“A desconfiança em relação à inovações é uma constante humana. Sempre recebemos as novas tecnologias com um misto de esperança e receio. Há 2.400 anos, o pensador grego Sócrates temia que a escrita acabasse coma memória das pessoas. Ele previu que a possibilidade de registrar pensamentos por meio de símbolos sobre uma tábua de cera levaria a um enfraquecimento da mente e raciocínio. O surgimento da imprensa de Gutemberg, na Europa da Idade Moderna, provocou uma reação parecida em alguns elitistas. Eles achavam que a difusão maciça de livros provocaria a banalização da cultura. Aconteceu o oposto. Em retrospecto, pode-se dizer que a difusão de conhecimento é invariavelmente um fenômeno positivo. Com a internet, é evidente que a humanidade ganhou nesse quesito. A dúvida diz respeito àquilo que perdemos. Algo que um dia poderá parecer tão ridículo quanto as palavras de Sócrates sobre a escrita – ou tão essencial quanto o resto de suas ideias.”
Alberto Cairo, Peter Moon e Letícia Sorg – Revista Época, 31/10/2011

“Agora que a população mundial ultrapassa 7 bilhões de pessoas, os alarmes estão começando a disparar. Crescentes protestos cidadãos são a expressão popular de um fato evidente: a incerteza econômica cada vez maior, a volatilidade dos mercados e excessivas desigualdades chegaram a um ponto crítico. […] Com sabedoria e visão, podemos aproveitar este momento para lançar os alicerces de uma prosperidade econômica saudável, inclusiva e responsável com o meio ambiente, e que chegue a todos. Se agirmos todos juntos -agora- podemos nos afastar do precipício e melhorar a situação para as gerações futuras. Não nos enganemos: essas são decisões difíceis e não podem ser adiadas. O tempo está passando.”
Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU – Folha de S.Paulo, 02/11/2011

“Para o psicanalista, o caminho da verdade é o que permite decifrar o inconsciente, ou seja, o da escuta.”
Betty Milan, psicanalista – Revista Veja, 02/11/2011

“Nunca tive muita tolerância com processos e burocracia. Meu desejo natural de seguir em frente, depressa, é o que alimenta meu espírito empreendedor. A liberdade de agir com presteza e de pôr em prática uma ideia baseada nos instintos teve um efeito fantástico sobre a companhia, sobretudo em seus primeiros anos de vida. Contudo, a impaciência tem também um lado sombrio e, no decorrer dos anos, minha intolerância com os processos por vezes se tornou um ônus, especialmente quando o ímpeto de seguir adiante passava por cima da necessidade de uma preparação cautelosa.”
Howard Schultz, fundador e presidente da Starbucks, Época Negócios – novembro de 2011