Prateleira
- 13 de janeiro de 2015
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Desde 1968
Em recente viagem à região Sul do país, chamou minha atenção a frequência com que a expressão “desde tal ano” aparece junto ao nome de estabelecimentos: açougues, hotéis, bares, imobiliárias, lojas, clubes, escolas, firmas de advocacia, barraca de vendedor de comida e algumas igrejas luteranas quase centenárias.
Embalagens de conhecidas marcas também ostentam a expressão, como o Sabonete Phebo [“desde 1930”]. Organizações e empresas longevas fazem questão de divulgar a sua idade em seus sites institucionais, tais como a caneta Parker [iniciada em 1888 e cuja história vale a pena conhecer] e a Universidade Federal de Viçosa, com 85 anos.
“Desde tal ano” diz algo sobre os empreendimentos. Primeiramente, que ele sobreviveu, o que seria uma informação banal não fossem as estatísticas relacionadas ao grau de mortalidade ou taxa de sobrevivência das empresas. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 4,5 milhões de empresas que estavam ativas no Brasil em 2011, 854 mil fecharam as portas no ano seguinte - um total de 19%. Ainda de acordo com o estudo, as empresas brasileiras sobrevivem, em média, 10 anos.
A Editora Ultimato, que celebra 47 anos hoje (dia 13 de janeiro de 2015), está entre as sobreviventes. A edição de janeiro/fevereiro de Ultimato traz estampada a expressão “Desde 1968”, uma forma que comunicar a longevidade associada à novidade (novo projeto gráfico).
Os fundadores da revista foram meu pai, Elben, na época com 38 anos, e minha mãe, Djanira, com 36. Como alguém que está há 22 anos na Editora, integrante da segunda geração, arrisco-me a listar três fatores que nos trouxeram até aqui, alguns dos quais correspondem aos diagnósticos feitos por especialistas em longevidade organizacional: fidelidade à missão, capacidade de adaptação e relevância.
A missão de Ultimato sempre foi muito clara, simples, sem rebuscamento. O que moveu os fundadores no início – “repartir” a riqueza obtida por meio da leitura das Escrituras aplicada à realidade – permanece vivo entre nós. A missão está enraizada no Conselho de Sócios, nos membros da segunda e da terceira geração, no corpo executivo e em toda Equipe da Editora. Sua versão oficial e as decorrências e derivações dela estão espalhadas pelo escritório (em memoriais, na tela de computadores, em quadros de avisos). Falamos sobre ela com muita frequência.
Mais recentemente cumprimos a tarefa de escrever a nossa visão. Depois de algumas tentativas de lhe dar um tom mais empresarial – sem sucesso – voltamo-nos para a missão e a transformamos em visão.
É isto que nos move, que nos inspira, estratégica e cotidianamente, e se transforma em produtos, serviços, ações ministeriais, parcerias; que dá o tom do atendimento aos leitores; à política comercial, de Gestão de Pessoas; que nos orienta para o futuro.
Se, por um lado, a firmeza em nos manter ligados a um chamado nos favoreceu a longevidade, por outro, a capacidade de adaptar-se tem sido uma característica de Ultimato. Os principais marcos de mudanças “visíveis” podem ser conferidos na linha do tempo de Ultimato. Muitas delas são decorrentes da necessidade de adaptação às condições externas; outras, da atualização dos meios do cumprimento de nossa missão. Muitas não estão expressas nos produtos, mas nem por isso são menos importantes: são aqueles referentes aos sistemas administrativos, de governança e de logística, da incorporação de novas tecnologias disponíveis.
Um terceiro e grande desafio é continuar sendo relevante. Sem relevância não há sobrevivência, nem motivo para tal. O conteúdo que a Editora produz ou divulga – e a forma como o faz – ainda inspira e desafia. Ainda fala aos corações e às mentes. Ainda “evangeliza e edifica”.
O “desde” diz muito sobre uma empresa ou organização. Simboliza sua aprovação nos testes a que foi submetida ao longo dos anos: honrar seus objetivos, adaptar-se para responder aos desafios internos e externos e manter relevância no seu campo de atuação.
Mas há outro aspecto – ignorado pelos especialistas – e para nós o mais determinante deles. Temos plena convicção de que a sustentabilidade – entendida de forma ampla – vem, em última análise (e primeira), de Deus. A provisão mensal dos recursos, a contribuição voluntária dos articulistas da revista e do portal, a aproximação de autores dos livros, o apoio de amigos, os talentos incorporados à Equipe (que durante muitos anos foi composta apenas de três pessoas; hoje somos mais de 30 pessoas, além de cinco estagiários), a perseverança, a revisão de marcos, o aprendizado para a escuta e discernimento das críticas, a apoio de igrejas e organizações, as parcerias, as ideias, o preparo formal e informal da equipe, a ajuda de conselheiros (consultores), a inspiração, o livramento de doenças ou a saudável convivência com elas, a persistência, a obediência, os não desvios, a alegria nos dias difíceis (dificuldades de todas as naturezas): tudo veio do Senhor!
