Orar. Mais do que piedade individual humana, é ação do Deus que ouve o “choro do menino” (Gn 21.14-21) e se inclina para escutar o “clamor dos oprimidos” (Ex 3.7).

Orar. Mais do que uma lista de reivindicações, é o encontro improvável – não fosse pela graça – entre criatura e Criador.

Orar. Mais do que rituais mágicos, é a prova de que a bondade rege os desejos e os sonhos de quem busca a Deus.

Orar. Mais do que uma guerra espiritual, é a pacificação de almas ansiosas que são cuidadas pelo Espírito; o mesmo que traduz nossos gemidos inexprimíveis.

Orar. Mais do que conceito, é o chão da vida que se faz e refaz na dinâmica transcendente.

Orar. Mais do que instante, é caminhada.

Orar. Mais do que ter, é estar e permanecer (Jo 15.4).

Orar. Mais do que eu, somos nós.

 

Imagem:
Vincent Van Gogh: A Oração da Noite (depois de Millet). 1881

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