Posts tagged família

18ª semana de 2013

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“Sou alegre. Felicidade é passageira. Alegria é alegria de Deus. A Bíblia fala mais em alegria do que em felicidade.”

Heloisa Périssé, “Folha de S.Paulo” – 28/04/2013

 

“A malandragem avança sob a égide de lições não tão cívicas. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Aos amigos, pão; aos adversários, pau. Nossa balança tem dois pesos e duas medidas. E a lei? Ah, é pra inglês ver.”

Gaudêncio Torquato, “O Estado de S.Paulo” – 28/04/2013

 

“O Brasil é o país em que mais se consome crack no mundo. Ele ocupa o segundo posto em relação à cocaína. Como avaliar o impacto de drogas no controle dos impulsos em jovens que talvez ainda nem tenham domínio sobre suas ações?

Longe de defender um jovem que detona bombas numa maratona ou de outro que mata a sangue-frio, acho pouco provável que alterar a maioridade penal dê conta dessa questão. Certamente, educação, atenção, perspectiva e projeto de vida teriam efeitos mais amplos e significativos.”

Jairo Bouer, “Revista Época” – 29/04/2013

 

“O contrário do provisório seria o permanente. O problema é que a permanência não passa de uma ilusão. ‘A única coisa permanente na vida é a mudança’, disse Heráclito. Tinha razão, o grego, pois a velocidade com que os elos que formam a corrente de nossa vida se sucedem é desesperadora. Até o que parece não mudar se transforma, o que significa melhorar, piorar ou simplesmente mudar.”

Eugenio Mussak, “Revista Vida Simples” – abril de 2013

 

“Alguns estudos já relacionaram o hábito de manter refeições regulares com toda a família reunida em volta da mesa a menores índices de gravidez na adolescência, dependência de drogas e obesidade. Um artigo publicado na Journal of Marriage and Family esclarece essa associação: comer juntos reflete outros aspectos do ambiente familiar, como maiores recursos econômicos, vínculos emocionais mais estreitos ou até mesmo pais mais autoritários. Segundo os autores, os cientistas sociais Kelly Musick e Ann Meier, relações familiares mais saudáveis compreendem principalmente o diálogo entre pasi e filhos, o que pode ser exercitado em várias oportunidades, como o trajeto de carro da casa à escola, por exemplo. Um estudo de 2010 da Universidade Colúmbia apontou, inclusive, que é dentro do carro que os adolescentes são mais propensos a conversar com os pais sobre assuntos que consideram importantes.”

“Revista MenteCérebro” – abril de 2013

 

“Para as mulheres brasileiras, diferentemente das de outras culturas, o trabalho tem que vir junto com uma vida familiar feliz, com tempo e pelo menos um filho. É como se elas tivessem três grandes áreas a dominar para ser felizes e bem-sucedidas: o trabalho, a família e a aparência.”

Mirian Goldenberg, “Revista Você SA” – abril de 2013

 

“Apesar das gravíssimas ameaças conhecidas, os investimentos em energias ‘limpas’ no primeiro trimestre deste ano ficaram 22% abaixo dos que foram feitos em igual período do ano passado. Em 2012 o investimento global em renováveis já cairá 11%, para US$ 269 bilhões. E, segundo a ONU, é preciso investir anualmente pelo menos US$700 bilhões para atender à população de 8 bilhões de pessoas em 2030.”

Washigton Novaes, “O Estado de S.Paulo” – 03/05/2013

09ª semana de 2013

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“Cibercrime é um braço em expansão do crime organizado e precisa ser combatido para garantir a qualidade de vida on-line.”

Luli Radfahrer, “Folha de S.Paulo” – 25/02/2013

 

“Parece que as coisas não são verdadeiramente importantes até que se percam. Uma vez perdidas, passam a ser recordadas, mitificadas, idealizadas. Ou o contrário, odiadas. Enfim, quando algo se perde, começa a ser possível. Isso é tortuoso, complicado, obscuro. É difícil se relacionar com as coisas perdidas. Mais complicado ainda estabelecer uma relação justa com elas. Que não seja nem de nostalgia e nem de ódio. Tentei ver se era possível ter uma outra relação com o passado – que não fosse de idealização nem de rancor. E veja: uma relação justa não é, necessariamente, equilibrada. Pode ser passional, descontrolada. Podemos ter conexões fortes com o passado, mas não de escravidão.”