Por isso, a cada ano, na celebração de aniversário o que nos vem à mente é a experiência de um milagre. E, aqui entre nós, que temos mais conhecimento de nossas fragilidades (isto é uma história a ser contada outro dia), o milagre da sobrevivência se torna ainda mais evidente! Se Deus quiser, em 2018, nos 50 anos, poderemos continuar lembrando: “desde 1968”!
Embalagens de conhecidas marcas também ostentam a expressão, como o Sabonete Phebo [“desde 1930”]. Organizações e empresas longevas fazem questão de divulgar a sua idade em seus sites institucionais, tais como a caneta Parker [iniciada em 1888 e cuja história vale a pena conhecer] e a Universidade Federal de Viçosa, com 85 anos.
“Desde tal ano” diz algo sobre os empreendimentos. Primeiramente, que ele sobreviveu, o que seria uma informação banal não fossem as estatísticas relacionadas ao grau de mortalidade ou taxa de sobrevivência das empresas. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 4,5 milhões de empresas que estavam ativas no Brasil em 2011, 854 mil fecharam as portas no ano seguinte - um total de 19%. Ainda de acordo com o estudo, as empresas brasileiras sobrevivem, em média, 10 anos.
A Editora Ultimato, que celebra 47 anos hoje (dia 13 de janeiro de 2015), está entre as sobreviventes. A edição de janeiro/fevereiro de Ultimato traz estampada a expressão “Desde 1968”, uma forma que comunicar a longevidade associada à novidade (novo projeto gráfico).
Os fundadores da revista foram meu pai, Elben, na época com 38 anos, e minha mãe, Djanira, com 36. Como alguém que está há 22 anos na Editora, integrante da segunda geração, arrisco-me a listar três fatores que nos trouxeram até aqui, alguns dos quais correspondem aos diagnósticos feitos por especialistas em longevidade organizacional: fidelidade à missão, capacidade de adaptação e relevância.
A missão de Ultimato sempre foi muito clara, simples, sem rebuscamento. O que moveu os fundadores no início – “repartir” a riqueza obtida por meio da leitura das Escrituras aplicada à realidade – permanece vivo entre nós. A missão está enraizada no Conselho de Sócios, nos membros da segunda e da terceira geração, no corpo executivo e em toda Equipe da Editora. Sua versão oficial e as decorrências e derivações dela estão espalhadas pelo escritório (em memoriais, na tela de computadores, em quadros de avisos). Falamos sobre ela com muita frequência.
Mais recentemente cumprimos a tarefa de escrever a nossa visão. Depois de algumas tentativas de lhe dar um tom mais empresarial – sem sucesso – voltamo-nos para a missão e a transformamos em visão.
É isto que nos move, que nos inspira, estratégica e cotidianamente, e se transforma em produtos, serviços, ações ministeriais, parcerias; que dá o tom do atendimento aos leitores; à política comercial, de Gestão de Pessoas; que nos orienta para o futuro.
Se, por um lado, a firmeza em nos manter ligados a um chamado nos favoreceu a longevidade, por outro, a capacidade de adaptar-se tem sido uma característica de Ultimato. Os principais marcos de mudanças “visíveis” podem ser conferidos na linha do tempo de Ultimato. Muitas delas são decorrentes da necessidade de adaptação às condições externas; outras, da atualização dos meios do cumprimento de nossa missão. Muitas não estão expressas nos produtos, mas nem por isso são menos importantes: são aqueles referentes aos sistemas administrativos, de governança e de logística, da incorporação de novas tecnologias disponíveis.
Um terceiro e grande desafio é continuar sendo relevante. Sem relevância não há sobrevivência, nem motivo para tal. O conteúdo que a Editora produz ou divulga – e a forma como o faz – ainda inspira e desafia. Ainda fala aos corações e às mentes. Ainda “evangeliza e edifica”.
O “desde” diz muito sobre uma empresa ou organização. Simboliza sua aprovação nos testes a que foi submetida ao longo dos anos: honrar seus objetivos, adaptar-se para responder aos desafios internos e externos e manter relevância no seu campo de atuação.
Mas há outro aspecto – ignorado pelos especialistas – e para nós o mais determinante deles. Temos plena convicção de que a sustentabilidade – entendida de forma ampla – vem, em última análise (e primeira), de Deus. A provisão mensal dos recursos, a contribuição voluntária dos articulistas da revista e do portal, a aproximação de autores dos livros, o apoio de amigos, os talentos incorporados à Equipe (que durante muitos anos foi composta apenas de três pessoas; hoje somos mais de 30 pessoas, além de cinco estagiários), a perseverança, a revisão de marcos, o aprendizado para a escuta e discernimento das críticas, a apoio de igrejas e organizações, as parcerias, as ideias, o preparo formal e informal da equipe, a ajuda de conselheiros (consultores), a inspiração, o livramento de doenças ou a saudável convivência com elas, a persistência, a obediência, os não desvios, a alegria nos dias difíceis (dificuldades de todas as naturezas): tudo veio do Senhor!
Por isso, a cada ano, na celebração de aniversário o que nos vem à mente é a experiência de um milagre. E, aqui entre nós, que temos mais conhecimento de nossas fragilidades (isto é uma história a ser contada outro dia), o milagre da sobrevivência se torna ainda mais evidente! Se Deus quiser, em 2018, nos 50 anos, poderemos continuar lembrando: “desde 1968”!
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