Posts tagged saúde

31 de dezembro de 2010

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“As mulheres vivem com os nervos à flor da pele. Um levantamento realizado pela Med-Rio, especializada em check-ups, com 10.000 executivas ao longo dos últimos 20 anos mostra que o número de mulheres estressadas aumentou de 40%, no início dos anos 1990, para 60% em 2010.. ‘A dupla jornada de trabalho submete as mulheres à mesma tensão, ou talvez até maior, que a vivida pelo homem. Como consequência, elas estão desenvolvendo uma série de patologias que antes eram mais frequentes no universo masculino’, diz o especialista em medicina preventiva Gilberto Ururahy, diretor médico da Med-Rio. Quem mais sofre com os altos níveis de estresse é o coração. Na década de 60, para cada vítima feminina de doenças cardiovasculares havia nove masculinas. Hoje, depois da emancipação feminina, a proporção é de uma para três.”

Claudia Miranda, Revista Você S/A – dezembro de 2010

 

“Tolerância é uma forma de respeito, sim, mas a tolerância com o desrespeito perde sua essência. Uma sociedade assim desrespeita a si mesma, banaliza a educação, embrutece as relações, diminui seu valor e compromete seu futuro. E tudo começa nos pequenos atos, que se replicam nas grandes decisões.”

Eugenio Mussak, rofessor do MBA da FIA e consultor, Revista Você S/A – dezembro de 2010

 

“Ao subir a rampa, em primeiro de janeiro de 2003, Lula carregou com ele uma história de vida incontrastável e uma nítida boa vontade de pobres, de ricos e da classe média que antes o rejeitava. Ao descer, em primeiro de janeiro de 2011, deixa um raro registro de sucesso para a história. Ele pegou o bonde da estabilidade andando e tocou em frente, movido por um ambiente internacional francamente favorável e por sua estrela, inteligência, intuição, carisma e empatia com o seu povo. Em seu governo, milhões de pessoas saíram da miséria, geraram-se empregos, ampliou-se o crédito, famílias pobres entraram no mercado consumidor. Ele ficou com o carimbo da justiça social num país sempre tão cruelmente desigual. […]Lula desce a rampa idolatrado dentro e fora do país e inebriado por um balanço que lhe é inegavelmente favorável. Mas a vida continua, a história está sendo escrita. Fora do poder, o desafio do homem Lula será sustentar o mito Lula.”

Eliane Cantanhêde, Folha de S.Paulo – 31/12/2010

23 de dezembro de 2010

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“Não é um distúrbio raro. Compradores patológicos são 3% da população. ‘É um transtorno do impulso. A pessoa é levada a comprar para compensar alguma angústia. E se arrepende logo em seguida’, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp, que coordena um programa de atendimento a dependentes. ‘A pessoa cede por questão emocional. Compra mesmo se não precisa, ou em quantidade exagerada’, diz a psicóloga Tatiana Filomensky, do Instituto de Psiquiatria do HC.”

Guilherme Genestreti, Folha de S.Paulo – 23/12/2010

18 de dezembro de 2010

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“Pesquisa apresentada ontem na USP mostra que o abuso de álcool no Brasil custa R$ 8,56 bilhões por ano. A estimativa leva em consideração cálculos de custo social e dados do Ministério da Saúde e do IBGE de 2007. O maior custo social é com homens de 40 a 44 anos. Para Andrea Galassi, que realizou a pesquisa, o custo é maior ainda, pois a estimativa não inclui a rede privada e a subnotificação de casos. ‘Se a pessoa que sofreu um acidente estava embriagada e essa informação não entra na ficha médica, essa despesa não é incluída’, diz.”

Folha de S.Paulo – 18/12/2010

 

“Boas decisões são voltadas ao futuro, levam em conta informações disponíveis, consideram todas as opções disponíveis e não criam conflitos de interesses. […] Dizer que algo é ‘difícil’ é uma péssima desculpa para não agir”.

Dan Ariely, professor of Behavioral Economics na Duke University, nos EUA, Harvard Businness Review – dezembro de 2010

 

“Valores estão na moda. Muitas empresas buscam valores universais para unir gente distinta em torno de uma meta comum, satisfazendo o desejo das novas gerações de um trabalho com sentido, pautado por valores.”

Rosabeth Moss Kanter, professorship da Harvard Business School, nos EUA. Harvard Businness Review – dezembro de 2010

23 de outubro de 2010

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“Escrever músicas tornou-se para mim, ao mesmo tempo que um lenitivo, um diálogo de vida ou morte com a criação. […] Escrever música  me faz um grande bem: é aí que me entretenho (e também me angustio, outro tanto) em confeccionar respostas concretas para os anseios, para as perguntas que me ocupam. Pode ser que não satisfaçam a ninguém além de mim, mas, nesta hora do mundo, foi assim que encontrei jeito de sobreviver…”

Willy Corrêa, 72, compositor, Estado de S.Paulo, 23 de outubro de 2010

 

“Fatores como vulnerabilidade, predisposição genética, hormônios e pressão social influenciam no aparecimento da ansiedade, mas, assim como no bolo não dá para identificar a farinha, também não é possível precisar o que detona o problema”.

