29ª semana de 2013
“A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.”
Ferreira Gullar, Folha de S.Paulo – 14/07/2013
“A ética aprendida pelos nossos políticos, que a repetem automaticamente, é a que favorece a legislação em causa própria. Desaprender tal comportamento sob pressão das ruas é bom, mas insuficiente para mudar a face de um país submetido à truculência dos que deveriam apenas representar o povo soberano.”
Roberto Romano, O Estado de S.Paulo – 14/07/2013
“A fotografia foi a forma que encontrei de conectar o mundo com o que mais gosto. Através da fotografia pretendo inspirar as pessoas a desacelerar. Às vezes é preciso mudar hábitos para perceber a beleza que nos cerca. […] Quem não enxerga o próprio redor dificilmente vai se importar com um lugar distante.”
Marina Klink, O Estado de S.Paulo – 14/07/2013
“A vida está tão corrida que as pessoas querem ver algo leve, ágil no cinema. Fora disso é mais difícil dar público.”
Marcelo Adnet, O Estado de S.Paulo – 15/07/2013
“96% das pessoas veem TV no Brasil, segundo dados do Ibope – 43% desse universo vê televisão enquanto navega na internet, sendo que 29% comentam nas redes sociais sobre o conteúdo visto.”
Cristina Padiglione, O Estado de S.Paulo – 15/07/2013
“Medito todos os dias. Apesar de falar muito, escuto muito bem também.”
Cissa Guimarães, O Estado de S.Paulo – 15/07/2013
“Cientistas ligados à World Happiness Database, em Roterdã, Holanda mergulharam num estudo universal para entender as chaves da felicidade. A maior delas é exatamente ‘viver uma vida ativa’. Para ser feliz e ter uma vida recompensadora, diz o professor universitário Ruut Veenhoven, coordenador da pesquisa, é preciso ser atuante, na vida profissional e pessoal. ‘Envolvimento é mais importante para a felicidade do que sabedoria. Ser ativo é um pré-requisito mais poderoso para a felicidade do que entender o porquê das coisas, saber por que estamos aqui.’ Engajamento político e interesses pessoais ajudam a evitar tristeza e ódio, inércia e depressão, diz a pesquisa.”
Ruth Aquimo, Época, 15/07/2013
“Pelo fato de eu ser mãe, sei realizar várias tarefas ao mesmo tempo e tenho várias habilidades que não tinha antes, como fazer ‘malabarismos’, mentorear, educar, solucionar problemas e administrar. Agora sou muitíssimo mais produtiva nas horas em que trabalho. A maternidade deveria ser um ponto ao meu favor, não uma desvantagem nas empresas.”
Sara Uttech, The New York Times/Folha de S.Paulo – 16/07/2013
“Diálogo não é estratégia de persuasão.”
Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 16/07/2013
“É importante que possamos viver a relação com a liturgia e com a fé com simplicidade e sem superestruturas, porque vivemos excessivamente da burocracia, inclusive a Igreja.”
Papa Francisco, O Estado de S.Paulo – 16/07/2013
“Nem só de indignação, por mais justa que seja, a gente vive. Toda indignação, ainda que abençoada, seja na medida sensata quando é possível. E com a necessária dose de emoção, pois a emoção é um bom motor de boas causas, desde que não seja irracionalmente conduzida.”
Lya Luft, Veja – 17/07/2013
“O que as pessoas estão dizendo é que elas querem um mundo melhor. As pessoas que se movem têm ideal da causa, têm algo novo, que é o componente do prazer, de algo vivencial. Elas estão emprestando corpos e falas para esse movimento. É um avanço de consciência política muito importante.”
Marina Silva, O Estado de S.Paulo – 18/07/2013
“Qualquer crepúsculo do indivíduo é um crepúsculo da moral. Pensemos nisso, por favor, quando torcemos, agitamos bandeiras ou falamos, misteriosamente, na primeira do plural. […] Por que preferiríamos ser funcionários do horror a conviver com as incertezas cotidianas do juízo moral?”
Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo – 18/07/2013
“Em vez de perguntar o que “eles”, os manifestantes brasileiros, querem, talvez fosse o caso de perguntar o que a nova cena política pode desencadear. Pois não se trata apenas de um deslocamento de palco – do palácio para a rua -, mas de afeto, de contaminação, de potência coletiva. A imaginação política se destravou e produziu um corte no tempo político.”
Peter Pál Pelbart, Folha de S.Paulo – 19/07/2013
“A referência de toda escrita é a memória do seu autor, que não necessariamente é a memória de coisas vividas. […] Assim como cada pessoa tem um timbre de voz, cada autor é capaz de ser bom ou idiota à sua maneira.”
Michel Laub, Folha de S.Paulo – 19/07/2013
“Eu não me importo em ter elementos autobiográficos no meu trabalho porque no cerne o que eu escrevo é ficção. Eu falo mentira como ganha-pão. Mentiras que criam nos leitores a possibilidade de ver a verdade. […] A vida não valeria a pena sem a possibilidade do amor. […] Das pessoas que você conhece quem está confortável com o mundo? Esse lugar não é fácil para nenhum de nós.”
Junot Díaz, O Estado de S.Paulo – 20/07/2013
“Devemos nos relacionar no tempo, que é intangível e permite mais liberdade. Nossa cabeça está programada para dividir; aqui e agora, eu trabalho; lá fora e mais tarde, eu vou me divertir. Essa separação é espacial. No tempo, você pode se divertir e produzir, somar, integrar os opostos, tudo. O mundo está mutante e móvel. Não se trata mais de um terreno sólido, estável, em que você se sentia relaxado. Como permanecer em cima de uma coisa que está se alterando o tempo todo? É como dançar em uma cama elástica. Se não achar o seu eixo, seu equilíbrio para ficar e se divertir, você cai fora ou perde o par. Há novidades chegando sem parar. E você precisa replanejar, negociar rapidamente com o contexto.”
Ricardo Guimarães, Claudia – julho de 2013
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