“O cansaço é maior quando a gente faz aquilo que não gosta. Não tem sido muito pesado, não. Já fiz teatro, TV e filme ao mesmo tempo. Diante desse passado, minha vida está leve agora. A melhor coisa é fazer nada. Vou ao teatro, cinema, leio, ando na praia, viajo com meus filhos e netos e arrumo gavetas. É ótimo ficas bestando completamente, jiboiando como se diz.”

Fernanda Montenegro, 83, atriz, O Estado de S.Paulo – 09/06/2013

 

“O número de americanos que estão se matando atingiu um nível sem precedentes. No período de 1999 a 2010, o suicídio de americanos entre 35 e 64 anos de idade cresceu quase 30%. Mais pessoas nos Estados Unidos morrem hoje pelas próprias mãos do que em acidentes de carro. Entre homens na faixa dos 50 anos, a taxa de suicídio cresceu 50%.”

Lee Siegel, O Estado de S.Paulo – 09/06/2013

 

“A coisa é a seguinte: escrever ou não escrever poesia não é coisa que se decida. Na verdade, sempre que termino de escrever um livro de poemas, tenho a impressão de que não vou escrever mais, de que a fonte secou. […] Creio que isso se deve ao fato de que não planejo nada, muito menos meus livros de poemas. De repente, descubro um tema novo, um veio que passo a explorar até esgotá-lo. Isso demora anos, porque, também, ao concluir cada poema, tenho a impressão de que o veio se esgotou. […] Sempre digo que meus poemas nascem do espanto, ou seja, de algo que põe diante de mim um mundo sem explicação. É essa perplexidade que me faz escrever.”

Ferreira Gullar, Folha de S.Paulo – 09/06/2013

 

“Dos 260 mil inscritos até agora na Jornada Mundial da Juventude, a maioria são mulheres (55,32%). Peregrinos entre 19 e 24 anos respondem por 35% das inscrições. Os maiores de 65 anos não são nem 1%.”

O Globo – 09/06/2013

 

“O mundo de hoje está aterrorizado. E a economia não está florescente. Isto leva a um enclausuramento.”

Carla Bruni, O Globo – 09/06/2013

 

“A reportagem de qualidade é sempre substantiva. O adjetivo é o adorno da desinformação, o farrapo que tenta cobrir a nudez da falta da apuração. […] Uma imprensa ética sabe reconhecer os seus erros. As palavras podem informar corretamente, denunciar situações injustas, cobrar soluções. Mas podem também esquartejar reputações, destruir patrimônios, desinformar. Confessar um erro de português ou uma troca de legenda é fácil. Mas admitir a prática de prejulgamento, de engajamento ideológico ou de leviandade noticiosa exige pulso e coragem moral. Reconhecer o erro, limpa e abertamente, é condição da qualidade e, por isso, um dos alicerces da credibilidade.”

Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S.Paulo – 10/06/2013

 

“A lição assustadora da psicologia social é a de que o ser humano pode passar por cima de suas convicções e de várias barreiras morais se for devidamente compelido por seus pares. E nem precisa ser uma pressão muito intensa.”

Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo – 11/06/2013

 

“Nunca nos livraremos de jovens desajustados que montam bombas caseiras ou fanáticos empunhando machadinha. Não há absolutamente nada que possamos fazer para evitar isso. Podemos minorar a letalidade dessas pessoas controlando a circulação de armas, e só. O verdadeiro problema é termos chegado à situação de todo um país entrar em pânico quando se associa um crime comum à palavra ‘terrorismo’. […] A insegurança da submissão voluntária ao controle contínuo de alguém que reforça sua autoridade alimentando-se de nossos medos. A insegurança do fim da vida privada.”

Vladimir Safatle, Folha de S.Paulo – 11/06/2013

 

“Aqui, a tradição é entrar na iniciação científica em um laboratório e continuar nele durante o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado. E a tendência é a pessoa se aprofundar cada vez mais em um único assunto. Com isso, formamos jovens cientistas bitolados, tudo o que eles sabem é pensar em detalhes daquele único assunto que vêm desenvolvendo desde a iniciação científica. Além disso, a política de contratação nas universidades privilegia os ex-alunos. Criam-se colônias sem diversidade.”

Suzana Herculano-Houzel, Folha de S.Paulo – 11/06/2013

 

“A criança costuma dar sinais claros de que ela quer aprender a usar o banheiro. Os pais não precisam se preocupar tanto. O que não podemos é antecipar o processo. […] Quando ela pergunta do uso do banheiro, pede para ir, quer ficar por lá mais tempo, por exemplo. Quanto mais natural for o processo, melhor para a criança. Os pais não devem atrapalhar. Para isso, precisam munir-se de calma e paciência. A criança nem sempre vai acertar, e, mesmo depois de os pais acharem que ela já aprendeu, ela vai querer usar o banheiro quando tiver vontade, não quando os pais quiserem. E mais: ganhar prêmios por fazer a coisa que os pais julgam certa confunde a criança.”

Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 11/06/2013

 

“Como as bandas de jazz, as empresas precisam de regras básicas para operar, de forma que cada profissional possa, no momento correto, improvisar e criar.”

Thomaz Wood Jr., Carta Capital, 12/06/2013

 

“Somos anjos e demônios. Viver na internet tem um perigo: nós mesmos.”

Manuel Castells, Folha de S.Paulo – 13/06/2013