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2ª semana de 2011
0“Veja o futuro como um quebra-cabeça. Conecte, digamos, algo vivido no trabalho com algo lido no jornal. Veja como as peças formam uma nova imagem. O futuro não é linear.”
Oscar Motomura, Revista Época Negócios – janeiro de 2011
“Uma pesquisa do MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia) sinaliza que apenas 12% dos entrevistados conseguem citar o nome de um cientista brasileiro e só 18% sabem mencionar de cabeça uma instituição científica. Quem consegue nomear está na parte mais rica da população. “Isso mostra que o Brasil ainda é uma país extremamente desigual”, analisa o físico Ildeu de Castro Moreira, coordenador do trabalho.
E os cientistas mais citados são Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. “Praticamente ninguém menciona cientistas sociais, sendo que o Brasil têm nomes importantíssimos como Paulo Freire e Gilberto Freyre”, completa. A pesquisa consultou 2.016 brasileiros com objetivo de investigar as atitudes e percepções dos brasileiros sobre a ciência e tecnologia. O trabalho dá continuidade a uma investigação similar realizada em 2006.”
Sabine Righetti, Folha de S.Paulo – 10/01/2011
“Está na hora de as autoridades entenderem que não haverá qualidade de vida se saneamento, tratamento de esgotos, gestão de recursos hídricos e política habitacional preventiva não estiverem no centro das agendas municipais. A crise ambiental é séria, e o número de cidades vitimadas é crescente. A lógica da gestão pública tem de mudar. É na infraestrutura das cidades, nos subterrâneos das ruas, nas periferias longe dos holofotes, nas várzeas de rios, nas encostas de morros e nos aterros sanitários que reside a nova lógica das políticas públicas.”
Ricardo Young, Folha de S.Paulo – 10/01/2011
“Afirmam os entendidos que não se pode nem se deve viver sem inimigos. São necessários à firmeza de nossas convicções e eficiência de nossos atos. Mesmo na metafísica há necessidade de contrários: após a Criação, o próprio Deus descolou um adversário, na pessoa do seu anjo predileto, que era Lúcifer.”
Carlos Heitor Cony, Folha de S.Paulo – 11/01/2011
“Entramos na década em pleno caos criativo. As mídias sociais evoluíram e agora são só mídia. Todos viramos mídia. Tudo virou mídia. E mídia é um meio condutor. De conteúdo humano. O que é fantástico. […] O Facebook é a cara do hoje.
Seu segredo é o segredo da revolução em curso e que a publicidade conhece desde sempre: comunicação. Agora evoluída para conexão. O Facebook é a cara do hoje porque é a nossa cara. Com suas conexões, permite-nos fazer algo de que sempre gostamos: mergulhar em vidas alheias. E algo que descobrimos adorar: expor as nossas vidas. Aliás, o grau de transparência de algumas pessoas na rede chega a constranger. […] O criativo é naturalmente destrutivo. A única forma de ter esse caos criativo como aliado é entrar no fluxo e inovar. A inovação é ao mesmo tempo mãe e filha da comunicação. Se você pensa que sabe tudo, está obsoleto. Quem diz que sabe tudo sobre o seu próprio negócio está morto. É preciso inovar. Para fazer mais rápido, mais sustentável, mais barato, mais produtivo, melhor.”
Nizan Guanaes, Folha de S.Paulo – 11/01/2011
“Esse mundo mecânico/ elétrico/eletrônico demanda, cada vez mais, mão de obra viciada em precisão, atenção e capricho. […] Fazer, rever, corrigir, verificar de novo daqui a pouco, o mundo clama por isso. Na fábrica, na oficina, nos escritórios de projeto, entre operários e doutores.”
Anna Veronica Mautner, psicanalista, Folha de S.Paulo – 11/01/2011
“Escrever não dá quando a necessidade é sustento, mas faz toda a diferença na vida. […] Não há quem nos impeça de desenvolver nossas possibilidades. Se elas existem, é quase natural que desabrochem, se não existem, podadas por qualquer coisa que seja, vamos desenvolvê-las alegremente, com humor, só atentas para não cairmos na mesma cela com outra decoração.”
Nina Horta, Folha de S.Paulo – 13/01/2011
“Os nativos digitais, aqueles que nasceram a partir dos anos 1990 e não concebem o mundo sem celular nem internet, são estimados em 1,6 bilhão de pessoas, número que cresce a cada dia. Numa pesquisa mostrada por Katherine Savitt durante o último Web 2.0 Summit, em San Francisco, Califórnia, em novembro, 71% das pessoas dessa faixa etária reportaram uso simultâneo de celular com internet e/ou televisão. E 69% disseram manter três ou mais janelas ativas do navegador durante uma sessão de internet. Por conta das tarefas múltiplas, os jovens e ultrajovens são às vezes tachados de DDA, ou seja, portadores de Distúrbio de Deficit de Atenção. Mas será que trocar mensagens tipo SMS enquanto assistem a programas na TV não é algo como conversar no sofá? Desde os anos 60 sabe-se que o sistema nervoso se modifica quando o organismo é exposto a muitos estímulos. Neuroplasticidade é o nome que se dá à capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento. Será que o cérebro da Geração Z não evolui de maneira diferente da dos mais velhos? Será que essa geração não tem uma capacidade sem precedentes de coletar e processar informações? […] Essa geração parece muito mais afeita a criar e compartilhar seus textos, fotos e vídeos na internet do que todas as gerações precedentes. 93% dos jovens internautas fazem isso, diz a pesquisa. Além de criar e publicar, há o espírito curador. O hábito de sair navegando e selecionar o que se vê, lê ou ouve. Validam o que gostam comentando ou compartilhando o conteúdo de terceiros, profissionais ou amadores. Essa é a forma normal de expressão nas redes sociais.”
Márion Strecker, 50, jornalista, Folha de S.Paulo – 13/01/2011
“Navegar é preciso, mas nem sempre se chega ao porto desejado. Os mares deste mundo estão cheios de náufragos do outro mundo.”
Carlos Heitor Cony, Folha de S.Paulo – 13/01/2011
“As pessoas devem ser, acima de tudo, curiosas. É a curiosidade que a faz imaginativa, e aí a criatividade emerge. […] O bem-estar é um dos mais poderosos fermentos para a criatividade e a inovação. […] A mesmice cria tédio. E o tédio gera insatisfação. […] É um desafio e uma oportunidade [a convivência]. As cidades europeias reúnem pessoas com origens étnicas e culturais diversas. Na América Latina, as diferenças são sociais. Vejo nessa heterogeneidade um poderoso fermento para a inovação e a criatividade. Acho que a inovação poderosa, num país como o Brasil, vai nascer do convívio e da troca de ideias de pessoas com backgrounds diferentes, da classe A com as classes C, D ou E. Só assim surgem ideias e insights.”
Charles Landry, 62, britânico, especialista internacional em cidades criativas, Revista Época Negócios – janeiro de 2011
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