A oração de Jeremias
Eu sei, Senhor, que não está nas mãos do homem o seu futuro;
não compete ao homem dirigir os seus passos.
Corrige-me, Senhor, mas somente com justiça, não com ira, para que não me reduzas as nada.
Derrama a tua ira sobre as nações que não te conhecem, sobre os povos que não invocam o teu nome;
pois eles devoraram Jacó, devoraram-no completamente e destruíram a sua terra.
Jeremias 10.23-25 (NVI)
O velho profeta se entrega em oração a Deus. Ele está cansado de ver a podridão humana. E reconhece que ele próprio não passaria pela régua da ira de Deus.
O velho profeta não é iludido pelas utopias. Ele sabe que o futuro não pertence ao pretenso “super-homem”. Somos magníficos, mas ao mesmo tempo somos uma vergonha. Somos inteligentes, capazes de criar coisas incríveis, mas também somos corruptos, imaturos e opressores.
“Esse é o paradoxo da nossa humanidade. Somos ao mesmo tempo nobres e ignóbeis, racionais e irracionais, morais e imorais, criativos e destrutivos, amorosos e egoístas, parecidos com Deus e bestiais”.1
O velho profeta olha para sua terra, sua amada terra e a vê em decadência. E num surto de indignação, percebe que não somente ela está em decadência. Todas as nações estão. Todas elas vilipendiaram a grandeza do Senhor. Quando isso ocorre, tudo e todos são afetados. O senso de sagrado perde valor. O que Deus escolhe perde atenção.
O velho profeta então ora. Ele não pede que Deus deixe de ser justo, mas, sim, que não desista da humanidade. Que permita mais um capítulo. Que nos deixe caminhar mais um pouco para que, como fruto do arrependimento sincero, possamos corrigir nossos erros e restaurar nossa terra.
O velho profeta não viveu para ver, mas Deus respondeu sua oração muitos anos depois. O próprio Deus veio até nós para fazer justiça, mas não para destruir.
O velho profeta foi honrado em sua oração por Jesus Cristo. Aquele que, de fato, dirige nossos passos e que tem o futuro em suas mãos — feridas, mas redentoras.
Nota:
1. Stott, John. Por que Sou Cristão. Editora Ultimato. p, 83.
EDUARDO
Quando Jezabel ameaçou-me, não pensou duas vezes, fugiu! Já era chorão, somou a alcunha de fujão.
Lissânder Dias
Gente como a gente.
EDUARDO
Elben,
Djanira
Bomilcar
Joaquim Siverio dos Reis
Judas Iscariotes
Apóstolo Paulo
Você mete todo mundo em um saco só e acha que isso justifica a premissa?
Espero melhor de você, separando joio do trigo.
Lissânder Dias
Não falei de todos, falei de Jeremias em suas expressões humanas que não o desabilitam de ter sido um “profeta de Deus”. Continuei lendo-o e vi um homem ridicularizado e até certo ponto infeliz com Deus por tê-lo dado uma missão tão amarga: de anunciar más notícias (ele nem queria ter nascido).
Dizer que coloquei todos no mesmo saco já é interpretação forçada de você, caro Eduardo. Abraços a você e sua esposa!
EDUARDO
Falou e escreveu.
Linguagem de poeta não vale.
Prime pelo cuidado,
Que você tem dons e habilidades.
Aliás, foi tão extensivo que corroborou meu argumento acrescentando outrem.