“A obesidade é uma doença definida como aumento de gordura corpórea. Mas não é verdade: ela é uma doença muito complexa. Trata-se do acúmulo de gordura corpórea, aumento da ansiedade, da compulsividade, imediatismo, certo grau de depressão. Há alterações culturais e emocionais. Gosto de dar o exemplo do gordo e do magro que saem para comprar um carro. O gordo volta de tarde com o carro, sem placa, sem documento e não tem problemas com isso. O magro foi a dez concessionárias e volta para casa com uma planilha para escolher o carro na semana seguinte. Quando pergunto ao obeso quando vamos operar, ele responde: ontem. A doença não está no estômago. Ela está no metabolismo, na cultura, na cabeça, no comportamento. Preciso tratar esse paciente observando essa abrangência. […] Tive vários casos de pessoas que passam a apresentar comportamentos exagerados. Dizem que quem opera (cirurgia bariátrica) vira alcoólatra, mas há pesquisas mostrando que isso não é verdade. A pessoa não vira alcoólatra. Ela já bebia, mas ninguém percebia. Agora que come pouco, chama a atenção a bebida. Pode ocorrer [de transferir a fonte de prazer para outras coisas], mas não é a regra. Porém, muita coisa que estava sublimada aparece. Tive uma paciente que operou e o marido me disse que não consegue mais pagar as contas dela, virou uma compradora compulsiva. Mas ela já era assim, só que não saía de casa porque não conseguia andar. Agora pode e vai às compras. Houve também uma jovem que operei que depois competia com a amiga para ver quem ficava com mais rapazes. Seguiu fazendo terapia e hoje está equilibrada.”
Thomas Szegö, “Revista IstoÉ” – 28/11/2012

“A Bíblia ensina: salvação da alma para os que não aceitam e praticam essa fé e condenação para os que não aceitam. Isso está escrito de maneira simples e objetiva. Acredita quem quer. O destino após a morte é definido pelas escolhas que o ser humano faz em vida. O céu e o inferno não são folclore. Aceitar o Senhor Jesus como seu Salvador é o único caminho da salvação eterna da alma. E essa é a maior riqueza de qualquer pessoa. Não existe bem maior do que a salvação da nossa alma. […] Não me considero um empresário. Não tenho riqueza maior na vida do que minha fé. Não tenho nada a perder.”
Edir Macedo, “Revista IstoÉ” – 28/11/2012

“Hoje em dia, várias pessoas, sobretudo as mais jovens, olham para sua igreja e acham que ela não se importa com o sofrimento real que temos no mundo hoje, aqui e agora. No entanto, é disso que Jesus mais falou. Esses jovens têm amigos, inclusive amigos ateus, que parecem ter mais compaixão pelos outros, pelos pobres e marginalizados, do que a própria igreja à qual pertencem. […] Precisamos entender que temos verdadeiros infernos na Terra neste exato momento. Há gente faminta, gente sem acesso a água potável. A Terra está cheia de sofrimento humano. […] Acredito em céu e inferno como dimensões da nossa existência aqui e agora.”
Rob Bell, “Revista Veja” – 28/11/2012

“O Senado acaba de incluir disciplinas de ética no currículo do ensino fundamental e médio. Espero que se evite a monumental estupidez de ensinar ética normativa, ou seja, de querer enfiar valores em nossas crianças – goela abaixo, como se fossem partículas consagradas. Para crianças como para adultos, “aprender” ética significa aprimorar a disposição a pensar moralmente, ou seja, a capacidade de debater, em nosso foro íntimo, os enigmas complexos (e, muitas vezes, insolúveis) que a realidade nos apresenta.”
Contardo Calligaris – “Folha de S.Paulo”, 29/11/2012

“A corrupção no Brasil ‘pinga do teto e escorre pelas paredes’. Só assim Rosemary Noronha, simples secretária de certo órgão, poderia nomear pessoas para cargos tão acima de sua posição na hierarquia. O único a não se espantar com isso talvez fosse Nelson Rodrigues. Para ele, não havia pessoa insignificante: ‘O mais humilde mata-mosquito pode se julgar um Napoleão, um César, e agir de acordo’. Como tinha costas quentes, Rosemary convenceu-se de que era a Cleópatra de si mesma.”
Ruy Castro – “Folha de S.Paulo”, 30/11/2012

“Pesquisa determinou que idosos religiosos sofrem menos com transtornos mentais. Ao todo 1.980 idosos moradores de uma região de baixa renda de São Paulo responderam a diversas questões, que fizeram parte do Investigando o papel do suporte social na associação entre religiosidade e saúde mental em idosos de baixa renda: resultados do São Paulo Ageing & Health Study (SPAH). Os autores contam que o objetivo do trabalho foi analisar a associação entre dimensões de religiosidade e a prevalência de transtornos mentais comuns entre idosos. Eles testaram ainda o suporte social como mecanismo de mediação dessa suposta associação. Segundo os pesquisadores, 90,7% dos idosos consideram-se religiosos, sendo que 66,6% eram católicos e 41,2% frequentavam uma ou mais vezes alguma atividade religiosa semanalmente. O artigo mostra que ‘a prevalência de transtorno mental comum para os que frequentam serviço religioso foi aproximadamente a metade daqueles que nunca frequentam’. Essa relação pode ser positiva quando se pensa em suportes para tratamentos diversos na terceira idade.”
“Revista Psique” – novembro de 2012

“Por várias vezes senti completo controle da situação até perceber que não havia previsto tudo – mesmo porque isso é impossível -, e o excesso de autoconfiança acabou sendo meu algoz.”
Eugenio Mussak, “Revista Vida Simples” – novembro de 2012

“Quer ser feliz agora? Comece esquecendo essa história de ter filhos – eles não irão trazer a epifania que você tanto espera. Não perca seu tempo jogando na loteria – se você agarrar a lei das probabilidades pelos chifres e ganhar, depois de um ou dois anos não estará nem um grama mais contente do que hoje. Talvez esteja até pior. E, para alcançar a bem-aventurança no trabalho, não se importe tanto com o salário. É um pormenor, uma bobaginha. […] Variáveis de estudos evidenciam que tentar fechar essa tal felicidade em estatísticas e aprisiona-la num modelo de regras a seguir pode levar a um atoleiro difícil de escapar”.
Fabiana Corrêa, “Revista Lola” – novembro de 2012