“Será que os pais estão atentos às mudanças de comportamento dos filhos? […] Por que demora tanto para cair a ficha dos pais? Perceber logo que algo vai mal pode ser determinante no sucesso de uma eventual intervenção. […] Por mais tolerantes que os pais sejam, mudanças bruscas merecem atenção e cuidado.”

Jairo Bouer, “Revista Época” – 04/03/2013

 

“Não quero entrar nos 50 anos na zona de conforto. Quero interagir com gente que tenha algo a dizer e me leve a testar meus limites. […] Como pessoa, como ator, chega o momento em que você se olha no espelho, como eu, agora. O que vai ser de mim, se não tiver coragem de mudar? […] Essa coisa de maturidade é muito relativa, esquisita mesmo. Tem gente que pode chegar aos 80 imatura, mas tive e continuo tendo encontros importantes em minha vida, gente que tem estimulado minha reflexão. […] O preconceito é uma coisa que empobrece.”

Nicolas Cage, “O Estado de S.Paulo” – 05/03/2013

 

“No fundo, a Igreja tem apenas um desafio no que se refere a ela mesmo: garantir que sua mensagem volte a chegar à sociedade. O mundo mudou, a sociedade mudou e há uma constatação de que a Igreja vem perdendo fiéis. Essencialmente, o próximo papa terá a missão de restabelecer essa comunicação que, em algumas partes do mundo, foi perdida ou está enfraquecida.”

Thomas Reese, “O Estado de S.Paulo” – 06/03/2013

 

“Liberdade não se negocia e cada um sabe de si. Não é religião que vai organizar o movimento, porque não organiza. E se a gente começar a fuçar vai ver que é tudo meio hipócrita, né? É uma falsa moral que querem impor.”

Ney Matogrosso, “O Estado de S.Paulo” – 07/03/2013

 

“O uso de drogas ilícitas no mundo vem crescendo, apesar dos esforços mundiais de controle. O aumento do consumo das drogas sintéticas é considerado pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc) como “o inimigo público número um”. Ao contrário das drogas tradicionais, feitas com base em plantas, as drogas sintéticas são produzidas a partir de produtos químicos facilmente obtidos em laboratórios improvisados. O combate é, por isso, muito mais difícil. O consumo das drogas sintéticas hoje é uma questão de moda. Assim como vimos, nos 1960, o crescimento do uso de LSD e heroína ligado ao movimento hippie, nos dias atuais há a cultura da música tecno, que incentiva o uso de drogas como o ecstasy. Essa situação preocupa, porque vai mudar o paradigma do combate às drogas. E a prevenção vai ganhar uma importância muito maior do que a repressão. Nesta década, o maior problema que nós vamos vivenciar é a droga sintética. Principalmente o ecstasy.[…] O ecstasy desencadeia transtornos psiquiátricos como síndrome do pânico e depressão, que costumam vir acompanhados de taquicardia e aumento da temperatura do corpo. E tem sido a causa de inúmeras mortes. “O grande problema do ecstasy é o dano cerebral que a droga produz, principalmente nos neurônios responsáveis pelo prazer”, adverte o professor Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).”

Carlos Alberto Di Franco, “O Estado de S.Paulo” – 08/03/2013

 

“Nos últimos anos, o mercado de trabalho no Brasil evoluiu para uma situação próxima do pleno emprego, ao mesmo tempo em que o rendimento dos ocupados deu um salto. Mas uma desigualdade a economia brasileira ainda não conseguiu derrubar: a disparidade de salários entre trabalhadores do sexo masculino e feminino. Homens chegam a ganhar, na média, até 66% mais que mulheres com o mesmo grau de escolaridade – no caso, superior completo.”

Marcelo Rehder, “O Estado de S.Paulo” – 08/03/2013

 

“Começa pela consciência de que quanto mais longe da política o cidadão estiver, quanto mais rejeição ele manifestar por esse ambiente, acreditando que a exibição de repúdio o exime de responsabilidades, pior ficará. Se as pessoas ficarem no conforto do nojinho inconsequente e sem compromisso com coisa alguma a não ser com a conversa que se joga fora, vale pouco ou quase nada gritar que o pastor apontado como homofóbico não pode presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. […] O jeito que se pode dar é antes. Votando bem? Fundamental, mas não suficiente. O interesse pelo que se passa no País é o primeiro passo. O hábito de usar de discernimento para avaliar o que se vê e ouve é outro. Informar-se, essencial. Chamar o parente, o amigo, o colega de trabalho a perceber que da junção de forças individuais é que se movimenta o coletivo, providencial. Compreender o básico sobre a importância e o funcionamento das instituições, indispensável.”

Dora Kramer, “O Estado de S.Paulo” – 08/03/2013

 

“A Rede Fale – que representa 39 grupos religiosos – lança empreitada contra a nomeação: abaixo-assinado e carta aberta na internet, além de pedido de audiência pública. ‘Ele não representa e não fala em nome de todos os evangélicos. Não pode usar isso como carta na manga’, disse à coluna Caio César Marçal, representante da organização. ‘Está luta terá outros rounds’.”

Sonia Racy, “O Estado de S.Paulo” – 08/03/2013

 

“Não custa citar mais uma vez os números que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) tem reiterado: os países industrializados, com menos de 20% da população mundial, consomem quase 80% dos recursos totais; as três pessoas mais ricas do mundo, juntas, têm tanto quanto o produto interno bruto (PIB) conjunto dos 48 países mais pobres, onde vivem 600 milhões de pessoas; as 257 pessoas mais ricas, com mais de US$ 1 bilhão cada, juntas têm mais que a renda anual de 40% da humanidade. E os 500 milhões de pessoas mais ricas (7,14% da população total) emitem 50% dos poluentes que causam mudanças climáticas. Um indiano consome 4 toneladas anuais de materiais, um canadense, 25 toneladas. Se se quiser chegar mais perto, o padrão médio de consumo de recursos dos paulistanos está 2,5 vezes acima da média global. E assim vamos, aumentando as emissões de poluentes, elevando a temperatura do planeta, gerando cada vez mais “desastres naturais”. Como se vai fazer, se mesmo com tantos programas em toda parte não conseguimos reverter as tendências globais – ao contrário, enfrentamos cada vez mais dificuldades, com as crises econômico-financeiras na Europa e suas repercussões no mundo? “Nosso modelo econômico e social está esgotado”, tem repetido o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. […] Com as crianças à espera de respostas sobre um futuro inquietante. E quanto mais demorarem as respostas, mais difícil será.”

Washigton Novaes, “O Estado de S.Paulo” – 08/03/2013