28 de dezembro de 2010
“A triste verdade é que estamos mais infantis do que nunca. O jornalista britânico Michael Bywater, em livro sobre a matéria (“Big Babies, Or: Why Can’t We Just Grow Up?”, grandes bebês, ou por que não podemos simplesmente ficar adultos), já tinha alertado para o fato: a todas as horas, em todos os lugares, são infindas as campanhas que tratam o parceiro como criança. Campanhas que nos dizem o que devemos ser, pensar, comer, dizer, como nos devemos comportar, vestir e até se despir. […]Encontra-se na quantidade obscena de publicações que determinam “estilos” e “tendências” como se um ser adulto precisasse de ter um “estilo” e cultivar uma “tendência”. Escreve Bywater, em frase primorosa: “O meu pai não tinha estilo de vida. Ele tinha uma vida.” Curioso. O meu também. E o seu, leitor? No Ocidente balofo e pós-ideológico, ninguém tem uma vida para viver em paz. Porque só é possível ser adulto quando somos deixados em paz: nós, confrontados com as nossas escolhas e responsabilidades, sem uma mão paternalista a guiar as nossas existências. O circo em volta impede essa autonomia ao prolongar perpetuamente a infância. Quando somos tratados como crianças, dificilmente deixaremos de ser crianças.”
João Pereira Coutinho, Folha de S.Paulo – 28/12/2010
“As empresas estão acostumadas a cumprir objetivos e metas, como corte de custos, inovação e ações relacionadas à sua reputação. Os objetivos de sustentabilidade devem ser encarados da mesma maneira, ou seja, juntamente com os objetivos de negócios, e não como algo ‘extra’ que um dia possa ser esquecido. Acredito que o maior risco é quando as empresas veem a sustentabilidade como um fardo, e não como uma oportunidade. Esse tipo de pensamento limita as inovações, pois as empresas entendem que só podem ser sustentáveis se sacrificarem os lucros. As empresas devem enxergar na sustentabilidade uma oportunidade para repensar os modelos de negócios, os produtos e as tecnologias. E dessa maneira acharão novos caminhos para oferecer valor aos clientes, fornecedores e acionistas, aumentando sua competitividade e otimizando seus resultados.”
Susan Svoboda, criadora suíça do Green Transformation Lab, Folha de S.Paulo – 28/12/2010
“Usuários de internet de todas as faixas de idade aumentaram a utilização de redes sociais no período entre maio de 2008 e dezembro de 2010, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Pew. Das pessoas entre 18 e 33 anos, 83% usam hoje redes sociais, contra 67% da medição anterior. Já internautas mais velhos, de 45 anos ou mais, dobraram sua participação, enquanto os de 74 anos ou mais a quadruplicaram. ‘As redes sociais também têm apelo para os mais velhos porque permitem àqueles que têm problemas de saúde falar com quem já passou pela mesma situação’, diz o diretor do Pew, Lee Rainie.”
Folha de S.Paulo – 28/12/2010
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