“Educar na atualidade exige um conhecimento crítico e uma compreensão do mundo e da realidade para que os atos educativos possam conter, pelo menos em sua intenção, possibilidades de mudanças para os mais novos. […] as relações com os outros estão “coisificadas”, desumanizadas. Não é qualquer outro que é visto como ser humano. Os que não são reconhecidos como parte do grupo ao qual a pessoa pertence, em geral bem pequeno, são vistos como estorvo, fonte de problemas e geradores de insegurança e, logo, de desconfiança. Isso impede a solidariedade, a colaboração e estimula a xenofobia. […]Enquanto as escolas se preocuparem com a competição nos diversos “rankings” publicados, enquanto as famílias se preocuparem apenas com o futuro pessoal de seus filhos, e enquanto ambas as instituições não apostarem na recuperação da vida coletiva e social, nossos filhos terão poucas chances de uma existência digna.”

Rosely Sayão, psicóloga, Folha de S.Paulo – 23/11/2010

 

“Há certas épocas e situações em que podemos observar o esgotamento de processos históricos que até então pareciam guiar nossa maneira de nos orientarmos na política. Quando isso ocorre, nos vemos diante da dança vertiginosa das inversões. Valores e normas que antes pareciam ter a força de garantir a efetivação de expectativas de liberdade, autorrealização e justiça passam simplesmente a funcionar de maneira contrária. […] Scott Fitzgerald disse que a prova de uma inteligência superior consistia em ter duas ideias contrárias na cabeça e continuar a funcionar.”

 Vladimir Safatle, Folha de S.Paulo – 23/11/2010

 

“Somos todos humanos e compostos das mesmas coisas, em quantidades diferentes, vivendo em circunstâncias diferentes.”

Francisco Daudt, psicanalista, Folha de S.Paulo – 23/11/2010