“O número de brasileiros que diz ter lido pelo menos um livro em um período de três meses diminuiu em relação a 2007, segundo a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, feita pelo Ibope Inteligência com o Instituto Pró-Livro. Em 2007, eles eram 55% da população (ou 95,6 milhões de pessoas). No resultado apresentado ontem em Brasília, o índice caiu para 50% da população (88,2 milhões). O número de livros lidos por ano, que inclui as obras indicadas pelas escolas, também caiu -de 4,7 por pessoa em 2007 para 4 em 2011. […]O MinC incluiu no Plano Nacional de Cultura a meta de que, até 2020, os brasileiros leiam quatro livros por ano fora do aprendizado formal.”
Nádia Guerlenda – Folha de S.Paulo, 29/03/2012

“Na secularização, Deus não é pronunciado, o que não significa que esteja ausente. Ele está presente sob o nome de justiça, amor, retidão, boa consciência, solidariedade e compaixão. Ilusão dos cristãos pensarem que Deus esteja presente somente onde seu nome é pronunciado, pois muitos se dão por piedosos e comportarem-se como malfeitores. Nosso mundo político está cheio deles. Já o ‘secularismo’ é a patologia da secularização ao afirmar que só existe este mundo e qualquer aceno a algo que o transcenda é ilusão ou alienação.”
Leonardo Boff, O Estado de S. Paulo – 01/04/2012

“O conselho que tenho para oferecer aos líderes é a importância da empatia no desenvolvimento da humildade, a importância de compreender as situações pelas quais as pessoas que trabalham na empresa estão passando. Se o objetivo é envolvê-los no trabalho, é fundamental compreendê-los de fato, bem como os desafios que enfrentam.”
Jaimes Champy, O Estado de S. Paulo – 01/04/2012

“Pergunte-se a um grupo de médicos qual o órgão mais importante do corpo humano e certamente assistiremos a diálogos intermináveis e inconclusos. O fígado é o filtro, o coração é a bomba, o cérebro toma decisões, cada um com sua fatal indispensabilidade. Impossível o funcionamento aceitável do corpo sem o concurso dessas peças. Coração sem fígado envenena-se, fígado sem cérebro desgoverna-se, cérebro sem coração morre de inanição e, dizem os poetas, de falta de emoção… Sustentabilidade urbana, conceito complexo e mal conhecido, apresenta também seus três componentes orgânicos essenciais, inexoráveis e indispensáveis: o espaço ambiental e cultural, o desenvolvimento econômico e a responsabilidade social. Inútil privilegiar um deles em detrimento de qualquer dos outros.”
João Crestana, O Estado de S. Paulo – 04/04/2012

“Os fundamentalistas são todos iguais: ‘apenas’ querem que a lei de seu deus seja mandatória para todos os demais.”
Contardo Calligaris – Folha de S.Paulo, 05/04/2012

“A corrupção é o capital sem lei. Todos os que a invocam, ainda que marginalmente, viram seus servidores. Sem exceção. Sem uma única exceção.”
Eugênio Bucci, O Estado de S. Paulo – 05/04/2012

“Concordo em gênero, número e caso com dom Tarcísio Scaramussa, da CNBB, quando ele afirma que não faz sentido nem obrigar uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. […]Como ateu, não abraço nenhuma religião, mas, como liberal, não pretendo que todos pensem do mesmo modo. […] A minha impressão é a de que não faltam oportunidades para conhecer as mais diversas mensagens religiosas, onipresentes em rádios, TVs e também nas ruas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, existem mais templos (algo em torno de 4.000) do que escolas públicas (cerca de 1.700).”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 06/04/2012

“Sentimos nostalgia das coisas que estão desaparecendo da vida contemporânea. Quando eu era criança, a família só tinha um aparelho de telefone, a torradeira durava 25 anos. […] Fiz 65 anos em fevereiro. Nos Estados Unidos, sou oficialmente um cidadão que entrou na velhice. É um choque. O avanço dos anos começa a tomar conta de você. Tanta gente importante para mim tem morrido. […] Você se pergunta: como aquele menino ficou tão velho? […] Me irrita, às vezes, ficar ouvindo a falação incessante de jovens com tão pouca história de vida.”
Paul Auster, O Estado de S. Paulo – 06/04/2012

“A evolução do cérebro humano esteve associada às demandas da complexidade do ambiente social. […] Surgiram evidências de que certas regiões do cérebro são mais desenvolvidas em pessoas que mantêm contato com maior número de parentes, amigos e colegas de trabalho. […] Está cada vez mais evidente que o cérebro é uma ferramenta social.”
Drauzio Varella – Folha de S.Paulo, 07/04/2012