Posts tagged política

19 de dezembro de 2010

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“Existem outras maneiras, além do aumento salarial, de manter um funcionário. As empresas que não trabalham com a felicidade de sua mão de obra vão ter inflação do salário dos melhores profissionais.”

Fernando Montero, consultor da Human Brasil, Folha de S.Paulo – 19/12/2010

 

“O elo entre trabalho, espiritualidade e amor claramente precisa de uma reinvenção.”

Rosabeth Moss Kanter, professorship da Harvard Business School, nos EUA. Harvard Businness Review – dezembro de 2010

 

“O aumento aprovado é tão desproporcional que passaram a ganhar mais do que congressistas de todos os países relevantes. […] A obscenidade fica ainda mais revoltante porque revela características indeléveis do ser brasileiro. Não por acaso, é no Brasil que se dá a maior diferença entre o salário do congressista e a renda média da população (20 vezes praticamente, contra 4,4 vezes na Argentina, para ficar apenas na vizinhança). […] A velocidade supersônica com que aprovaram o autoaumento de cerca de R$ 10 mil contrasta brutalmente com as letárgicas discussões em torno de um reajuste de R$ 10 (e não de R$ 10 mil) para o salário mínimo.

Clóvis Rossi, Folha de S.Paulo – 19/12/2010

 

“O triste é que essas crianças que crescem conhecendo o mundo todo perdem a capacidade de desejar, de sonhar. Estou cansada de ver uma garotada sem vontade de nada, pois já tiveram tudo, desde cedo; entendem de sushi, conhecem as grifes, possuem todos os iPads e iPods do mundo e não conseguem se deslumbrar com mais nada.”

Danuza Leão, Folha de S.Paulo – 19/12/2010

17 de dezembro de 2010

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“‘A boa madeira não cresce em sossego; quanto mais forte os ventos, mais resistentes são as árvores’. Liderança não se improvisa. Marina Silva é a imagem viva de um evento raro em qualquer tempo ou nação: o despontar de uma liderança política calcada na força de um compromisso ético e movida pela fé na capacidade humana de superar obstáculos. Sonhadora dada a desafios, Marina é a síntese improvável de muitos contrários. Nela se combinam desambição e vontade de servir; utopia e pragmatismo; saberes tradicionais e ciência; convicções enraizadas e disposição de ouvir e aprender sempre; simplicidade e cultivo; discrição e autoridade; despojamento e sofisticação; sentido de missão e avidez de conhecimento.”

Eduardo Giannetti, economista, escritor, professor do Insper São Paulo, Revista Época, 13/12/2010

 

“A América Latina é uma região em que vimos surgir várias presidentes mulheres nos últimos tempos: Cristina Fernández de Kirchner (Argentina), Laura Chinchilla (Costa Rica) e agora Dilma Rousseff. Para uma ex-presidente latino-americana, como eu, é uma tremenda alegria o triunfo de mais uma mulher em nossa região. E uma mulher com as condições, a qualidade de liderança e outros talentos que Dilma Rousseff tem. […] A América Latina está demonstrando seguir o caminho de outras regiões do mundo em que mulheres podem comandar governos democráticos, participativos e preocupados com sua gente.”

Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e diretora da agência ONU Mulheres, Revista Época, 13/12/2010

 

“Enquanto arcar com parte desproporcional das responsabilidades do lar, a mulher corre o risco de se esgotar e tem acesso limitado a coisas que desenvolvem a capacidade de liderança, como projetos especiais, viagens, associações profissionais e atividades cívicas”.

Rosabeth Moss Kanter, professorship da Harvard Business School, nos EUA. Harvard Businness Review – dezembro de 2010

16 de dezembro de 2010

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“No Brasil, ser político é coisa para profissional. Se a sociedade não protestar, os salários dos congressistas continuarão a subir. […] Ser político é uma forma de ascensão social, não uma atividade episódica.”

Fernando Rodrigues, Folha de S.Paulo – 16/12/2010

 

“Não sei o quanto as pessoas estão atentas, mas uma nova moral está nascendo. Não é um fenômeno local, senão global. Os conceitos de certo e errado estão em franca mutação. E essa mudança não está surgindo porque os ‘inimigos’ estão tomando conta da situação. Essa mudança está surgindo do próprio âmago da nossa sociedade, civil e civilizada. Vejamos os ultrajovens, nossos filhos com menos de 20, 15 ou 10 anos de idade. Eles usam a internet para viver a vida e fazem coisas como baixar, sem pagar, músicas, filmes e seriados de TV como quem bebe um copo d’água. Não veem nada de errado nisso. Baixam de sites que permitem baixar. Sinceramente, não acho que isso seja uma mera continuação da Lei de Gerson, que manda tirar vantagem de tudo. Não é uma falta de moral, mas sim uma nova moral que se desenvolve, que precisamos entender, senão aceitar. Os ultrajovens, que dormem com seus celulares e publicam coisas na internet, fazem seus trabalhos de escola na base do ‘mash-up’ (misturam conteúdos que produzem com fotos, filmes ou textos que foram feitos por outras pessoas, conhecidas ou não). Tudo tirado da web. Se há honestidade intelectual nisso, ou seja, se ninguém está meramente fingindo ser o autor do conteúdo autoral de um terceiro, ok, acho que é simplesmente o modus operandi dos ultrajovens, que serão adultos amanhã de manhã. Precisamos rever o conceito do que seja honestidade intelectual. E do que seja honestidade, afinal.

