“Victor quase terminou o casamento, Eduardo infartou e Rodrigo engordou 20 quilos em dois anos. Com idades entre 30 e 59 anos, os três são exemplos de profissionais que, depois de uma situação extrema, perceberam que falharam ao tentar equilibrar carreira e vida pessoal. Talvez um dos “vícios” mais aceitos – e incentivados – socialmente, a compulsão por trabalho ganhou uma nova escala desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Noruega. Ståle Pallesen, professor de psicologia da Universidade de Bergen e um dos responsáveis pelo estudo, diz que traços da personalidade, como ambição desmedida ou comportamento obsessivo, são fatores determinantes nesse tipo de compulsão. Segundo os pesquisadores, os “workaholics” trabalham para reduzir sentimentos como culpa, ansiedade, desamparo ou depressão.”
Felipe Maia – Folha de S.Paulo, 07/10/2012

“É preciso estudar, é necessário ter conhecimento. É importante, mas não é suficiente. Uma das coisas mais importantes que um CEO tem de fazer é mostrar a direção. […] Eu tento liderar pelo exemplo. As pessoas na empresa costumam ouvir o que os líderes dizem. O mais importante, no entanto, é que elas observam o que os líderes fazem. Se eu disser que algo é um valor importante para a empresa, mas fizer o contrário, as pessoas não vão acreditar em mim. […] Eu gosto do conceito de “dar o meu melhor no trabalho”. Eu aprendi isso com um professor importante lá no meu país, o Japão. […] Acho que um bom líder precisa aprender com a experiência e com o coração. […] Eu gosto de ter contato com tantas pessoas aqui no Brasil, não gosto de ficar no escritório, porque não tenho contato com pessoas e não consigo entender a realidade.”
Akira Harashima – O Estado de S.Paulo, 07/10/2012

“Dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontam que em 2010 73,8% dos livros vendidos eram religiosos. Entre 2009 e 2010 categoria cresceu 17,74%. Aumento do poder de compra da classe C e da população evangélica, que soma 40 milhões de brasileiros, impulsionam vendas. […] Em 2010, o mercado fonográfico nacional vendeu 25 milhões de cópias entre CDs e DVDs. Em 2011, entre os dez CDs mais vendidos, cinco eram religiosos.”
O Estado de S.Paulo, 07/10/2012

“A realidade é que o planeta está morrendo. Temos democracia – falando de modo geral -, ela funciona, mas não está nos levando a lugar algum. Do ponto de vista religioso, a oposição entre islamismo e cristianismo nunca esteve tão grande. Politicamente, tem-se gastado mais dinheiro em suítes de hotel do que em ações que melhoram a vida das pessoas. No campo econômico idem: toda vez que se fala em reorganizar o sistema bancário, por exemplo, é uma grita. Estão levando o mundo para o colapso. A verdade é que o dinheiro manda, e estamos perdendo o respeito por quem trabalha. Estamos sendo governados por gente do sistema financeiro, que dita as regras. O mundo está ficando desumanizado. Estamos perdendo a noção de nossos cinco sentidos. Só que o mundo, para ser salvo, depende deles e da nossa criatividade. […] A missão é aguçar a criatividade das pessoas, abrir suas mentes, fazer com que elas saiam de lá pensando em cultura e em como ser mais criativas.. Para mim, não há nada mais lindo do que isso. Chego mesmo a chorar. Nada é mais poético do que o sentido de criatividade – porque é a razão de ser da humanidade, é a única maneira de salvar o mundo e a nós mesmos.”
Alex Allard – O Estado de S.Paulo, 10/10/2012

“Organizações neuróticas frequentemente induzem seus funcionários a aceitar e praticar seus vícios. Com o tempo, elas desenvolvem normas implícitas e sistemas formais de incentivo condicionadores de seus quadros para se conformarem com o estilo dominante. Organizações neuróticas nutrem líderes neuróticos. Líderes neuróticos, por sua vez, fomentam atitudes e comportamentos consistentes com suas características. Fecha-se, assim, um ciclo vicioso com boa chance de se perpetuar.”
Thomaz Wood Jr. – Carta Capital, 10/10/2012

“Na sociedade atual o corpo perfeito tem sido o ‘tudo’. O corpo perfeito, belo, tem sido considerado como a ‘porta de entrada’ para uma maior aceitação social e um troféu a ser conquistado com muito esforço nos consultórios médicos, nas clínicas de estética, nas academias de ginástica, dentre outros. […] Criam-se falsas imagens de mulheres perfeitas, através do tratamento de fotografias. O público feminino passa então a buscar um corpo idealizado pelas diversas mídias. Paralelamente, as mulheres se tornam escravas de um modelo social ficando, muitas vezes, suscetíveis à depressão e a transtornos alimentares.”
Claudinéa Justino Franchett – Jornal da Tarde, 12/10/2012