27 de setembro de 2010
“Tristezas, inseguranças, ansiedades e inquietações, que são normais na vida de qualquer um, passaram a ser mais facilmente medicadas, tirando um pouco nossa responsabilidade de resolver conflitos pessoais.
Assim, por exemplo, um final de namoro pode ganhar a ajudinha extra de um antidepressivo.”
Jairo Bouer, psiquiatra, Folha de S.Paulo – 27/09/2010
“Estudos têm demonstrado que há um empobrecimento psicológico e social quando a vida toda cabe em um espaço delimitado. Seja ele um condomínio, um manicômio ou uma prisão. Parte-se da ideia de que o desenvolvimento psíquico se dá na vida cotidiana. As experiências do dia a dia, as relações sociais e o contato com a cultura de nosso tempo nos permitem um triplo processo:
De humanização (nos tornamos humanos à imagem e semelhança dos humanos adultos de nosso tempo), nos socializamos (nos apropriamos das especificidades da cultura de nosso lugar) e nos individualizamos (nos singularizamos).
Quanto mais rico é todo esse processo, melhores são os resultados em termos de desenvolvimento pessoal e coletivo.”
Ana Mercês Bahia Bock, psicóloga, Folha de S.Paulo – 27/09/2010
“A depressão é, essencialmente, um embotamento do seu sistema nervoso autônomo, da parte que controla a reação “lutar ou fugir” do sistema nervoso, e que nos dá uma explosão de energia quando as coisas são interessantes ou assustadoras.
Pessoas deprimidas permanecem desvinculadas do que acontece ao seu redor, vivendo em um mundo “cinza”, sem preto nem branco. Às vezes isso resulta em uma falta de motivação e energia totais, e a vida dessas pessoas entra em uma espiral descendente incontrolável.”
Alex “Sandy” Pentland, 59, cientista norte-americano, Folha de S.Paulo – 27/09/2010
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