Posts tagged mulheres

34ª semana de 2011

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“Não há risco de o dragão político devorar o leão econômico? Na era das incertezas, tal risco é possível. E as distâncias entre o Bem e o Mal são curtas. O éden fica ao lado do inferno.”
Gaudêncio Torquato – O Estado de S. Paulo, 21/08/2011

“Algumas pessoas parecem achar que é melhor fingir que estão limpando do que impedir que sujem.”
Daniel Piza – O Estado de S. Paulo, 21/08/2011

“As empresas nucleares preferem privatizar benefícios e socializar prejuízos, no caso, perigos.”
Alfredo Bosi – Folha de S.Paulo, 21/08/2011

“Temos recrutado profissionais que não estão interessados somente numa rápida progressão de carreira, mas que estão mais abertos à aprendizagem, são menos arrogantes e têm foco maior nos resultados que a companhia busca.”
Denise Asnis – Revista Exame, 24/08/2011

“A questão da escassez de talento é identificada como grande gargalo para o crescimento das empresas: teme-se não ter quadros com competências suficientes para viabilizar planos de expansão. Além disso, em mercados de trabalho aquecidos como o brasileiro, a rotatividade é alta, torna instáveis os quadros e dificulta a gestão.”
Thomaz Woord Jr. – Carta Capital, 24/08/2011

“País desenvolvido é também país pacífico, que respeita seus cidadãos e cidadãs, como destaca a campanha Mulheres e Direitos, realizada no âmbito das Nações Unidas em parceria com diversas entidades, dentre as quais o Instituto Maria da Penha.
Para que uma lei tão importante como essa seja realmente cumprida, o poder público deve atuar em harmonia. Não basta apenas existir, ela precisa ser plena e corretamente aplicada em todos os locais do nosso país. Por um país menos violento e mais respeitoso com suas mulheres, fica aqui o nosso apelo: Lei Maria da Penha – cumpra-se!”
Jandira Feghali e Maria da Penha – Folha de S.Paulo, 21/08/2011

“Nas antologias escolares de antigamente havia sempre um pequeno poema de Fagundes Varela que toda uma geração decorava. O poeta perguntava qual era a mais forte, a mais letal das armas e respondia: a língua humana. Nem mesmo com o arsenal nuclear de hoje a língua perdeu a “pole position” na escala da destruição de que é capaz. Tudo começa lá atrás. Se dermos crédito à fábula bíblica, foi a língua da serpente que expulsou Adão e Eva do Éden, donde podemos concluir que, se a serpente não tivesse língua, ainda hoje estaríamos no paraíso terrestre. A tecnologia ampliou a malignidade da língua, tudo se pode fazer com ou por meio dela. […] Isso sem falar na língua de economistas, políticos, formadores de opinião, técnicos de futebol e, naturalmente, todos os tiranos que, periodicamente, ajudam a desgraçar a humanidade.”
Carlos Heitor Cony – Folha de S.Paulo, 25/08/2011

“Críticos alegam que uma cultura da corrupção é onipresente no Brasil. Mas também devemos colocar a situação em perspectiva. Como o país se compara, por exemplo, com outros grandes países em desenvolvimento -Rússia, Índia, China e África do Sul?
A Transparência Internacional publicou um índice de percepção de corrupção em 2010, em que o Brasil ocupa o 69º lugar entre 178 países pesquisados. Está melhor que a China, que vem em 78º; a Índia, em 87º; e muito adiante da Rússia, em 157º. A África do Sul está em 50º. […] A Transparência Internacional criou um “corruptômetro”. Nele, dez representa “corrupção zero” e zero representa “completamente corrupto”. O Brasil tem nota 3,7 nesse indicador, ante 2,1 para a Rússia, 3,3 para a Índia e 3,5 para a China. Dinamarca e Nova Zelândia lideram com 9,3.”
Kenneth Maxwell – Folha de S.Paulo, 25/08/2011

“O país é muito desigual, as crianças mais pobres recebem uma educação de péssima qualidade e mesmo entre os mais ricos há razões para preocupação. Sabemos também que essa situação já foi pior. Mas, diante da tragédia disponível, seria cínico demais dizer que isso serve de alento.”
Fernando de Barros e Silva – Folha de S.Paulo, 27/08/2011

“Acho que estamos lentamente caminhando para um tipo de comunismo da informação e do conhecimento. Mas acho que deveríamos acompanhar de perto as contribuições culturais das pessoas e recompensá-las por isso, com dinheiro ou reputação.”
Pierre Lévy – Revista Cult, agosto de 2011

31ª semana de 2011

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“A ciência e a religião nascem das mesmas ansiedades que torturam e inspiram o espírito humano.”
Marcelo Gleiser- Folha de S.Paulo, 31/07/2011

