24ª semana de 2011
“A nostalgia não é um dos sentimentos mais em voga na praça. Talvez porque ela seja uma espécie de caldo Knorr emocional: um tempero artificial, mistura de esquecimento com saudade, que garante cor e sabor a situações que, quando vividas, lá atrás, nem foram assim grande coisa.”
Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 15/06/2011
“O mercado brasileiro de entretenimento e mídia apresentou o maior crescimento entre as principais economias do mundo em 2010 e atingiu US$ 33,1 bilhões.
Segundo estudo da consultoria PwC em 58 países, no ano passado o Brasil cresceu 15,3%, à frente de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, alguns dos principais mercados do mundo. […] Os segmentos que tiveram mais representatividade no Brasil foram serviços de TV por assinatura e acesso à internet, em consumo, e publicidade em televisão, entre os anunciantes. Os três segmentos registraram um aumento superior a 20% no ano passado. […] Impulsionado por jogos on-line, em redes sociais e aplicativos para celulares, o mercado de games deve crescer, em média, 7,7% ao ano no Brasil até 2015. O ritmo será superior ao consumo de revistas, músicas e livros, que deve aumentar de 2,4% a 7,4%.”
Camila Fusco, Folha de S.Paulo, 15/06/2011
“Dos adolescentes brasileiros entre 14 e 18 anos, nove em cada dez possuem um celular, segundo relatório da consultoria inglesa ‘The Future Laboratory’, representada no Brasil pela Voltage. A pesquisa aponta também que a maioria dos jovens troca de aparelho a cada 14 meses e que 32% deles compram um novo celular apenas para se atualizarem tecnologicamente ou adquirirem um modelo diferente. O estudo inglês ainda mostra que os adolescentes no Brasil passam mais tempo em frente à televisão do que ao computador. São 11 horas semanais na TV, contra sete na internet.”
Maria Cristina Frias, Folha de S.Paulo, 16/06/2011
“Não se muda a sociedade, ou a educação, com planos grandiosos e metas genéricas.
Mais dinheiro não implica melhores resultados. São necessárias políticas consistentes e persistência na implementação. Nos anos 90, o Brasil universalizou o ensino fundamental; desde então, continua a expandir a educação na pré-escola e no ensino médio. Mas ainda persiste em grande escala o analfabetismo escolar e funcional, e o abandono escolar entre adolescentes não se reduz. A melhoria dos resultados do Pisa, em 2009, é boa notícia, porque nossa qualidade estava estacionada há décadas. Mas é pouco, pois 55% dos jovens de 15 anos nas séries apropriadas ainda não sabem o mínimo requerido de linguagem, e 73% desconhecem o patamar básico em matemática. Formamos muito pouco com alto nível de desempenho; com isso, comprometemos a competitividade do país.”
Cláudio de Moura Castro, João Batista A Oliveira, Simon Schwartzman, Folha de S.Paulo, 16/06/2011
“Estamos vivendo uma escassez de profissionais qualificados; e a geração Y, que nasceu na década de 80 e foi criada no mundo digital, está dando uma banana para as empresas que pensam que, para atrair e reter talentos, basta aumentar salários.
Essa geração, na verdade, quer muito mais do que isso, como mostrou pesquisa recente da Cia. de Talentos. Nela, 35 mil jovens em todo o país contaram o que querem na hora de escolher as empresas para trabalhar. Cultura e ambiente de trabalho, oportunidade de desenvolvimento e qualidade de vida vêm acima da remuneração!”
Alexandre Hohagen, Folha de S.Paulo, 16/06/2011
“O casamento nos permite acusar alguém de nossa própria covardia -assim: eu quero fazer isso ou aquilo, mas tenho preguiça e medo; por sorte, agora que me casei, posso dizer que desisto porque assim quer minha parceira. Um casal não deveria servir para justificar as desistências de nenhum de seus membros; ao contrário, ele deveria potencializar os sonhos e os desejos de cada um dos dois.”
Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo, 16/06/2011
“ ‘A prostituição infantil é muito sutil. Não é ostensiva. Os homens presenteiam as meninas com tênis, um celular e isso é suficiente para que consigam dormir com elas’, diz a delegada Noelle Xavier, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Porto Velho. Muitas vezes os pais da garota são coniventes, segundo Noelle, pois a miséria é o principal motivador da prostituição infantil.”
Maria Laura Nevez, Revista Marie Claire, junho de 2011
Deixe um comentário