“Será que podemos compreender o mundo sem ter alguma espécie de crença? Essa não só é uma das questões centrais da dicotomia entre a ciência e a fé como também informa de que modo um indivíduo se relaciona com o mundo. […] Para avançar em suas teorias, o cientista precisa ter a coragem de arriscar e de estar errada. Só quando nos atrevemos a arriscar e errar é que podemos, talvez, enxergar um pouco mais longe do que os outros.”
Marcelo Gleiser – Folha de S.Paulo, 19/08/2012

“A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para se conhecer. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. A mulher deseja o impossível – esta é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude.”
Arnaldo Jabor – O Estado de S.Paulo, 21/08/2012

“Não se muda a educação estabelecendo metas, mas a partir de instituições. Não há milagre. Uma vez que não existe investimento nas políticas corretas, não há por que achar que teremos uma situação melhor no futuro.”
João Batista Araujo e Oliveira – Revista Veja – 22/08/2012

“Contrariando os saudosistas, afirmo que a educação no Brasil nunca foi grande coisa, mediocridade percebida apenas por espíritos mais alertas. A diferença é que hoje há mais impaciência com as suas mazelas. Diante dessas críticas, passadas e presentes, nossas doutas autoridades são pressionadas a tomar providências enérgicas. Mas e os custos políticos? E os calos em que se há de pisar? E a truculência dos que não querem perder suas sinecuras e confortos? E as greves? Com espantosa criatividade, nossos líderes encontraram uma saída para esse impasse: criou-se um tipo de reforma que, além de indolor, tem visibilidade na mídia escrita e falada. A ideia é simples: em vez da truculência de remexer pessoas e instituições reformam-se os nomes e títulos de tudo o que acontece na área. Brilhante! Sem trauma!”
Claudio de Moura Castro – Revista Veja – 22/08/2012