Marcos Ferraz, professor titular aposentado do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, Revista Claudia, outubro/2010

28 de setembro de 2010

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“Parece mesmo que obter a aprovação torna-se a coisa mais importante na vida de todos na família: é quase uma sentença de vida ou morte do futuro. […] Muitos jovens estudantes, alguns com apoio e até incentivo dos pais e outros às escondidas, estão apelando para as drogas, medicamentosas ou não, na busca de aprovação escolar.
Que relação é essa que eles fizeram e qual a nossa contribuição para que eles chegassem a esse ponto? Um ingrediente fundamental nessa história é, sem dúvida, o clima competitivo que introduzimos pouco a pouco na vida escolar.
A nota, a aprovação, a colocação do aluno em relação aos colegas passaram a ser mais importantes do que o conhecimento adquirido.”

Rosely Sayão, Folha de S.Paulo – 28/09/2010

 

“Que padrões sonoros afetam o cérebro humano suscitando emoções não é exatamente novidade. É justamente isso que torna a música interessante. Vendedores de e-drugs sugerem que suas faixas são mais poderosas que Beethoven e causam efeitos semelhantes aos de LSD e haxixe. É possível, mas altamente improvável. […]

Dizer que uma dada manifestação se deve ao efeito placebo está longe de significar que ela não exista. O placebo é, a um só tempo, um dos mais extraordinários aspectos da neurologia humana e um dos mais mal compreendidos. Ele é extraordinário porque mostra que o cérebro produz reações que normalmente só ocorrem com recurso a drogas poderosíssimas. E é mal compreendido porque costuma ser descrito meio pejorativamente como algo que ‘está apenas na sua cabeça’.
A verdade, contudo, é que o efeito placebo é bastante poderoso e incrivelmente real. Só não o utilizamos a torto e a direito na medicina por razões éticas. Placebos sempre envolvem algum grau de enganação. A confiança no médico e parte do efeito curativo se perdem se o paciente descobre que estava tomando pílula de farinha em vez de remédio ‘real’.”

Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo – 28/09/2010

 

“Música e transe são temas bastante ligados, basta ver os efeitos de um canto gregoriano, das batidas ritmadas das raves e até do acid rock.”

Henrique Carneiro, historiador, membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicotrópicos, Folha de S.Paulo – 28/09/2010

 

“Puro placebo. A pessoa atribui um significado ao som que não existe e acaba surfando na onda, sentindo exatamente o que quer sentir. É uma grande exploração de incautos que estão em busca de algum recurso que possa anestesiá-los das pressões”.

Cristiano Nabuco, psicólogo, coordenador do programa de dependentes de internet do Instituto de Psiquiatria do HC, Folha de S.Paulo – 28/09/2010

 

“A obsessão com a saúde e a prevenção é o lado obscuro do hiperconsumismo. […] O consumo de exames, para nos fazer sentir “seguros”, cresce exponencialmente. Sintoma do hiperconsumismo: queremos comprar nossa saúde.[…] No hiperindividualismo, a gestão do corpo é central. […]

Gilles Lipovetsky, sociólogo francês, Folha de S.Paulo – 28/09/2010

27 de setembro de 2010

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“Tristezas, inseguranças, ansiedades e inquietações, que são normais na vida de qualquer um, passaram a ser mais facilmente medicadas, tirando um pouco nossa responsabilidade de resolver conflitos pessoais.
Assim, por exemplo, um final de namoro pode ganhar a ajudinha extra de um antidepressivo.”

Jairo Bouer, psiquiatra, Folha de S.Paulo – 27/09/2010

 

“Estudos têm demonstrado que há um empobrecimento psicológico e social quando a vida toda cabe em um espaço delimitado. Seja ele um condomínio, um manicômio ou uma prisão. Parte-se da ideia de que o desenvolvimento psíquico se dá na vida cotidiana. As experiências do dia a dia, as relações sociais e o contato com a cultura de nosso tempo nos permitem um triplo processo:
De humanização (nos tornamos humanos à imagem e semelhança dos humanos adultos de nosso tempo), nos socializamos (nos apropriamos das especificidades da cultura de nosso lugar) e nos individualizamos (nos singularizamos).
Quanto mais rico é todo esse processo, melhores são os resultados em termos de desenvolvimento pessoal e coletivo.”

Ana Mercês Bahia Bock, psicóloga, Folha de S.Paulo – 27/09/2010

 

“A depressão é, essencialmente, um embotamento do seu sistema nervoso autônomo, da parte que controla a reação “lutar ou fugir” do sistema nervoso, e que nos dá uma explosão de energia quando as coisas são interessantes ou assustadoras.
Pessoas deprimidas permanecem desvinculadas do que acontece ao seu redor, vivendo em um mundo “cinza”, sem preto nem branco. Às vezes isso resulta em uma falta de motivação e energia totais, e a vida dessas pessoas entra em uma espiral descendente incontrolável.”

Alex “Sandy” Pentland, 59, cientista norte-americano, Folha de S.Paulo – 27/09/2010

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