09 de dezembro de 2010
“A falta de coragem dos negociadores é o principal obstáculo ao sucesso na conferência do clima de Cancún. Quem diz é o negociador maltês Michael Zammit Cutajar. ‘Os países estão se posicionando para não serem culpados pelo fracasso, o que é uma posição muito pouco ambiciosa’, disse Cutajar.”
Claudio Angelo, Marcelo Leite, Folha de S.Paulo – 09/12/2010
“A principal coisa a mudar deveriam ser as próprias pessoas. É muito mais barato preservar as condições ambientais de forma a evitar tragédias do que remediar e ter de reconstruir infraestruturas e patrimônios. No entanto, as pessoas não pensam em garantir o bem estar da sociedade como um todo, mas, sim, em garantir apenas seus bens particulares. […] Enquanto acreditarmos que bens comuns não são de ninguém e que serviços ambientais não valem nada e, consequentemente, não têm preço, não vamos mudar a forma como a economia age. Os serviços ambientais não têm preço, porém, a falta deles é profundamente catastrófica para qualquer modelo de economia que se tenha.”
Antonio Nobre – um dos mais respeitados nomes entre os especialistas em clima e serviços ambientais no Brasil, Revista Carta Capital – 08/12/2010
“Na história da cultura humana, o livro da natureza é como o Evangelho. Cada um lê nele o que quiser, da tolerância à intolerância, do altruísmo à ganância.”
Elias Thomé Saliba, Revista Carta Capital – 08/12/2010
“O risco de um jovem negro ser assassinado cresceu entre 2005 e 2007 no país, chegando a uma probabilidade 3,7 vezes maior em relação a um jovem branco.
Esse índice é maior que o verificado em 2005, quando o risco era três vezes maior em relação a jovens brancos. As informações fazem parte do (IHA) Índice de Homicídios na Adolescência, que também cresceu, divulgado ontem pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos. O chamado IHA estima o número de adolescentes de 12 anos, num grupo de 1.000, que será assassinado antes dos 19 anos. O IHA nacional em 2007 ficou em 2,67, considerando-se os 266 municípios com mais de 100 mil habitantes. O valor é maior que o de 2006 (2,39) e 2005 (2,51). Valores acima de um indicam “risco inaceitável de violência letal contra adolescentes”, diz a pesquisa. Estima-se que 32.912 adolescentes serão assassinados entre 2007 e 2013. O estudo também aponta aumento no risco de homicídio de jovens por arma de fogo e no Nordeste do país. Em 2005, o risco de assassinato por arma de fogo era 5,47 maior que por outros meios. Em 2007, 5,97.”
Johanna Nublat, Folha de S.Paulo – 09/12/2010
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