“Na dependência, você não escolhe. A droga fala mais alto. A fissura, o desejo de repetir a experiência prazerosa, é soberana. Nesse processo, as escolhas são bem poucas. […] E para quem acha que dependência é uma questão de caráter ou de escolha artística, a verdade não é bem essa. Dependência é doença! E gênios também ficam doentes e morrem por causa da sua doença!”
Jairo Bouer – Folha de S.Paulo, 01/08/2011

“Quero enfatizar que a música não é puramente técnica, feito algo concebido em laboratório, mas sim uma coisa que se relaciona com o que acontece numa época e pode ser temperada com sentimento intenso, com emoção. […] É frequente no jornalismo cultural os julgamentos definitivos, isso é bom, aquilo não presta. O real na maioria das vezes está entre os dois extremos. A arte, como a vida, constantemente mistura o bom e o ruim. […] Nossa cultura gosta de elevar as pessoas feito deuses e depois derrubá-las e destruí-las. É quase um ritual de sacrifício.”
Alex Ross – Folha de S.Paulo, 03/08/2011

“Afinal, não é do desconhecimento dos cientistas de diversas áreas que as mulheres estão longe de alcançar em postos de comando de agências de fomento, em comitês assessores e nas reitorias de universidades a mesma presença que têm na produção científica nacional. Ou seja, mesmo que uma mulher tenha chegado ao mais alto posto da República, é desolador ver que mesmo ela tem que se curvar às formas desiguais de como o poder está distribuído no interior da comunidade acadêmica.”
Luciano Mendes de Faria Filho/Eliane Marta Santos Lopes – Folha de S.Paulo, 04/08/2011

“Explicações são devidas à sociedade, que tem o direito de conhecer os argumentos do governo e da oposição, e não só assistir a um cabo de guerra que esconde o essencial. Disputas políticas são saudáveis quando têm por objeto diferentes projetos e ideias, e não quando motivadas só por espaços de poder. […] Enquanto pesquisa Datafolha diz que 79% dos brasileiros são contra a anistia de multas a quem desmatou ilegalmente, quase 80% dos deputados aprovaram o projeto que concede tal anistia e incentiva novos desmatamentos. A simples possibilidade acenada pelo projeto já resultou em aumento de 28% no desmatamento na Amazônia, segundo os dados preliminares do Inpe, que sinalizam uma tendência. Agora é a vez dos senadores. Eles têm a oportunidade de se reconectar com as expectativas sociais e afirmar bases para um desenvolvimento que valoriza nossas florestas e biodiversidade, nossa agricultura, nossas cidades e a qualidade de vida dos brasileiros.”
Marina Silva – Folha de S.Paulo, 05/08/2011

“O desejo de mudança em profissionais de até 34 anos atualmente é maior que o de gerações anteriores, segundo a consultoria DBM. Cerca de 35% dos profissionais dizem que gostariam de ficar na empresa por mais de cinco anos e 12%, que gostariam de ficar de dois a três anos.”
Folha de S.Paulo, 05/08/2011

“Aproximadamente 29 mil crianças menores de cinco anos morreram de fome nos últimos três meses na Somália, segundo estimativa divulgada pelo governo dos EUA.
[…] Esse número pode se elevar ainda mais, pois segundo levantamento da ONU ao menos 640 mil crianças somalis estão desnutridas. O surto de fome é resultado da pior seca dos últimos 60 anos, que se abateu sobre a Somália e já se espalha pelo Chifre da África. Segundo a ONU, aproximadamente 10 milhões de pessoas já foram atingidas na Somália, no Quênia, no Djibuti e na Etiópia. […] Além da seca, a fome somali é fruto de um país devastado pela guerra civil -que não tem um governo central desde 1991. Apesar da existência de um governo provisório, quem exerce o poder de fato são milícias e ‘senhores da guerra’.”
Folha de S.Paulo, 05/08/2011

28ª semana de 2011

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“A atividade profissional das mulheres tende a melhorar a qualidade de vida das famílias não só em função da renda obtida, mas também da qualidade dos gastos. As mulheres investem em suas famílias, em média, 90% do que ganham no trabalho. Já entre os homens, o percentual fica entre 30% e 40%. As informações são do banco Goldman Sachs, citando dados do Banco Mundial. De acordo com a instituição, as mulheres gastam mais com itens como alimentação, educação, roupas e cuidados com a saúde – principalmente para os filhos. Já os homens gastam mais com bebida alcoólica e cigarro.”
Folha de S.Paulo, 10/07/2011

“Quando uma nova descoberta é anunciada, cabe à comunidade científica julgar o seu valor. Quanto mais importante a descoberta, mais cuidadosa deve ser esta análise. […] Erros podem persistir por um tempo, mas não indefinidamente. Essa é a força da ciência.”
Marcelo Gleiser – Folha de S.Paulo, 10/07/2011

