1. Se fazemos parte de um “Corpo de Cristo”, se somos “sacerdócio universal”, precisamos então andar juntos com a Igreja Global. Ser indiferente à dor, à perseguição e aos desafios dos cristãos de outros países e nos preocuparmos apenas como nossos desafios locais é não ver a realidade do Corpo de Cristo;

2. O pentecostalismo está nas trincheiras do crescimento da Igreja. Preciso olhar com mais atenção e menos preconceito para meus irmãos pentecostais;

3. Não dá para cumprir o chamado missionário sem o árduo esforço da unidade. Uma igreja desunida é uma igreja com pouca relevância. Uma igreja desunida não sente, de fato, a dor do outro, não enxerga as chagas do próximo;

4. É possível unir simplicidade com tecnologia, telões modernos com pessoas singelas lendo seus testemunhos em uma folha de papel;

5. Os jovens são a grande força missionária. Coragem, idealismo, paixão por Cristo e pelas pessoas: estes são os recursos necessários para a mudança de geração, sem perder a herança histórica. Precisamos apoiar e pastorear nossos jovens em contextos violentos e de pobreza, nas igrejas, nas escolas e nas universidades;

6. A igreja é global, e não se pode pensar com as mesmas categorias de antes. Não mais em termos de norte, sul, leste, oeste, mas sim da presença global num mundo globalizado;

7. O orgulho e a arrogância são grandes obstáculos para a ação da igreja, e não podem ser subestimados. Eles fazem com que ricos ou pobres, europeus ou africanos, norte-americanos ou latinos sintam-se mais sábios do que os outros quando, na verdade, não o são. Um “choque de humildade” é elemento essencial para o trabalho fora do gueto.

8. As histórias de vida são tão importantes quanto às dissertações acadêmicas. Não que uma substituta a outra, mas que podem se fortalecer mutuamente. Uma história de vida pode resgatar o academicismo de gabinete, sem amor e sem dor. A teologia pode dar luz às histórias de vida, trazendo a elas um sentido histórico.

9. O Brasil sofre com uma crise de liderança. Mais do que líderes capazes, precisamos de modelos de liderança coerentes. A tarefa é grande e complexa demais. Sem uma liderança consistente que nos ajude na caminhada, a jornada está perdida.

10. O texto bíblico e a oração são riquezas incalculáveis. Nos renovam quando as circunstâncias exigem algo mais do que argumentos humanos. São fonte de poder, de arrependimento, de amor, de sabedoria; são canais da obra do Espírito Santo no espírito humano. Abandonar estas duas práticas ou deixá-las em segundo plano é perder a referência, exatamente quando mais precisamos de “portos seguros” em um mundo confuso e quebrado.

Obs.:
1) Obviamente, as lições de Lausanne 3 não se resumem à quantidade de dez. Tenho muito mais. Já os ensinos mais profundos virão a longo prazo, e durante a caminhada. Quanto a estes, que o Espírito Santo nos ajude a discerni-los.

2) As numerações não indicam ordem de importância.

  1. Reflexão consistente. Quase todos os 10 itens são sínteses unindo pontos que precisam ser unidos. Que a firme esperança no Porto Seguro nos conduza durante o trajeto, certamente sem calmarias.

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