Márion Strecker, Folha de S.Paulo – 16/12/2010

 

“Proibir as saídas noturnas e o uso prolongado de computador é ótimo e necessário, mas a autoridade que forma o caráter de um jovem não é só a que diz não às suas vontades; é também a que o autoriza a dizer sim na hora daquelas escolhas de vida que são custosas e decisivas e diante das quais é fácil amarelar.”

Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo – 16/12/2010

15 de outubro de 2010

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“Nunca me encantei pelo sonho de casar de branco ou pela ideia de que o grande dia deveria ser ‘o mais feliz’ da minha vida. Mas perguntei a várias amigas minhas solteiras sobre essa questão e uma delas me deu uma resposta verdadeira e esclarecedora: a fantasia do dia do casamento é a de que ele representa a inegável verdade pública de que você foi escolhida. Então, durante esse dia, você é a criatura mais valiosa do mundo – um tesouro, uma princesa, um prêmio. Para muitas mulheres, que nunca se sentiram escolhidas, desejadas ou preciosas, esse é um sonho inabalável. E temo que muitas delas prefiram a cerimônia ao casamento em si. Parece um preço alto a pagar, mas ele vem de um profundo e triste desejo de ser amada e ganhar uma prova de que é valiosa.”

Elizabeth Gilbert, 41, escritora, Revista Marie Claire – outubro de 2010

 

“Pela porta do fanatismo passam todos os tipos de irracionalidades como preconceitos, desejo de calar o outro, investigações alopradas, boatos etc. E resolver a situação do país? Isso alfabetizados não se preocupam.

A imensa desigualdade social vira pó e a TV só mostra obras maquiadas. A propaganda, aquela que oferece ideias, morreu. Vicejou a publicidade, a venda de produtos. Os marqueteiros nos vendem qualquer um de maneira tão surpreendente que talvez esses candidatos mal se reconheçam diante do espelho.”

Hugo Possolo, 48, dramaturgo, Folha de S.Paulo – 15/10/2010

 

“Dilma parece disposta a fazer todas as concessões ao lobby religioso, o que é grave. Mas foi Serra quem arrastou esse cortejo do atraso para o centro da disputa política. Ao vestir a fantasia do neocarola, o tucano age mais ou menos como aqueles que acusavam FHC de ser ateu há um quarto de século”.

Fernando de Barros e Silva, Folha de S.Paulo – 15/10/2010

11 de outubro de 2010

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“Há motivos para votar ou não votar em Dilma ou em Serra. E não é a religião que os distingue. É inacreditável que uma manobra tão primária ofenda o Estado laico e o eleitor inteligente. Dilma não é uma feiticeira do século XXI. Mas, com medo, posa de carola, refém de padres e pastores. Nossos candidatos agora são verdes e beatos desde criancinhas. Com isso, traem suas convicções. Provavelmente, veremos Serra e Dilma rezando no próximo debate. Haja fé.”

Ruth de Aquino, Revista Época, 11/10/2010

 

“Quando você rotula as pessoas, você perde a oportunidade de dialogar com elas.”

Marina Silva, Revista Época, 11/10/2010

10 de outubro de 2010

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“Durante muito tempo, nas décadas de 60 e 70, a escolaridade ficou estagnada. A partir do final dos anos 80, começa a evolução. Como os mais ricos já estavam com escolaridade bastante elevada o aumento foi impulsionado pelos mais pobres. Em 2009, tínhamos 40% da população com 22 anos de idade completando esse nível de ensino. Em 2001, esse percentual não chegava a 25%. É um avanço bem rápido. […] O que faz a grande diferença agora é ter pós-graduação: o ganho é de 4,3 vezes no salário em relação a quem é apenas graduado. É importante lembrar que esses dados são médias e não refletem a situação em todas as profissões.”

Naércio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

 

“O tema do aborto não foi trazido ao debate político para ser esclarecido e debatido a sério. Ninguém o propôs abertamente. Surgiu sub-repticiamente, por oportunismo eleitoral. E tem merecido uma resposta não menos oportunista.”

Sergio Fausto, diretor executivo do iFHC, é membro do GACINT-USP, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

 

“Ainda hoje, a esquerda se sente órfã, necessitada de diretrizes ideais. Se o comunismo se revelou impossível, em nome de que deveríamos continuar lutando?”

Gianni Vattimo, filósofo e político italiano, é um dos expoentes do pós-modernismo europeu, Estado de S.Paulo – 10/10/2010

04 de outubro de 2010

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“Há uma evidente contradição em entrar naquela cabine do século 21 e fazer surgir na tela o nome e a imagem do Tiririca, não? (Não que ele seja o pior.)
O país tem recursos inimagináveis em energia e ferramentas de última geração para explorá-los. Mas os ministérios a que tais riquezas se subordinam, de alta especialidade, são entregues a políticos profissionais de quem se duvida que saibam extrair uma raiz quadrada. Nossas favelas têm computadores, TVs de plasma, gatonet e microondas, mas não têm esgoto.”

Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 04/10/2010

 

“Reaparecem teimosamente as eternas tentações de pessoas e grupos se julgarem acima de tudo e de todos, usurpando um poder que não lhes pertence.
O único poder reconhecido pelo Evangelho é o do serviço ao bem comum.”

Dom Fernando A. Figueiredo, Folha de S.Paulo, 04/10/2010

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