“O horror humano no Haiti – com corpos de crianças abandonados nas ruas de Cap-Haitien, hospitais apinhados de pacientes com diarreia crônica, e cadáveres desidratados sendo transportados em carrinhos de mão – não terminará enquanto a comunidade internacional mantiver a mesma abordagem no combate à epidemia de cólera que já matou 1.186 e deixou 49.418 mil infectados em um mês. O alerta foi feito ontem ao Estado pelo chefe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, o italiano Stefano Zannini, num tom de desabafo e frustração. A ONG diz que respo0nde por 85% de todos os atendimentos de casos de cólera no país. […] Na quarta-feira, o MSF havia lançado um alerta sobre o esgotamento físico e emocional de suas equipes. ‘A carga de trabalho é estressante. Não é fácil trabalhar com o cheiro, o barulho e a pressão de tantos doentes. Estamos trabalhando 24 horas por dia. Estamos sobrecarregados’, disse Zannini.”

João Paulo Charleaux, O Estado de S.Paulo – 20/11/10

 

“Não devíamos tentar impor nada. O melhor caminho para dar nossa opinião é mostrar e expor. Se for de forma artística, melhor. Quando um tema é importante, deve-se deixar que flua. […]

O ser humano pode se tornar um mostro quando o assunto é sobreviver. Mas o fato é que também encontra formas de amar. E esta é a luta deste casal. Porque o amor é necessário. Amar, afinal, também é uma questão de sobrevivência.”

Ricardo Darín, 53, ator argentino, O Estado de S.Paulo – 20/11/10

 

“Am maneira como lidamos com o tempo também tem a ver com respeito pelo outro. Gente sempre cricri com horário é chata. Mas gente que vive atrasada é insuportável. Tudo bem, a vida não é uma Suíça, imprevistos acontecem, mas o equilíbrio faz bem. O que faz alguém pensar que o tempo do outro não é importante? Para muitos, tempo é dinheiro. E, mais que isso, tempo é sinônimo de consideração.”

Tania Menai, Revista TPM – novembro de 2010