30ª semana de 2013
“O que Martin Luther King fez foi tornar a consciência universal e a hipocrisia visível, e insuportável.”
Verissimo, O Estado de S.Paulo – 25/07/2013
“Firme no protagonismo da Igreja na sociedade atual, o pontífice disse que ‘frequentemente uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros’. Francisco conclamou os fiéis a serem ‘luzeiros da esperança’ e focou sua mensagem nas novas gerações: ‘Os jovens não precisam apenas de coisas, precisam, sobretudo, que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo’.”
Ocimara Balmant, O Estado de S.Paulo – 25/07/2013
“O papa Francisco parece ter dado um choque de energia da Igreja. Isso porque foi explícito ao trazer de volta à tradição cristã um tema fundamental do Evangelho: o da pobreza. O Evangelho nasce exatamente desse ponto. Existe uma proximidade com os pobres, com os sofredores. Francisco traz à tona um debate sufocado pela economia, pela tecnologia e também pela cultura. Ao afirmar que existe ‘outra coisa’ mais importante, o papa tornou-se radical. Ele tem essa força de dizer ‘não’ àquilo a fazer parte do poder dominante. E faz esse discurso com simplicidade e com base na lógica do Evangelho. Francisco usa a simplificação como um desafio cultural para transmitir uma linguagem mais radical.”
Gaetano Lettieri, Carta Capital – 24/07/2013
“A juventude é a janela pela qual o futuro entre no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se mostrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhes espaço.”
Leonardo Boff , Valor – 26/07/2013
“O papa fala muito mais por seus gestos do que pelos testemunhos formais. Ele insiste muito na credibilidade entre o discurso e o que você faz, no ato de dar exemplo.”
José Oscar Beozzo, teólogo e doutor em história social, Valor – 26/07/2013
“Se há algo que ficou claro com os protestos de junho e seus mais modestos sucedâneos de julho é o despreparo, para não dizer leviandade, de nossos governantes. É verdade que eles foram apanhados de surpresa e corretamente detectaram a necessidade de dar respostas. Admite-se ainda que sejam apenas humanos e não tenham muita ideia do que deve ser feito. O problema é que, em vez de reconhecer que não contam com soluções definitivas e de tentar buscá-las em diálogo com a sociedade (tanto a produção de conhecimento como a construção de instituições sólidas são necessariamente esforços coletivos), nossos dirigentes se põem e baixar medidas provisórias e decretos, que produzem efeitos legais imediatos, como se possuíssem todas as respostas sem margem a dúvidas; […] Legislar é tarefa séria demais para ficar a cargo de uma pessoa ou grupo restrito.”
Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo – 27/07/2013
“O Datafolha comparou os católicos que foram a Copacabana com os evangélicos que participaram da Marcha para Jesus, realizada em São Paulo em junho. A única coincidência é a idade média dos participantes, de 31 anos. De resto, há um fosso entre os fiéis. Os evangélicos dizem ir mais a cultos do que os católicos. Enquanto 50% dos católicos afirmam que vão à igreja mais de uma vez por semana, esse índice atinge 75% entre os evangélicos. Os evangélicos também dizem doar mais à igreja do que os católicos: R$ 220 de média mensal ante R$ 86,08. Os católicos são mais escolarizados do que os evangélicos e por isso tendem a ter mais renda. Entre os peregrinos de Copacabana, 59% têm curso superior, quase o dobro do que os evangélicos (34%). A maioria dos evangélicos (56%) cursou o ensino médio. Os índices de escolaridade nos dois eventos são diferentes dos encontrados na população adulta brasileira. De acordo com o Datafolha, só 17% no país têm curso superior e 42%, ensino médio.”
Mario Cesar Carvalho, Folha de S.Paulo – 27/07/2013
“Um Estado laico tem direito de submeter a sociedade inteira a uma minoria de fanáticos decididos a impor suas idiossincrasias e intolerâncias em nome de Deus? Em que documento está registrada a palavra do Criador que os nomeia detentores exclusivos da verdade? Quanto sofrimento humano será necessário para aplacar-lhes a insensibilidade social e a sanha punitiva?”
Drauzio Varella, Folha de S.Paulo – 27/07/2013
“Os jovens veem que seus pais não estão em condições de orientá-los na carreira – muitas vezes, por desatualização profissional – e esperam dos chefes a capacidade de orientá-los. Só que esses líderes em geral não tiveram preparação para a gestão de pessoas.”
Danilca Galdini, HSM Management – julho de 2013
“Prejuízos na estimulação do desenvolvimento nos primeiros cinco anos de vida, por serem de caráter irremediável, promovem empobrecimento nas aprendizagens futuras, e podem comprometer o desenvolvimento pleno da pessoa, do cidadão, do trabalhador.”
Maria Irene Maluf, Psique&vida – julho de 2013
“Podemos nos perguntar que espaço existe para o lírico num mundo cruelmente desigual e devastado. Mas a dificuldade que expresso nos meus poemas tem a ver com a própria escrita do poema. […] Não compartilho com a ideia de que a poesia refletir necessariamente a experiência cotidiana, o que está acontecendo neste momento, e que se não fizer isso será mera abstração amorosa ou lírica, e por aí afora. Eu acho que o lírico pode ser um lugar de resistência no mundo em que vivemos.”
Ana Luísa Amaral, Cult – julho de 2013
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