Ruas vazias, carros preguiçosos, quase tudo fechado. Nesta manhã de domingo, caminho pelas esquinas de Suzano (SP). Meu destino? A padaria mais próxima. Nada mais cotidiano do que comprar pão fresco. Por alguns anos, morei em um bairro que não tinha padaria. Sentia falta disso.

Chego lá e, apesar de já quase 9 horas da manhã, ainda tem fila para comprar o pão. A leve dor de cabeça que me acompanha não impede que eu perca este tipo de tranquilidade típica do início de dia, de domingo. Compro cinco pães. Me dirijo ao caixa. Ele me pergunta o preço. Preço? Não seria ele quem deveria informá-lo? Ele então pergunta à vendedora e ela dá o preço errado — bem acima do certo. Em seguida, corrige. Eu pago dois reais exatos. Agradeço. Olho para o lado e leio as manchetes do jornal da cidade. O risco da falta de água nas cidades vizinhas é uma das notícias principais.

Cidade de outros, domingo de todos. Pão de nem todos. Nem tudo é muito, nem tudo é pouco. E apesar das loucuras entre a segunda-feira e o sábado, sempre haverá um domingo para acalmar nosso coração.

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