“Pela primeira vez na história, 22 países latino-americanos assinaram um pacto em favor da qualidade na educação. O documento Metas 2011 foi firmado no mês passado, em Buenos Aires, por ministros e representantes de ministérios da Educação e será ratificado na cúpula de chefes de Estado em dezembro, na Argentina.

O documento foi costurado durante dois anos pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e prevê 9 metas gerais e 27 específicas, além da dotação de recursos e de um processo permanente de avaliação, que será coordenado pelo México. […]

Alguns objetivos:

Ensino fundamental – ampliar para 50% o número de escolas em período integral.

Educação Básica – pelo menos 70% dos docentes com ensino superior.

Multidisciplinaridade – currículo deve incorporar leitura, tecnologia, artes e esporte.”

Paulo de Camargo, Estado de S.Paulo, 03/10/2010

 

“Segundo Relatório Norton Online Family Report, elaborado em julho deste ano, as crianças brasileiras são as que mais ficam online, passando, em média, 18,3 horas por semana. E mais:

– 79% das crianças brasileiras já tiveram alguma experiência negativa online.

– dessas 79%, 58% adicionaram um desconhecido na rede social; 53% baixaram algum vírus no PC da família; 34% viram imagens violentas ou de nudez.

– só 65% dos pais acham que os filhos tiveram uma experiência negativa.

– 17% das crianças brasileiras acham que seus pais não sabem o que elas fazem online.

– apenas 31% dos pais entrariam em contato com os pais das crianças que cometeram o bullying contra seu filho, caso tomassem conhecimento de uma experiência negativa online. […]

Estão os jovens preparados para lidar com o grau de abertura proporcionado pela internet? Segundo pesquisa realizada, em 2009, pelo Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos (Leeme) da Universidade Mackenzie, com 2.039 jovens entre 11 e 18 anos, de escolas públicas e particulares, a resposta é não. De acordo com o estudo, coordenado pela professora Solange Barros, os adolescentes estão suscetíveis a problemas como exposição à pornografia, divulgação indevida de imagem e dados pessoais, boatos, pedofilia e incitação à violência. […]

Para o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor da ONG Safer Net Brasil – que, além de receber denúncias de pornografia infantil e pedofilia, atua na área de educação -, o ‘sexting’ traz à tona algo muito mais complexo e delicado, que é o sexo pelo sexo, sem afetividade. […] ‘Quanto mais acessos tiverem, maior a fama. Esse comportamento é fruto do culto ao corpo e da erotização precoce por meio da música, roupas, TV. Nos realities shows, é ‘legal’ mostrar a intimidade e ter minutos de fama’.”

Vera Fiori, Estado de S.Paulo, 03/10/2010