Que dias são esses?
O que dizer desses dias que vivemos? Por que optamos pelas buscas que fazemos? Por que o investimento de nosso tempo se perde tanto em coisas não perenes, nem sempre sublimes, e em boa parte, de valor questionável e favorável a arrependimentos futuros?
Será que não poderíamos pensar numa ética do tempo? “Tempo é dinheiro” tornou-se um slogan que norteia a vida de muitos. E o tempo que se gasta atrás de dinheiro é escandaloso!
A ética do reformador Martinho Lutero dizia: “Se nossos bens não estão disponíveis à comunidade, são bens roubados”. Mas, hoje, já pouco se fala em ética e em reforma além do discurso.
Nosso tempo nos mostra que é comum cada um viver para si, e essa vida para si é uma luta para ter, acumular e convencer.
A maioria parte do pressuposto que “mais é bom”. Então, primeiro você busca ter, e uma vez que isso não satisfaz, passada a euforia da conquista, procura-se acumular. E muito do que leva as pessoas a tanto desejarem ter cada vez mais e acumular sempre é a esperança de convencer o outro que você vale por isso que você tem, acumulou, ou ao menos, aparenta ser a partir do que conquistou.
O sociólogo francês, Gilles Lipovetsky, afirma que “todas as esferas de vida estão subjugadas à lógica do mercado”. E ainda comenta que o acesso ao conforto não aproximou a sociedade da felicidade. Venceu o estresse, a angústia e o medo, que são tão abundantes em nós que a sensação do vazio se faz maior. E nem sempre percebemos com o que temos tentado inutilmente preencher tais espaços.
O tédio e o vício pela novidade, a apatia e a adrenalina esticada são dois pesos de uma mesma balança. E a rotina tenta alguma estabilidade em vão.
O que fiz do meu dia? O que faço com o que tenho? O que faço com a vida que temporariamente me habita?
Tais, esse espaço é edificante!!!! é muito bom poder ouvir (ou melhor, ler) ser pensamentos, indagações e dispetares…..
Creio que essa luta por ter chega a ser imposta pra nós, pois o que falarão se nao trabalharmos arduamente para ter uma carro, uma casa, pagar luz, água, babá….!!!! E entramos em uma bala de neve….
Então acredito que as perguntas se repetem: O que fiz do meu dia? O que faço com o que tenho? O que faço com a vida que temporariamente me habita?
beijos saudades!!