Alan Pauls, “O Estado de S.Paulo” – 25/02/2013

 

“Os reclames da igreja no nosso tempo exigem resposta às lições dramáticas do terrorismo, à coexistência das diferenças, à humildade da conversão e à afirmação não-retórica do comunitarismo. A renúncia serve para superar as rotinas da continuidade da igreja-instituição e implementar uma nova face, de igreja-serviço, próxima aos fiéis.”

Candido Mendes, “Folha de S.Paulo” – 26/02/2013

 

“Pretenciosa e inútil ingenuidade? Não, se consideramos a alternativa: não fazer nada, deixar como está, evitar abrir esse canal de participação política novo para os que anseiam por algo diferente. […] Partido: concentração. Rede: dispersão. Nossos instrumentos para virar pelo avesso o avesso que vivemos.”

Alfredo Sirkis, “Folha de S.Paulo” – 27/02/2013

 

“Estou ciente dessa preferência, mas receio que ela não tenha o fundamento alegado. Ao contrário do que dizem alguns militantes, simplesmente não é verdade que “-ismo” seja um sufixo que denota patologia. […] Compreendo que os gays procurem levantar bandeiras, inclusive linguísticas, para mobilizar as pessoas. Em nome da cortesia pública, eu me disporia a adotar a forma “homossexualidade”, desde que ela fosse defendida como uma simples predileção. Mas, enquanto tentarem justificar essa opção com base em delírios etimológicos, sinto-me no dever de continuar usando a variante em “-ismo”. Alguém, afinal, precisa zelar para que preconceitos não invadam e conspurquem o universo de sufixos, prefixos e infixos. A batalha pode ser inglória, mas a causa é justa.”

Hélio Schwartsman, “Folha de S.Paulo” – 27/02/2013

 

“A França é um estado laico e, portanto, o único casamento válido perante a lei é o civil. Mas existem mulheres que vivem com outras mulheres e homens que vivem com outros homens, e alguns até adotam crianças e formam uma família. Mas, se um deles morre, o outro não tem direito a nada. É como se o estado estivesse punindo essas pessoas por fazerem aquilo que é condenado pela religião. Logo, não posso concordar com isso.”

Karl Lagerfeld, “Revista Veja”, 27/02/2013

 

“O poeta libanês Khalil Gibran, em um de seus melhores momentos, escreveu: ‘Teus filhos não são teus filhos. São filhos e filhas da vida. Não vieram para ti, vieram através de ti…’ Vieram através de ti… através. De acordo com o poeta, cada pai e mãe compõe a travessia do filho para a aventura do viver.”

Eugenio Mussak, “Revista Vida Simples” – fevereiro de 2013

 

“Só a indignação evita a depressão, impede que se pegue a chapéu e se deixar de sonhar.”

Miguel Reale Júnior, “O Estado de S.Paulo” – 02/03/2013

 

“A transmissão de bens materiais e valores imateriais entre a geração mais velha e a mais nova não acontece automaticamente e pode sofrer entraves. Para que a herança chegue a bom termo, é necessário que os mais velhos, imbuídos da consciência da finitude, cedam o centro do palco para os mais novos. Não é uma decisão fácil e alguns não conseguem concretizá-la. Outros, tomados pela ambivalência, o fazem pela metade ou de forma inadequada, criando inúmeras complicações.”

Sérgio Telles, “O Estado de S.Paulo” – 02/03/2013

“Encontrei uma mulher que amo, e as crianças expandiram meu mundo para muito além do que imaginava. Isso é muito gratificante, ainda que eu não consiga mais dormir. Ser pai de uma grande família amorosa é o ponto alto da minha vida.”

