“Os casamentos entre solteiros nos quais o homem é mais velho que a mulher são majoritários no País, mas têm aumentado os casos em que a situação é inversa. Em 2009, 23% dos casamentos foram de mulheres com homens mais novos. Dez anos antes, essa proporção era de 19, 3%. Trata-se de uma tendência nacional, aponta o IBGE: a evolução foi notada em todos os Estados.  O estudo Estatísticas do Registro Civil mostra que a idade média das mulheres no primeiro casamento subiu progressivamente na última década, de 24 para 26 anos. No caso dos homens solteiros que se casaram com solteiras, o aumento foi de 27 para 29 anos no mesmo período.”

O Estado de S.Paulo – 13/11/2010

 

“Além de casar mais tarde, as mulheres estão adiando a maternidade. Para o IBGE, o padrão de fecundidade das brasileiras, concentrado no grupo etário de 20 a 24 anos, vem apresentando alterações. A proporção de mães com idade de 30 a 39 anos chegou a 24,8% em 2009. Há dez anos, o grupo representava 21,1%. Também houve entre as mulheres com mais de 40 (de 1,9% para 2,3%) e de 25 a 29 (23,3% para 25,2%).

A maior concentração de registros de nascimentos ainda ocorre na faixa de 20 a 24 anos, apesar da queda em dez anos, de 30,8% para 28,3%. Também houve queda do volume de nascimentos entre as mulheres de 15 a 19 anos, de 20,8% em 1999 para 18,2% em 2009. Em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, as proporções de nascimentos de mães de 25 a 29 anos já são maiores que no segmento de 20 a 24.”

Felipe Werneck – O Estado de S.Paulo – 13/11/2010

 

“A humanidade é uma única família e todos estão no mesmo barco, para o bem e para o mal: ou vai para a frente esse barco, com todos dentro, ou afundam todos juntos. O bem de um é o bem de todos, a falta de paz de um é a falta de paz de todos. Quando se levar a sério a consciência dessa responsabilidade de uns pelos outros, de um povo pelo outro, dos fartos pelos famintos, será possível combinar de forma nova as regras da convivência neste condomínio familiar maravilhoso que o Criador pôs à nossa disposição. […] A eliminação da fome e da subalimentação requer a superação das barreiras do egoísmo, da insensibilidade e da indiferença, sinais preocupantes de um subdesenvolvimento humano e moral, e a abertura para uma fecunda gratuidade na relação de pessoas, organizações e povos. A gratuidade é uma das mais nobres disposições humanas e leva a pensar de modo desinteressado no bem do próximo; é expressão de fraternidade verdadeira na família humana.”

Dom Odílio P. Scherer, cardeal-arcebispo de São Paulo – O Estado de S.Paulo – 13/11/2010