“A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la” (Jo 1.5).

Os raios da alvorada serviram como imperativo às mulheres: “vão logo ao sepulcro!” Elas foram apressadamente, e nada encontraram, senão uma pedra removida e, lá dentro, um anjo. O anjo disse: “ele já ressuscitou, não está aqui”.

Há algo de muito grandioso na Páscoa. Há algo que vai além de nossa mera compreensão. Uma realidade que transcende nossa mentalidade cartesiana pobre e materialista. A Páscoa nos relembra que há uma força poderosa em ação; uma energia que serve ao Criador da vida. A ressurreição é o ato sublime disso; ela releva que há uma direção santa para essa força: a permanência infinita da vida.

Desde o princípio, o Verbo trabalha pela vida (Jo 1.1-5). Antes mesmo que o mundo fosse criado, Deus age em favor de uma existência que glorifique o seu nome. A expressão dessa glorificação é que vivamos plenamente em adoração a Ele. Não uma adoração egoísta, mas uma celebração vibrante que coloca todas as coisas no lugar, em paz e alegria.

Se a história da ressurreição foge da lógica humana, sua essência histórica testemunha, no entanto, que sempre foi intenção do Senhor vencer a morte. Sempre foi seu plano – desde o início.

A morte (que pode ser representada também como “escuridão”) foi derrotada pelo amor sacrificial de Cristo. Se do ponto de vista moral, estávamos perdidos, do ponto de vista espiritual, sempre houve esperança. Em Cristo, sempre estivemos guardados e esperando a consumação da sua obra na cruz e sua ressurreição.

A Páscoa não pode ser reduzida a mensagens açucaradas do mercado e muito menos a conteúdos de autoajuda pseudocristãos. A Páscoa é uma mensagem poderosa de um Deus que criou e sempre lutou pela vida!

Ele – que não está mais no madeiro – agora abre o sorriso e diz: “onde está, ó morte, a tua vitória?”. A verdade, querido Jesus, é que a morte nunca venceu nada, em definitivo. Sua obra na cruz foi um grito de Deus para dizer a todos nós: “eu vim, vivi, morri e venci”.

Sim, tu és o verdadeiro vencedor. E ao teu lado estamos para também gritar: “onde está, ó morte, a tua vitória?” (1 Co 15.55). Aleluia!

FELIZ PÁSCOA!


Foto: Imagem de Security por Pixabay

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