“Segundo cientistas, um simples passeio num parque é capaz de aumentar a capacidade de um indivíduo para solucionar problemas. Submetidos a uma experiência comandada por neurocientistas, grupos foram convidados a realizar uma bateria de provas várias vezes num dia. Um deles, porém, era convidado, entre um exame e outro, a caminhar por um bosque. Os demais caminhavam apenas pela rua, sem tanta presença da natureza. Nessa experiência, comandada por neurocientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, constatou-se que o passeio entre as árvores estava associado a um desempenho melhor nos testes. O resultado coincide com os de uma análise, divulgada no final do ano passado, feita com base em 25 estudos sobre a reação cerebral de pessoas que andam ou correm em ambientes verdes. Estes mostraram que, de modo geral, há redução da ansiedade, da depressão, do cansaço e da tristeza.”
Gilberto Dimenstein – Folha de S.Paulo, 10/07/2011

“O ‘pensamento positivo’ não existe. É mito. É uma clamorosa estupidez.
Sim, o apoio psicológico é necessário em momentos de fragilidade oncológica, afirma Jimmie Holland (psiquiatra no memorial Sloan-Kettering, em Nova York, e há mais de 30 anos acompanha doentes com câncer.). O bem-estar psíquico é importante para os doentes e para as suas famílias. E é importante também não deixar que a depressão se instale: quando há tratamentos para fazer, não é boa ideia ficar na cama todo dia, chorando a respetiva sorte. Mas ‘ser positivo’ é outra história: é acreditar que a nossa vontade otimista, nosso humor solar, nossa forma de ‘encarar a vida’ e outros clichês mentecaptos serão capazes de reverter uma doença impessoal. Essa crença é típica do racionalismo moderno na sua recusa extrema de aceitar o imponderável.”
João Pereira Coutinho – Folha de S.Paulo, 12/07/2011

“Se a geração de empregos é uma preocupação mundial, entre os jovens é uma preocupação maior ainda. A forma como a educação é pensada hoje em tantas partes do mundo não está apta a atender à demanda desses jovens e às necessidades desses tempos. […] O mundo precisa de várias formas de saber. E o sistema educacional deve estar preparado para várias formas de ensinar. Com um sistema educacional mais objetivo e mais sintonizado com as diferentes realidades e demandas do mundo, nós construiremos a primavera do saber, dando a oportunidade, seja no ensino universitário ou no técnico, para o ser humano desabrochar como puder ou quiser.”
Nizan Guanaes, publicitário – Folha de S.Paulo, 12/07/2011

“Educação tem que ser discutida todo dia no jantar. Que nem novela. A gente não sabe tudo sobre os personagens? O interesse pela educação deveria ser nesse nível.”
Seu Jorge, 41, cantor – Folha de S.Paulo, 13/07/2011

“Em sua opinião, uma memória global é tanto uma maldição quanto uma benção. A incapacidade de esquecer, defende Mayer-Schönberger (professor da Universidade de Oxford), limita a capacidade das pessoas de tomar decisões e de criar laços.”
Stuart Jeffries – Folha de S.Paulo, 13/07/2011

“Nos países pobres, a nova classe média vai rapidamente exigir mais e melhores escolas, água, hospitais, transportes e todo tipo de serviços públicos.
Não existe governo no mundo que atenda a essas exigências na mesma velocidade em que elas se produzem. A instabilidade política provocada por esse abismo já é visível em muitos países. As consequências internacionais ainda não são tão evidentes. Mas serão.”
Moisés Naím – Folha de S.Paulo, 15/07/2011

“No DVD, começo falando da felicidade, dizendo que ela não está numa conquista, como as pessoas estão pregando por aí: “Você vai ser feliz, vai ter prosperidade”. Tenho tentado mostrar que Deus não está agindo aumentando uma conta de banco, ou te dando uma porta de emprego. Pra mim, Deus não é isso. Fui entendendo Deus de uma forma diferente. Vi que algumas coisas em que eu acreditava, ou fui levada a acreditar, não estavam na Bíblia. Eu interpretava uma frase errada dentro de um contexto. Por exemplo, numa passagem da Bíblia está escrito que para se curar da lepra era preciso dar sete mergulhos no rio Jordão. Então [eu pensava]: se Deus precisava que eu desse sete mergulhos, hoje Ele precisa que eu dê uma oferta, que eu entregue meu dízimo. E até meu dízimo não estar entregue, não vou receber meu milagre. Hoje vejo que Deus conhece o meu coração. Se eu entreguei ou não alguma coisa para Deus.”
Caroline Celico, 23 anos [esposa do jogador de futebol Kaká] – Folha de S.Paulo, 15/07/2011