Brad Pitt, “Revista Alfa” – fevereiro de 2013

18ª semana de 2012

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“Do jeito que a ciência é ensinada nas escolas, não é à toa que a maioria das pessoas acha que o conhecimento científico cresce linearmente, sempre se acumulando. No entanto, uma rápida olhada na história da ciência permite ver que não é bem assim: o caminho que leva ao conhecimento é tortuoso e, às vezes, vai até para trás, quando uma ideia errada persiste por mais tempo do que deveria. […] Apresentar a ciência nas escolas e universidades ou nos meios informais de comunicação como um triunfalismo infalível da civilização esconde um de seus lados mais interessantes: o drama da descoberta, as incertezas da criatividade.”
Marcelo Gleiser – Folha de S.Paulo, 29/04/2012

“Eugenia quer dizer criar jovens belos, bons e perfeitos. […] Na peça filosófica, Sloterdijk dizia que o projeto eugênico ocidental é filho de Platão (‘A República’, por exemplo), e que se ele não deu certo nas engenharias político-sociais utópicas modernas, nem na educação formal propriamente, estava dando certo na biotecnologia e nas tecnologias de otimização da saúde. Alguém duvida que academias de ginástica, consultoras em nutrição, espiritualidades narcísicas ao portador (como a Nova Era e sua salada de budismo, decoração de interiores e física quântica), cirurgias e tratamentos estéticos, checkups anuais, ambulatórios de qualidade de vida, pré-natal genético e interrupção aconselhada da gravidez de fetos indesejáveis sejam eugenia? […] A fuga da agonia humana diante do sofrimento via nossa decisão (silenciosa) de tornar a vida perfeita a qualquer custo, mesmo que esta decisão venha empacotada em conceitos baratos como ‘qualidade de vida’, ‘felicidade interna bruta’ ou ‘direito a autoestima’.”
Luiz Felipe Pondé – Folha de S.Paulo, 30/04/2012

“Casa nova, escola nova, outra empresa, às vezes outra cidade ou até país. Abraçar o novo implica, por um lado, abandonar o familiar, a rotina confortável e as expectativas usuais e, por outro, lançar-se ao desconhecido. Não é à toa que pessoas diferentes têm respostas diversas a mudanças. Para começar, o valor do ambiente que se tornou familiar é extremamente pessoal: depende da sua história particular naquele contexto, das suas experiências, das memórias formadas ali, enfim, do valor associado ao que se está deixando. […] Em algumas pessoas, o sistema que gera angústia frente ao desconhecido é mais forte do que em outras. […] É possível ter sentimentos aparentemente contraditórios em relação a uma mudança para um novo emprego, por exemplo: sentir-se ao mesmo tempo angustiado, empolgado e aliviado, ou destemido, mas saudoso. Toda mudança é, contudo, um estresse.”
Suzana Herculano-Houzel – Revista MenteCérebro – abril de 2012

“Muitas pessoas com síndrome da fadiga crônica tendem a assumir responsabilidades demais, o que as leva a um completo esgotamento, que enfraquece seu sistema imunológico, provocando um ataque de vírus novos e oportunidades, ou reativando um antigo, pré-existente. Esses sintomas da síndrome de burnout são um grande, grande aviso para desacelerar. Os seres humanos não são insuperáveis. Nossos sistemas podem enfraquecer, especialmente quando não dormimos o suficiente; trabalhamos duro demais; assumimos tarefas demais (por exemplo, no trabalho ou na educação de uma criança); ou ainda quando sofremos alguma tragédia familiar ou pessoal, como luto, divórcio, infertilidade, ou até o nascimento de um filho. É importante acrescentar que, na maioria dos casos, as pessoas se recuperam. Algumas poucas, porém, uma minoria desafortunada fica tão abalada que seus organismos lutam para se recuperar e, nesse processo, seus sintomas se tornam crônicos – se não permanentes e piores. Essa é a zona de perigo que exige uma ajuda urgente. Nessas pessoas, os cronicamente Fadigados, como eu os chamo, os próprios mecanismos de cura entram em colapso e seus corpos simplesmente ‘morrem’; não melhoram. Para fazer com que se recuperem precisamos ‘curar os mecanismos de cura’, como o sistema imunológico.”
Kristina Downing-Orr, Revista Psique – abril de 2012

