eventos, a insegurança pública e a justeza das punições são atos que alimentam o debate da nossa pobre cidadania. […] Cobrar maior eficiência e rigor do Estado no enfrentamento das transgressões e delitos menores, maior equidade na distribuição da justiça parece ser mais eficiente na prevenção de novas tragédias violentas e no combate a impunidade que alterar a maioridade penal. Precisamos evitar promover a barbárie com a boa intenção de combatê-la.”

Maria Rita Kehl/Paulo Fernando de Souza, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013

 

“Meu câncer foi na vesícula, e aconteceu muito pelo fato de eu ter protelado a retirada da mesma. Sempre tinha uma novela para fazer, uma viagem incrível depois da novela e depois mais novelas e mais viagens… Como? Não existe viagem mais incrível do que estar viva e com saúde. Mas isso eu não tinha a capacidade de enxergar, porque, sem querer, me acreditava imortal. Nós vamos vivendo e nem percebemos o tempo passar. Não enxergamos nossa vulnerabilidade, ou não queremos enxergá-la. Clichê? Sim, mas é a pura verdade.”

Betty Lago, “Folha de S.Paulo” – 19/05/2013

 

“A permissão do aborto e do casamento gay será muito difícil, senão impossível, pois são temas tabus, que chocam milhões de pessoas. Para ser sincera, considero o aborto e o homossexualismo reflexo da civilização egoísta, materialista e consumista em que vivemos. São temas pouco relevantes numa revolução religiosa.”

Karen Armstrong, “Revista Época” – 20/05/2013

 

“Os professores simplesmente tendem a exagerar a importância de suas atividades pessoais, como se fossem a ‘força’ central que impele o mundo.”

Isaiah Berlin, “Folha de S.Paulo” – 20/05/2013

 

“Nossas escolas estão muito mais interessadas na competitividade, no planejamento do professor, mesmo que seja burocrático, na massificação, tanto dos docentes quanto dos alunos.”

Rosely Sayão, “Folha de S.Paulo” – 23/05/2013

 

“Pense em todas as tecnologias descobertas e popularizadas nos últimos 200 anos e seu potencial impacto sobre a educação. […] Talvez a internet seja a revolução mais importante de todas, mas ela certamente vem num contínuo tecnológico em que as distâncias e os tempos são encurtados. Durante todas essas disrupções tecnológicas, a educação não só continuou a funcionar como melhorou: nunca antes na história deste planeta tantas pessoas tiveram acesso ao conhecimento quanto hoje.”

Gustavo Ioschpe, “Revista Veja” – 22/05/2013

 

“A modernidade é sedenta de técnicas de controle de si (dietas, prescrições, treinos, meditações etc.). Há menos controle externo (religioso ou político) sobre nossa vida; aumenta a necessidade de controle que nós mesmos exerceríamos sobre nós. Nessa tarefa, a ajuda de drogas e remédios é bem-vinda -para controlar nossa vida cotidiana, conter a tristeza, as variações de humor, a ansiedade, a preocupação etc. […] Queremos remédios como formas de controle e poder sobre nós mesmos.”

Contardo Calligaris, “Folha de S.Paulo” – 23/05/2013

 

“São muitos os problemas sociais, econômicos e políticos gerados pela lógica que incentiva a dominação, a ganância e a agressão em detrimento da empatia, do cuidado e da colaboração”.

Jennifer Siebel Newesom, 38, cineasta americana – “Revista Claudia” – maio de 2013