“Segundo o Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo, o Estado já conta com 50 creches para cachorro. Elas recebem animais cujos donos passam boa parte do dia fora de casa e lhes oferecem recreação, que pode incluir atividades como natação e musicoterapia. Os cães levam até suas lancheirinhas, o que dá uma nova dimensão ao termo antropomorfização, a tendência de atribuir características humanas ao que não o é.”

Hélio Schwartsman, “Folha de S.Paulo” – 17/02/2013

 

“A sensação de que tudo pode dar errado é mais presente quando se dirige um filme. Atuando, você se preocupa com a realização do seu trabalho. E é apenas isso. Dirigindo, é preciso descobrir o que fazer quando o clima atrapalha um dia de filmagem. Você fica comprometido com aquele projeto o dia inteiro.”

Dustin Hoffman, “O Estado de S.Paulo” – 17/02/2013

 

“Já há um elenco diversificado de explicações para a renúncia de Bento XVI ao trono de São Pedro. A melhor foi a dada por ele mesmo: ‘Para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor esse que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado’. O papa não fez nenhuma referência mais explícita ao mar proceloso em que se move a barca e, sobretudo, referência a quem agita as águas que perturbam os rumos da nau sagrada. Manteve in pectore os fatores institucionais de seu gesto. Foi desprendido ao tomar sobre os próprios ombros o peso imenso dos fatores da renúncia como debilidade pessoal. […] No quadro dos paradoxos de Bento VXI, uma decisão republicana numa estrutura monárquica, mais um indício de um papa moderno até na ação inovadora em nome dos valores da tradição conservadora.”

José de Souza Martins, “O Estado de S.Paulo” – 17/02/2013

 

“São momentos de grave introspecção em que o Homem faz um inventário de si mesmo – seus sonhos, suas desilusões, suas possibilidades – e se faz perguntas. Valeu a pena? Devo continuar? Aproveito o promontório e me atiro? Quem sou eu, e por que estou aqui falando sozinho?

Luis Fernando Verissimo, “O Estado de S.Paulo” – 17/02/2013

 

“A sociedade caminha mais rapidamente que a Igreja. Não acho que haja uma queda na fé. Os homens querem simplesmente uma igreja que os acolha. E não é assim Cristo, que abriu os braços para acolher a humanidade? […] Sou católico. Sempre me emociono com a mensagem de amor e acolhimento de Jesus Cristo. Mas faz falta um novo São Francisco de Assis, capaz de abandonar as estruturas rígidas do clero para se aproximar profundamente das dores do homem comum.”

Walcyr Carrasco, “Revista Época”, 18/02/13

 

“A cada minuto, são milhares de estímulos disputando atenção: dezenas de e-mails, comentários no Facebook, fotos legais no Instagram. […] O telefone sempre toca no exato momento em que a gente está, finalmente, se concentrando. […] Estamos perdidos em um mar de informações e estímulos, e muitas vezes acabamos dispersando nossa energia em coisa pouco importantes. […] De certa maneira, fomos programados para isso: parte do nosso cérebro prefere a gratificação imediata, que é o que os comentários na internet fornecem, por exemplo – a cada ‘curtir’, uma descarga de dopamina, hormônio ligado ao prazer, inunda nosso sistema nervoso. […] É possível vencer a batalha contra as distrações e aprender a focar. Para isso, são necessárias, basicamente, duas coisas: 1) definir o que é essencial; 2) eliminar todo o resto.”

Jeanne Callegari, “Revista Vida Simples” – fevereiro de 2013

 

“Na leitura de um adulto para uma criança é preciso haver cumplicidade. Se você não gostar da história lida, não adianta nada. As pessoas generosas são capazes de fazer uma espécie de regressão: permitem que o bebê que foram um dia no passado fale com o outro que está ali diante delas. Isso torna o contato mais profundo entre eles. […] O livro é um objeto que necessita do contato com o ser humano para se transformar em um objeto de cultura. Ao mesmo tempo, uma das funções da leitura na primeira infância é permitir que o bebê ultrapasse o sujeito físico e alcance o cultural.”

Evelio Cabrejo Parra, “Revista Nova Escola”, fevereiro de 2013

 

“O número de jovens que viraram chefes de si mesmos cresceu. De 2006 a 2012 houve um aumento mensal médio de 7,2% ao ano no número de startups, segundo uma pesquisa da rede de consultoria e auditoria UHY, com salto de 467 mil para 617 mil novos negócios.”

“Revista Época Negócios” – fevereiro de 2013