“Para conviver bem em sociedade, precisamos aprender a respeitar certos limites de agressividade no trato com terceiros. O mundo, porém, é um lugar mais complexo e multifacetado do que querem as narrativas de que nos valemos para dar sentido às coisas. […] Precisamos ser honestos para reconhecer que as dinâmicas do relacionamento entre jovens não podem ser resumidas numa luta das vítimas boazinhas contra agressores malvados.”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 01/05/2012

“A família passou do singular ao plural. Antes, havia ‘a família’. Quando nos referíamos a essa instituição todos compartilhavam da mesma ideia: um homem e uma mulher unidos pelo casamento, seus filhos e mais os parentes ascendentes, descendentes e horizontais. E, como os filhos eram vários, a família era bem grande, constituída por adultos de todas as idades e mais novos também. […] Essa ideia de família só sobreviveu intacta até os anos 60. Daí em diante ‘a família’ se transformou em ‘as famílias’. Os grupos familiares mudaram, as configurações se multiplicaram. Hoje, são tantas as formações que, creio eu, não conseguiríamos elencá-las.”
Rosely Sayão – Folha de S.Paulo, 01/05/2012

“Uma palavra que vive seu tempo de glória é dirupção. Ou ‘disruption’, em inglês, termo que vem sendo mal traduzido por ‘disrupção’ ou ‘disruptura’, já que o verbo em português é ‘diruir’ ou ‘derruir’, que significa ‘desmoronar’. Poderíamos falar em ‘ruptura’, mas outra tradução seria ‘ruína’ ou ‘derrubada’, já que dirupção é uma ruptura feita à força. Traz noção de colapso, de descontinuidade, de desorganização e de deslocamento. A internet causou e ainda causará muita dirupção. Dirupção é aquele momento em que um comportamento é totalmente modificado, e o dinheiro muda de mãos. Começou pelos correios, quando a internet introduziu o e-mail décadas atrás. Avançou na indústria da música e de jogos, alterando profundamente sua forma física, seu sistema de produção, de marketing, de distribuição e de fruição. […] Espera-se que a próxima indústria a ser diruída pela internet seja a da educação, embora o ensino a distância venha do século 20. A dirupção que destruirá escolas tradicionais mal começou. […] ‘A internet é o reino da descontinuidade’, disse o designer Oliver Reichenstein. É o espaço onde perdemos a noção do tempo. Por isso tanta nostalgia. Temos uma continuidade a reconquistar.”
Marion Strecker – Folha de S.Paulo, 03/05/2012

“Aos 40 anos, você pesa dez quilos mais do que aos 20. Aos 60, já acumulou mais uma arroba de gordura, não resiste aos doces nem aos salgadinhos, fuma, bebe um engradado de cerveja de cada vez, é viciado em refrigerante, só sai da mesa quando está prestes a explodir e ainda se dá ao luxo de passar o dia no conforto. Quando se trata do corpo, você se comporta como criança mimada: faz questão absoluta de viver muito, enquanto age como se ele fosse um escravo forçado a suportar desaforos diários e a aturar todos os seus caprichos, calado, sem receber nada em troca. Aí, quando vêm a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derrame cerebral ou o ataque cardíaco, maldiz a própria sorte, atribui a culpa à vontade de Deus e reclama do sistema de saúde que não fez por você tudo o que deveria. Desculpe a curiosidade: e você, pobre injustiçado, não tem responsabilidade nenhuma?”
Drauzio Varella – Folha de S.Paulo, 05/05/2012