“Eu sempre me faço uma pergunta: ‘O que podemos fazer?’ A primeira coisa é se informar. Há tantas informações disponíveis, novos dados que surgem e, no entanto, somem o tempo todo. Informe-se ao máximo, converse com as pessoas, aperte os políticos. É preciso fazer muita pressão. […] Seu tempo é um luxo, não se acomode aceitando as coisas passivamente. Invista nas coisas, lute por uma causa.”
Vivienne Westwood, estilista, Revista Marie Claire – julho de 2011

“É necessário um fator ambiental – violência, problemas financeiros, de relacionamentos, drogas, bullying – para desencadear o transtorno mental em pessoas que tenham predisposição genética. Em meus 11 anos como psiquiatra, nunca vi alguém surtar quando tudo à sua volta está bem. Sempre tem um fator que é o estopim. […] A diferença do transtorno mental para outras doenças da medicina é a intensidade. Com outras doenças você consegue ter um diagnóstico categórico. Com transtornos mentais é contínuo, gradativo, não existe sim ou não. Há pessoas que a gente vê em nosso dia a dia que manifestam alguns traços, são mais esquisitas, e que para ter o diagnóstico às vezes falta meio passo.”
Gerardo de Araújo Filho, médico psiquiatra, Revista Cult – julho de 2011

26ª semana de 2011

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“O Brasil vai ser o que as mulheres negras quiserem que ele seja. Nesse momento, as mulheres negras ainda estão trabalhando 10 horas por dia, estão limpando casa, com raríssimas exceções estão em cargos de poder. Além de tudo, o Brasil é um país majoritariamente do sexo feminino e de cor preta. Enquanto essa grande maioria do sexo feminino e de cor escura estiver ainda tendo que cuidar 100% do seu dia de filho, de marido, a situação vai continuar muito complicada. […] A maioria dos negros brasileiros não é do candomblé nem da umbanda, nem católicos, a maioria dos negros brasileiros é evangélica.”
Jefferson De, cineasta paulista – Revista Caros Amigos, junho de 2011

“Quando há épocas, como a nossa, durante as quais o número de mortes voluntárias aumenta, razões culturais estão em jogo. Razões estas que apontam para o diagnóstico que vivemos numa cultura de alguma forma doente.”
Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da USP – Revista Psique, junho de 2011

“A cultura interfere muito em como cada um funciona e as patologias se modificam de acordo com as mudanças culturais. Na época de Freud, quando havia muito romantismo e pouco sexo, uma das grandes patologias era a histeria. Depois, mudou para muito sexo e pouco romantismo, e hoje uma das grandes patologias é a depressão.”
Cristina Greco, psicóloga – Revista Psique, junho de 2011

“Quem vai tomar a decisão deve perguntar: que alternativas foram consideradas? Em que estágio foram descartadas? Houve uma busca consciente de informações que refutariam a hipótese central ou apenas de evidências que confirmavam o que está descrito na recomendação final?”
Daniel Kahneman, Dan Lovallo e Olivier Sibony – Harvard Business Review, junho de 2011

“Bom empreendedor é aquele que sabe fracassar, fazendo dessa experiência uma motivação e um aprendizado.”
Gilberto Dimenstein- Folha de S.Paulo, 26/06/2011

“Apesar da importância estratégica de que a economia verde ocupe o centro da inovação, isso não afasta o desafio de repensar os padrões de consumo, os estilos de vida e o próprio lugar do crescimento econômico, como objetivo autônomo, nas sociedades contemporâneas. Inovação e limite são as duas palavras-chave da economia verde.”
Ricardo Abramovay, prof. titular do Depto. De Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP – Folha de S.Paulo, 27/06/2011

“Crianças de baixa renda só vão ter uma performance de alto nível se suas necessidades não forem ignoradas. Sozinhas, as escolas não reduzirão a pobreza ou produzirão igualdade.”
Diane Ravitch, historiadora norte-americana – Folha de S.Paulo, 27/06/2011

“É no período de férias que melhor podemos perceber o quanto, no mundo contemporâneo, os pais se transformaram em tecnocratas na relação com os filhos.
Eles cumprem religiosamente todas as suas funções “oficiais”: levam, trazem, cuidam, supervisionam e acompanham os afazeres da criança, principalmente os escolares.
Também batalham incansavelmente para proporcionar à prole do bom e do melhor. Mas, no final das contas, não sabem ao certo de que maneira se relacionar intimamente com os filhos.”
Rosely Sayão, psicóloga – Folha de S.Paulo, 28/06/2011

