“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito”, já dizia o autor do livro de Eclesiastes (Ec 3.1). Passam-se os séculos e assim é.

Como é difícil ter equilíbrio e sabedoria na distribuição do tempo. Talvez a mais importante escolha dentre nossos investimentos, afinal, é um dos nossos “bens” mais preciosos – o tempo.

Perceber os ciclos da vida, ritmos próprios de cada fase, combinando potência com propósito, não é tão simples discernir cada estação de nossa curta existência aqui.

Colocar limites, ter paz ao saber que há tempo para responder e-mails e há tempo para deixar de responder e-mails; há tempo para postar no Twitter, Facebook, e  tempo de silenciá-los; há tempo de falar, pregar, dar palestras, e tempo de calar-se, de apenas ouvir e guardar no coração; há tempo de entrar e se envolver em vários empreendimentos, e tempo de afastar-se, manter certa distância; há tempo de se dedicar há determinadas causas e tempo de permitir-se deixa-las a fim de que sigam seus próprios caminhos; há tempo de aprofundar os estudos e tempo de refletir a respeito deles; há tempo de escrever e tempo de ler-se melhor por dentro; há tempo de pescar e tempo de comer o pescado; há tempo de passear no parque e tempo de construir parques; há tempo de nadar e tempo de só contemplar o mar; há tempo de desabrochar e tempo de cuidar do que desabrochou; há tempo de tomar iniciativas e tempo de apenas observar os movimentos, há tempo de se atirar e tempo de se recolher, há tempo de trabalhar e tempo de sair em férias. Pois é, eu estou saindo…

Se a graça de Deus me permitir, volto renovada, no início de maio, afinal nada como comemorar o dia do trabalhador, trabalhando, não é mesmo?