A economia brasileira vai bem perante o cenário mundial. País emergente, gente criativa, ambiciosa, gente cansada de esperar. Um país da vez. A bola rola, com gente que enrola, mas que deseja sair bem na foto.

Discurso e prática nem sempre combinam. A ignorância ainda é grande, a inveja aparece, a ganância mostra suas garras.

No horizonte dos próximos anos despontam oportunidades. Copa do Mundo, Olimpíadas, tudo no Brasil. A vitrine brasileira será invadida, comentada, analisada, criticada, pichada. O que falará mais alto?

O desejo de crescer, aparecer, faturar mostra suas garras. A competição é grande, não é justa (os efeitos da deficiente difusão das tecnologias seria apenas uma das questões), e todos querem ser ágeis.

Como crescer de maneira sustentável? Em época de campanha tal questão entra na pauta. Candidatos tentam ter uma resposta pronta, mas na prática, nas oportunidades que tiveram, o que fizeram?

A racionalidade econômica, a expansão do capital, acabam vencendo e algumas condições nem sempre são consideradas. O consumo destrutivo da natureza vai degradando o ordenamento ecológico, o equilíbrio já se foi, e pouco se pensa na vida a longo prazo.

O que se respeito diante do que se quer? Para onde nos leva nosso imediatismo, nossos desejos questionáveis?

Quando se degrada potencial produtivo dos ecossistemas, se destrói o sistema de recursos, e se dá de ombros para o subdesenvolvimento e a falta de novos investimentos em áreas precárias, onde vamos parar?

Qual o preço que pagaremos? O desrespeito para com as condições básicas da vida e do cuidado da natureza pode nos trazer uma conta que não paramos ainda para calcular, mas já é prevista. Para os juros da vida não há cheque especial que cubra.

Os alertas têm sido dado. As decisões acertadas precisam ser tomadas agora. A vida continua, mas o como é com a gente.