“Marcha para Jesus…o que se viu na manifestação foram mais trevas do que luz. Valendo-se do nome e da imagem de Jesus, a caminhada desfilou uma sucessão de ataques aos que são considerados os atuais piores ‘inimigos’ da cristandade, verdadeiros aliados do demônio: os homossexuais, atacados em si, em seus direitos e em suas reivindicações. Puxada por pastores-políticos, a passeata não perdoou algumas instituições do País (o STF, antes de tudo) que, por se mostrarem sensíveis a temas tidos como tabus, deveriam ser vistas como auxiliares do processo de entronização de Satanás na Terra. O ato foi festivo e familiar na formatação geral, mas teve um subtexto que lhe deu o tom de marcha fúnebre, uma contramarcha, triste na evolução e reacionária no objetivo. Deixou claro que a fé muitas vezes caminha abraçada com o fanatismo e o fervor obscurantista, veículos certos da intolerância e da discriminação. Para piorar, a marcha forneceu palco para campanhas políticas explícitas, deixando-se arrastar por elas.”
Marco Aurélio Nogueira – professor titular de Teoria Política da UNESP – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011

“O Estado laico é instrumento para criar um espaço de liberdade e de pluralismo, e não para impor valores considerados ‘laico’. A laicidade é um meio, e não um fim. Essa afirmação não significa uma mitigação da neutralidade do Estado. É a proteção para que continue sendo laico. Caso contrário, o Estado ainda estaria atuando por visões compreensíveis não generalizáveis. O caráter laico do Estado não decorre de uma substituição de referenciais – antes, uma visão religiosa; agora, uma visão ateia ou agnóstica da vida -, mas de uma revisão do seu âmbito e das suas competências. O Estado laico não diz que as religiões são falsas, e sim que é incompetente para qualquer declaração nesse âmbito.”
Nicolau da Rocha Cavalcanti – advogado, presidente do Centro de Extensão Universitária – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011

“As pessoas só conseguem se manter criativas e inovadoras se estiverem felizes e otimistas.”
Chip Heath – prof. da Escola de Negócios da Universidade Stanford, doutor em psicologia – Revista Época, 27 de junho de 2011

“Tudo o que é humano é em todo lugar reinventado.”
Roberto DaMatta – O Estado de S.Paulo, 29/06/2011

“Eco significa casa. Logia, conhecimento. Mas não se trata apenas de conhecer a casa. É preciso cuidar da casa. Gosto de ecobionomia, que seria administrar a vida na casa. Mas sei que o termo nunca vai pegar.”
Frei Betto, O Estado de S.Paulo, 29/06/2011

“Entretenimento distai, mas não tem compromisso com qualquer outro objetivo que não o de nos distrair do vazio. […] A ilusão do entretenimento é um risco. É um alívio momentâneo ficarmos correndo atrás de coisas que nos distraiam do vazio. Isso nos atola cada vez mais no pântano da banalidade.”
Caco Ciocler, ator – Folha de S.Paulo, 30/06/2011

“Acho que às vezes os políticos abusam dessa fé das pessoas para justificar suas decisões. Meu pai era muçulmano, minha mãe era batista. Eu pertenço à Igreja Metodista, minha mulher é presbiteriana. Duas das minhas filhas se casaram com judeus, outras duas se casaram com católicos. Todos convivem muito bem com suas crenças.”
Ferid Murad, 75, Prêmio Nobel em 1998 – Folha de S.Paulo, 01/07/2011

“A vida real tem seus códigos de convívio -nela, para melhor andamento dos trabalhos, somos mais tolerantes e evitamos dizer o que pensamos uns dos outros. Mas a internet está fora desses códigos. Nesta, ao sermos convidados a “interagir” e a “postar” nossos comentários, podemos despejar tudo que pensamos contra ou a favor de quem quer que seja. Quase sempre, contra. Uma sequência de comentários -que, em poucas horas, são milhares- a respeito de qualquer coisa nas páginas on-line é uma saraivada de ódios, despeitos, rancores, recalques e ressentimentos. Pode-se ofender, ameaçar e agredir sem receio, como numa covarde carta anônima coletiva. Alguns dirão que isso tem um lado bom -com a internet, acabou a hipocrisia e, agora, as pessoas podem se revelar como realmente são.”
Ruy Castro, – Folha de S.Paulo, 01/07/2011

“A humanidade é muito ansiosa porque nossa sobrevivência, em grande medida, é baseada na preocupação. Os ancestrais calmos que acaso tivemos morreram muito tempo atrás; aqueles que sobreviveram foram os nervosos. Descendendo de pessoas que se preocupavam com a maior parte das coisas. Mas, além do nível habitual de ansiedade em relação à sobrevivência, a sociedade acrescentou um novo tipo, que chamo de ansiedade do status. Trata-se de uma preocupação sobre nossa permanência no mundo, se estamos por cima ou por baixo, se somos ganhadores ou perdedores. Preocupamo-nos com nosso status por uma razão simples: porque a maior parte das pessoas tende a ser bacana conosco dependendo do nível de status de que desfrutamos.”
Alain de Botton, filósofo inglês – Revista Cult, junho de 2011