“Quando se analisa os tais três pilares do desenvolvimento sustentável, o mais frágil é justamente o do meio ambiente. O progresso no combate a pobreza, por exemplo, que tirou milhões de pessoas dessa situação em vários países, notadamente no Brasil, não foi acompanhado da melhoria dos indicadores ambientais. Ao contrário, as convenções sobre mudanças climática, biodiversidade e combate à desertificação que resultaram da Rio-92 não lograram avanços significativos. Suas agendas estão praticamente bloqueadas. Assim, a questão da governança ambiental mundial se tornou fundamental para a implementação dos acordos internacionais já existentes e para a preparação dos que terão de ser definidos no futuro próximo.”
João Paulo Capobianco – Folha de S.Paulo, 05/05/2012

“Só o fato de nós perguntarmos, 20 anos depois da Rio-92, aonde chegamos e para onde queremos ir agora já é muito importante. Por isso, não devemos encarar esta conferência como um evento isolado. Estamos falando de um processo que teve início duas décadas atrás e que não se encerrará em 2012. […]Eu acredito que a participação e a integração de todos em torno da Rio+20 -em especial dos jovens, que estão conectados e fazem parte de uma geração multicultural, sem barreiras linguísticas, culturais ou tecnológicas- é fundamental. A Rio+20 será um ponto de convergência desses jovens em torno do objetivo comum e global da sustentabilidade, reforçando os valores da generosidade, do respeito pela diversidade e das responsabilidades partilhadas quando se enfrentam desafios tão complexos.”
Lidia Brito – Folha de S.Paulo, 05/05/2012

07 de novembro de 2010

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“A luta por sobreviver, ganhar dinheiro todos os dias, faz com que os pais não possam se ocupar da educação, do lazer. Um tipo de problema comum nessas famílias é a dificuldade de se divertir junto. Quando as pessoas têm de se ocupar em sobreviver, pensam que não podem se dedicar ao lúdico. E muitos problemas vêm daí. Mas podem. Além disso, há falta de perspectiva de futuro. O resultado de tudo é que a família não sabe para que está junta.”

Alberto Eiguer, psicanalista francês, O Estado de S.Paulo, 07/11/2010

 

“As emissões de gases-estufa provenientes dos resíduos sólidos aumentaram 58% no Estado de São Paulo entre 1990 e 2008. No primeiro ano avaliado, o setor lançou para a atmosfera 5,8 milhões de toneladas desses gases, que provocam o aquecimento global. Após 18 anos o número passou para 9,2 milhões de toneladas. […]

O estudo faz o cálculo também das emissões decorrentes do lixo por habitante: passaram de 205 quilos de gases-estufa em 1990 para 234 quilos em 2008 – em crescimento de 14%.”

Afra Balazina, O Estado de S.Paulo, 07/11/2010

 

“Nossa causa é a construção de um país competitivo internacionalmente e capaz de manter um crescimento que se traduza em melhoria de qualidade de vida para a população, com o fim dos desníveis sociais. O tamanho de nossos sonhos e de nossas aspirações deve ser a medida de nosso engajamento e de nossa disposição de trilhar o caminho certo.”

Emílio Odebrecht, Folha de S.Paulo, 07/11/2010

 

“Refletir sobre a tolerância que temos com pequenos delitos, desde jogar o lixo nas ruas, passar pelo acostamento, até a compra de produtos pirata, ou a busca do “atalho” na obtenção da carteira de habilitação, que são encarados como se mal maior não causassem.
Recordo-me de um diálogo que mantive há anos sobre a sonegação praticada por alguém. Essa pessoa se dizia revoltada com relatos de desvios de recursos públicos e por causa disso decidira que o natural seria evitar pagar seus impostos.
Respondi dizendo que, de fato, desviar dinheiro dos cofres públicos era condenável, mas não pagar os impostos e assim deixar de colocar a sua parte no cofre público é também condenável e com o mesmo impacto econômico. Não é isso?
O que quero reforçar é que precisamos praticar a cidadania no dia a dia. Em outras palavras, precisamos cumprir com os nossos deveres, para nos qualificarmos, inclusive em termos morais, a fim de fazermos as cobranças que sonhamos. É só isso, mas é tudo isso!”

Fábio Colletti Barbosa, Folha de S.Paulo, 07/11/2010

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