ATO 3: Missão e Escolhas
Ato 3: Missão e Escolhas (12 a 18 de março)
Disciplina espiritual: Serviço
Mesmo vagando durante 40 anos pelo deserto, o povo hebreu tinha uma direção. Mesmo andando de cidade em cidade (e não tendo onde reclinar a cabeça), Jesus tinha uma direção. Cada passo dado era uma escolha baseada na missão dada pelo Pai. No caso dos hebreus, era dar testemunho aos outros povos por meio da formação da nação de Israel. No caso de Jesus, era fazer a vontade do Pai com sua própria vida, oferecer redenção e estabelecer a Nova Aliança.
Escolhas inteligentes são um artigo de luxo hoje. No entanto, mais importante que tomar decisões é entregar-se à Fonte de todo bem e de toda verdade. Quando nos entregamos, de verdade, ao Senhor, aprendemos a caminhar na direção certa, porque já não andamos sozinhos. Temos a companhia do Bom Mestre.
A Páscoa nos lembra que, mesmo em condições de escravidão e opressão, Deus nos chama para segui-lo em direção a um mundo muito melhor. Ele não nos abandona no processo, mesmo que o fim seja demorado.
Deus nos dá uma missão, sim. Não a dele – porque essa é intransferível. Ele nos salva para que possamos ser “sal/luz” e “servos” de seu reino nesse mundo. Não por acaso, não por intuição, mas por amor, por razão. Com atos genuínos, por meio da linguagem, do afeto, com santidade, com paixão, com humildade.
Serviço: autoestrada para a liberdade
“Pelo serviço, nós engajamos nossos bens e forças na promoção ativa do bem dos outros e da causa de Deus mundo.
De forma paradoxal, o serviço é a autoestrada para a liberdade da escravidão a outras pessoas. Nele, como Paulo percebeu, deixamos de ‘agradar aos homens’ e de ser ‘servos dos olhos’, pois estamos agindo em Deus em nossas obras mais inferiores.
Eu creio que a disciplina do serviço é mais importante para os cristãos que se encontram em posições de influência, poder e liberdade. Viver como servo enquanto desempenha papéis socialmente importantes é um dos grandes desafios que qualquer discípulo pode enfrentar.
O serviço aos outros, no espírito de Jesus, nos leva à liberdade de uma humildade que não carrega fardos de ‘aparência’. Permite-nos uma humildade autêntica: um pedaço vivo de barro que, como servo de Deus, está aqui e agora com a habilidade de fazer coisas boas e necessárias para outros pedaços de barro. A experiência do amor ativo, liberado e fluindo por nosso intermédio, nos guardará em tais ocasiões de muitos abismos na vida espiritual”¹.
NA PRÁTICA
– Qual a família mais socialmente vulnerável em sua comunidade mais próxima (bairro, igreja ou empresa)? Pense em alguma ação de serviço que você possa exercer em favor dela. De preferência, escolha algo que exija esforço físico ou presença sua.
– Olhe para dentro de sua casa e procure uma oportunidade para demonstrar, ainda nessa semana, uma atitude simples de serviço para com o seu parente mais próximo (pais ou cônjuge).
Exemplos bíblicos
Mt 20.25-28; Jo 13.4; Cl 3.22-24;
PARA PENSAR
“Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. (Mt 20.28).
Nota:
- WILLARD, Dallas. O Espírito da Disciplina. Editorial Habacuc, p 206-208.
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Antonia Leonora van der Meer
Amém, uma reflexão necessária para cada cristão, e aceito para mim o desafio de mostrar o amor e a bondade de Jesus através de atos simples de serviço. Obrigada Lissander