“Muita coisa dá para mudar. Em vez de reclamar, mudar. O tempo é democrático, todo dia tem 24 horas, toda hora tem 60 minutos e todo minuto 60 segundos. O tempo do rei e o do mendigo transcorrem do mesmo jeito. Quando você diz: ‘Não tenho tempo para isso’, você está dizendo: ‘Não dou prioridade para isso dentro do meu tempo’. Outra vez, estamos na liberdade de escolha.”
Lidia Aratangy, 70, psicóloga – Lola Magazine, junho de 2011

“Empreendedores (e executivos) bem-sucedidos pensam em aprendizado do mesmo modo como a maioria das pessoas pensa em fracasso.”
Peter Sims – escritor e consultor – Revista Época Negócios, junho de 2010

20ª semana de 2011

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“As psicólogas holandesas Elianne van Steenbergen e Naomi Ellermers, da Universidade de Leiden, entrevistaram mulheres que tinham grande sucesso profissional e eram engajadas em várias causas e projetos pessoais. Segundo as entrevistas, ‘as supertrabalhadoras’ se sentiam ainda mais ativas quando se dedicavam à vida afetiva, aos parceiros, filhos e amigos. Já as que se dedicavam apenas à profissão, em detrimento de relações pessoais, mostravam-se mais cansadas e insatisfeitas. O resultado indica que não há, necessariamente, contradição entre trabalho e família – o maior desafio parece ser encontrar tempo para diversificar os interesses e investimentos afetivos e, assim, ter a possibilidade de viver experiências mais satisfatórias em diversas áreas.”
Nikolas Westerhoff, Revista Mente e Cérebro, maio de 2011

“Se alguém perguntar se sua vida foi, até agora, um sucesso ou um fracasso, o que você vai responder? O que é ter tido uma vida de sucesso? Bem, depende de cada um. […] Temos todos -quase todos- excelentes razões para achar que nossa vida foi gloriosa ou um vale de lágrimas. Você, por exemplo, já deve ter passado por ótimos e por péssimos momentos; quais ficaram na sua cabeça, ou melhor, no seu coração? Os melhores ou os piores?”
Danuza Leão, Folha de S.Paulo, 15/05/2011

“Pesquisa da faculdade de saúde pública de Harvard revela que sim: tanto a tristeza como a felicidade ‘pegam’. Usando recursos da epidemiologia, os pesquisadores mediram como pessoas que demonstram alegria propagam uma atitude mais positiva entre familiares e amigos, gerando um contágio. Viram também que a tristeza passa por fenômeno semelhante, mas (felizmente) sem a mesma intensidade da felicidade. A informação é baseada no acompanhamento de 5.000 pessoas durante 20 anos.
Os cientistas da felicidade, usando equipamentos de ressonância magnética e grupos de controle, estão dando caráter científico a práticas milenares, como a meditação. Esse conhecimento já vem sendo experimentado nos hospitais para ajudar na recuperação de pacientes.
Também nos hospitais são feitos testes que revelam como pessoas alto-astrais têm menos propensão a problemas do coração, hipertensão, diabetes ou infecções respiratórias. Vemos, assim, como determinadas sensações provocam reações bioquímicas no corpo.”
Gilberto Dimenstein, Folha de S.Paulo, 15/05/2011

“Hoje, não queremos apenas ser felizes. Sentimos a obrigação esmagadora de o ser: de acumular os objetos, as experiências e as aparências de uma utopia pessoal tão devastadora como as utopias coletivas do passado. […] Quem vive para um único fim perfeito não pode tolerar uma multidão de momentos imperfeitos.”
João Pereira Coutinho, Folha de S.Paulo, 17/05/2011

“Em muitas dessas vezes, a origem da depressão não é uma perda, nem propriamente uma frustração, mas a aparição de um desejo novo que não foi reconhecido. E os novos desejos, sobretudo quando são silenciados, desvalorizam a vida que estamos vivendo.”
Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo, 19/05/2011

“Acho que as corporações são abatedouros da alma humana. Ainda temos um longo caminho pela frente até encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. A natureza das empresas é fazer o profissional trabalhar o máximo possível. Elas querem fazer dinheiro”.
Nigel Marsh, 48, presidente de uma empresa do grupo Young & Rubicam, Você S/A, maio de 2011

“Há muitas oportunidades no Brasil, em todos os setores da economia – agricultura, petróleo, gás, etanol, energia elétrica, aviação. O setor privado brasileiro é um dos mais fortes do mundo.”
William Rhodes, banqueiro americano, Revista Época, 16/05/2011

9ª semana de 2011

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“Nada agride mais que a bondade explícita.”

Arnaldo Jabor, O Estado de S.Paulo, 01/03/2011

 

“5 mulheres agredidas a cada 2 minutos no Brasil, vítimas, sobretudo, da violência doméstica. Os dados são da Fundação Perseu Abramo e do Sesc. Essas duas entidades realizaram pesquisa com 2.365 mulheres espancadas e 1.181 homens agressores.”

