“98,5% dos crimes cometidos no México ficam impunes, segundo o Instituto Tecnológico de Monterrey. Em casos de violência contra mulheres apenas um em cada cinco é denunciado.”
O Estado de S.Paulo, 08/06/2011

“Uma coisa importante que as redes sociais fizeram foi explicitar o sucesso das pessoas: quantos amigos você tem no Orkut, quantos scraps recebe no aniversário, quantos seguidores tem no Twitter, quantas pessoas curtem o que você fala no Facebook. Ou seja, estamos incessantemente colocando nosso ego à prova. E, no que eu tenho observado, não estamos preparados para isso. […] O ser humano sempre viveu a mercê do ego e ser famoso vicia.”
Bia Granja, Folha de S.Paulo, 08/06/2011

“Sem a experiência da própria solidão a vida nos parecerá postiça, artificial ou vulgar. A verdadeira e produtiva viagem solitária pode ser feita a dois, em grupo e até mesmo em meio à dissolução do indivíduo na massa, mas o pior mesmo é tentar evitá-la. […] O prejuízo psíquico causado pela impossibilidade de estar só é incalculável.”
Christian Ingo Lenz Dunker, psicanalista, Revista Mente & Cérebro – junho de 2011

“Fazer parte do grupo familiar e demonstrar isso cumprindo seus rituais, assumindo suas obrigações, compartilhando seus princípios, valores e tradições tornaram-se questões que, pelo jeito, os pais hesitam em repassar aos filhos. […] A maioria considera que os filhos precisam estudar e se divertir, estar com os amigos, que têm o direito de ter tudo o que seus pais não tiveram e que agora podem lhes oferecer etc.
Não ocorre de imediato aos pais que o fato de alguém ser filho ‘e fazer parte, portanto, de uma família’ é algo que acarreta ônus e bônus. Assim é a vida em relação a tudo, não é, caro leitor?”
Rosely Sayão, psicóloga, Folha de S.Paulo, 07/06/2011

“O objetivo da educação geral é preparar o graduando para lidar com complexidades e mudanças da realidade”.
Marcelo Knobel, pró-reitor de graduação da Unicamp, Valor Econômico, 10/06/2011

“Fugir de arapucas comerciais é um presente a mais que o casal se dá.”
Gustavo Cerbasi, economista, Folha de S.Paulo, 06/06/2011

“Escrever um romance é escrever um texto que o seu leitor pense ter sido vivido por você. Se você diz que não, o leitor dirá; ‘Não minta, é você. É tão franco, tão convincente’. E você diz: ‘É ficção’. E ele: ‘Não, não’. Bem, deixe o leitor pensar assim. Mesmo se eu disser que não, pensarão que estou mentindo. Sim, eu estou mentindo, gosto de mentir, porque sou um ficcionista.”
Orhan Pamuk, 59, ganhador do Prêmio Nobel de literatura em 2006, Folha de S.Paulo, 10/06/2011

“As pessoas se horrorizam, mas o casamento é um projeto social e sempre atende a interesses.”
Míriam Grossi, coordenadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades da Universidade Federal de Santa Catarina, Valor Econômico, 10/06/2011

“Por que achar que somos melhores que os outros, que nossas ideias, postura ou tendências são as que todo deviam seguir? Por que não aceitamos o outro como ele é, quem sabe gago, tímido, gordo, baixo, alto demais, magro demais, talvez lento de raciocínio? […] A vida já é bem difícil, sobretudo para os jovens que entram neste mundo atrapalhado no qual alguns ditam regras (que muitas vezes não seguem), comandam o circo, enveredam por caminhos sem conhecer direto o destino e inventam modas sem saber as consequências.”
Lya Luft, escritora, Revista Veja, 08/06/2011