Revista IstoÉ – 02/03/2011

 

“Um dos expoentes da Assembleia de Deus, o pastor Silas Malafaia pregou na semana passada, em um templo novinho de Vitória em Cristo, em Araruama, município da região dos Lagos fluminense. Pouco louvor e mais terror. Depois de informar o custo da igreja (R$ 600 mil), ele foi direto com os fiéis: ‘Quem não der oferta, tudo bem. Mas não sairá daqui abençoado.’ Considerando que a bênção vem de Deus, parte do público deixou o local.”

Ricardo Boechat, Ronaldo Herdy, Revista IstoÉ – 02/03/2011

 

“A retomada do crescimento econômico do país, em 2010, favoreceu também o mercado editorial. A editora Universo dos Livros teve crescimento de 220% nas vendas. Contribuíram para a alta os mais de 100 mil exemplares do livro ‘O Homem que Falava com Espíritos’, biografia de Chico Xavier. Em relação a 2009, a editora teve um crescimento de 15% nas vendas. Em 2011, o grupo pretende lançar 270 livros, 20 a mais do que no ano passado. ‘Vamos investir em projetos de autores nacionais, e-books e audiolivros’, diz Alexandre Mathias, diretor-executivo da editora. Também em relação a 2009, a editora Record cresceu 22%. Para este ano, a empresa estima um aumento de 16% nas vendas.”

Folha de S.Paulo, 03/03/2011

 

“A Amazon anunciou recentemente que o e-book já é o formato de livro mais vendido no site, ultrapassando as edições em brochura, que desde o início foram o principal ganha-pão da rede. Eu trabalho em uma editora, e cada anúncio desses é recebido com um misto de apreensão, cautela e ansiedade. Num primeiro momento, a relação com o e-book foi de desconfiança: os aparelhos são caros no Brasil, a pirataria é galopante, essa moda vai passar. Mas o sucesso do Kindle e do iPad indica que, em breve, os leitores brasileiros poderão exigir das editoras que seus lançamentos e catálogos estejam disponíveis nesses formatos. […]O fato é que ainda não há um mercado de livros eletrônicos no Brasil. Sinto que a ansiedade às vezes leva as editoras e lojas a tentar ocupar esse espaço inexistente, em vez de entender como ele vai se configurar num futuro próximo. Para mim, não é o momento de se vender e-books no Brasil, e sim de criar condições para que esse mercado atinja seu potencial em nossas praias.”

André Conti, Folha de S.Paulo, 02/03/2011

 

“O problema é que, se por um lado estamos livres para opinar, por outro acabamos atados a uma competição mundial por audiência. Hoje, cada ser humano conectado à rede é uma miniempresa de comunicação de si mesmo, atrás de atenção.
O que pode nos levar a encarar as opiniões não como o que elas são, pontas de icebergs que revelam nossas visões de mundo, muitas vezes sem graça e parecidas com as da maioria das pessoas, mas como commodities a serem oferecidas ao mercado.
Atrás dos sinais imediatos de reverberação – retuítes, comentários no blog, polegares erguidos no Facebook ou mesmo e-mails desaforados à redação-, muita gente parece não refletir sobre o que pensa deste ou daquele assunto, mas calcular: qual a opinião mais “cool”, ou polêmica, ou bizarra, ou engraçada, para oferecer na bolsa mundial de ideias? Pior pro mundo, pois quando estamos dispostos a abraçar qualquer ponto de vista, o resultado inevitável é o cinismo -essa aridez existencial. […] Apresenta-se como pensamento crítico, uma defesa da liberdade individual contra as amarras da moral e do Estado, mas nada tem de corajoso.”

Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 02/03/2011

 

“Casos de derrame aumentam entre os jovens, mostra levantamento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, ligados ao Departamento de Saúde dos EUA.
Em pouco mais de uma década, houve crescimento de 51% nas internações por acidente vascular cerebral isquêmico entre homens de 15 a 34 anos. Nas mulheres dessa faixa, a alta foi de 17%. […] No Brasil, as doenças cerebrovasculares também tiveram aumento expressivo entre os jovens, segundo números do Datasus, banco de dados do Ministério da Saúde. Entre 1998 e 2007, houve crescimento de 64% nas internações por AVC entre homens, e de 41% entre mulheres na faixa de 15 a 34 anos. […]”Pensam que é doença de velho, mas cada vez mais jovens chegam aos hospitais com perda de força nos membros, tonturas, sinais que antes só víamos entre pessoas de mais idade”, diz a neurologista Sheila Martins. O jovem, segundo ela, está ingerindo mais sal, bebendo mais álcool e comendo mal.”

Guilherme Genestreti, Folha de S.Paulo, 02/03/2011

 

“Não quero ser jovem, ou ser considerada como tal. Quero ser sempre sofisticada, isso sim, aparentar a idade que tenho e não ouvir que pareço mais jovem do que sou”.

Isabella Rossellini, Carta Capital – 02/03/2011

 

“Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que possuímos no País 340 mil médicos, o que para uma população de 190 milhões representa 1,78 médicos para cada mil habitantes, número insuficiente quando comparado com os 2,6 nos Estados Unidos, 3 na Argentina, 3,2 na Europa Ocidental, 3,8 em Portugal e 6,6 por mil habitantes em Cuba. […] Essa deficiência é agravada pela distribuição dos médicos no território nacional. Mais da metade encontra-se nas capitais, enquanto nessas cidades vive apenas 20% da população. Isso pode levar à conclusão de que, nas capitais, o número de médicos é suficiente. Quando se verifica que Vitória possui um médico para 127 habitantes (7,8/mil), Recife tem um médico para 213 habitantes (4,7/mil), Porto Alegre um médico para 180  habitantes (5,5/mil), São Paulo um médico para 312 habitantes (3,2/mil), a conclusão de que as capitais estão bem atendidas parece correta. Ocorre que a concentração de médicos acompanha, aproximadamente, a distribuição dos hospitais. E, quando analisamos, por exemplo, na capital de São Paulo a disponibilidade de leitos hospitalares salta à vista a desigualdade da distribuição. […] Desde 1996, decidiu-se aumentar o número de cursos médicos. De, aproximadamente, 9 mil vagas, hoje ultrapassamos 15 mil e o número de faculdades, que era de 82, ampliou-se para 180. Entretanto, isso não foi acompanhado de melhora da distribuição de médicos, pois eles não estão sendo preparados para cuidar da população, mas para disputar vagas em residência médica.”

Adib Jatene, médico e ex-ministro da Saúde – Carta Capital – 02/03/2011

 

“Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiquado demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo. Sempre me fascinaram as mudanças – às vezes avanços, às vezes retorno à caverna, Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo nossos usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão de mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então de vez em quando nos pegamos dizendo, como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: ‘Nossa! Como tudo mudou!’.”

Lya Luft, Veja – 02/03/2011

 

“Somos uma empresa que vive da inovação. Somos também uma empresa que cresceu vertiginosamente. Nosso desafio neste momento é impedir que haja uma perda de agilidade, uma ossificação.”

Eric Schmidt, 55, presidente do Google, Veja – 02/03/2011

31 de dezembro de 2010

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“As mulheres vivem com os nervos à flor da pele. Um levantamento realizado pela Med-Rio, especializada em check-ups, com 10.000 executivas ao longo dos últimos 20 anos mostra que o número de mulheres estressadas aumentou de 40%, no início dos anos 1990, para 60% em 2010.. ‘A dupla jornada de trabalho submete as mulheres à mesma tensão, ou talvez até maior, que a vivida pelo homem. Como consequência, elas estão desenvolvendo uma série de patologias que antes eram mais frequentes no universo masculino’, diz o especialista em medicina preventiva Gilberto Ururahy, diretor médico da Med-Rio. Quem mais sofre com os altos níveis de estresse é o coração. Na década de 60, para cada vítima feminina de doenças cardiovasculares havia nove masculinas. Hoje, depois da emancipação feminina, a proporção é de uma para três.”

Claudia Miranda, Revista Você S/A – dezembro de 2010

 

“Tolerância é uma forma de respeito, sim, mas a tolerância com o desrespeito perde sua essência. Uma sociedade assim desrespeita a si mesma, banaliza a educação, embrutece as relações, diminui seu valor e compromete seu futuro. E tudo começa nos pequenos atos, que se replicam nas grandes decisões.”

Eugenio Mussak, rofessor do MBA da FIA e consultor, Revista Você S/A – dezembro de 2010

 

“Ao subir a rampa, em primeiro de janeiro de 2003, Lula carregou com ele uma história de vida incontrastável e uma nítida boa vontade de pobres, de ricos e da classe média que antes o rejeitava. Ao descer, em primeiro de janeiro de 2011, deixa um raro registro de sucesso para a história. Ele pegou o bonde da estabilidade andando e tocou em frente, movido por um ambiente internacional francamente favorável e por sua estrela, inteligência, intuição, carisma e empatia com o seu povo. Em seu governo, milhões de pessoas saíram da miséria, geraram-se empregos, ampliou-se o crédito, famílias pobres entraram no mercado consumidor. Ele ficou com o carimbo da justiça social num país sempre tão cruelmente desigual. […]Lula desce a rampa idolatrado dentro e fora do país e inebriado por um balanço que lhe é inegavelmente favorável. Mas a vida continua, a história está sendo escrita. Fora do poder, o desafio do homem Lula será sustentar o mito Lula.”

Eliane Cantanhêde, Folha de S.Paulo – 31/12/2010

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